quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Retomada - Cotidiano da Esperança

    Só para lembrar, ou não esquecer, estou retornando a esta minha tarefa, depois de tantas surpresas que a vida nos oferece todos os dias, algumas agradáveis e outras não, que aceitas, me forçaram alongar a volta dos meus amadores escritos aqui, embora desejando escrever todos os dias.

    Sabemos que nem tudo o que nos acontece na vida é definitivo, não importa a dimensão em que estejamos principalmente se estivermos ofertando sentimentos de compreensão para ela, como amoroso exercício do nosso coração.
    Educar, por exemplo, é um exercício que traz compensação benéfica imediata para aquele que ensina e muito mais para aquele que aprende.
    O resultado desse trabalho surge justamente naqueles que estão abertos ao conhecimento por se descobrirem úteis.
    Como seres em constante evolução, ninguém tem obrigação de saber o que se passa na minha cabeça, ou o quanto já estudei para chegar ao nível de conhecimento em que estou.
    O surpreendente mesmo é descobrir a toda hora o “só sei que nada sei”, aprendendo junto para depois da somatória, fazer a divisão para se chegar a um denominador comum, pois o tempo cruel já me fez compreender que não devo adiar compromissos.
    Há muito tempo já estávamos com a cultura cristalizada de que o ano só começava depois do carnaval, isto é: lá pelos idos de março, segundo os romanos.
    Como o Brasil é também o país do imponderável, as leis canônicas fizeram com que ele acontecesse nos primeiros dias de fevereiro, surpreendendo a todos, mas, proporcionando a grata surpresa de que ninguém morre por trabalhar alguns dias das folgas que o calendário antecipou.
    O país começou a trabalhar antes.
    Cobranças de parte a parte, o governo continua com suas explicações inócuas sobre o que não ia fazer de ruim, mas fez. A manutenção da dependência assistencialista oficial para milhões de brasileiros que podem trabalhar deve continuar, aumentando a relação de dependência, que no amanhã deverá cobrar a altos preços a retórica ilusória.
    A competição política está ganhando cada vez mais vulto, pois não tolera traições, nem esquecimentos e no tempo certo realçará seus defeitos, correndo riscos de que não haja diálogos fortes que assumam uma postura de tolerância prejudicando a todos.
    O ano começa com um imenso déficit de amor.
    As relações entre pessoas se apresentam cada vez mais difíceis. Pode ser necessidade de enquadramento de um que sempre esteve ao lado do outro, mas ainda não satisfez seu desejo, ou não aprendeu o que é carinho ou afetividade.
    Por mais que se queira mostrar uma imagem diferenciada, as pessoas reprimem a arte da convivência que só aumenta os desafios acentuando os desníveis existenciais com reais diferenças.
    Tudo é indefinição.
    Esquecemos que somos almas afins nos degraus evolutivos. Confiamos nos outros, mas com restrições sem que haja um espaço em que prevaleça o coração.
    Ora veja meu caro leitor ou cara leitora, você deve estar se perguntando com que compromisso que eu voltei? O que será que eu estou querendo dizer?
    Quero dizer que em mais este ano o esforço deve ser de cada um, mesmo sabendo da existência de uma imensidade de grupos que podem ajudar a iluminar os caminhos, mas, além de serem poucos não sabem ainda a magnitude da obrigação que assumiram e a luz que tem.
    O Juiz Maior fala do princípio da diferença entre o velho e o novo, entre o forte e o fraco, mas nós ainda não entendemos que devemos habilitar estas pessoas para enfrentar os desafios que o país e a vida oferecem sem que tragam constrangimento para alguém.
    Só Ele sabe o que nos reserva o dia de amanhã.
    Cabe a nós tolerar e superar as diferenças que tendem a ser superlativas, quando intelectuais ou financeiras, por falta de atenção as cobranças naturais que ocorrem em detrimento ao amor que se solidifica nas afinidades e igualdade entre pessoas.
    Feliz 2010.

Nenhum comentário: