segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Novo Trabalho para Inclusão em Capinas - SP


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pitoco 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

11 fatos sobre o cérebro dos bebês

Eles são carecas, gorduchinhos, e ninguém entende nada do que falam.
Da mesma forma, ninguém consegue não gostar deles.
Quantas vezes você parou para pensar no que se passa na cabeça do seu neném?
Então aproveite esses 11 fatos sobre o cérebro dos bebês que todo pai deveria saber.

1) TODOS OS BEBÊS NASCEM CEDO DEMAIS

Biólogos sugerem que, se não fosse pelas limitações de tamanho da pelve de uma mulher, os bebês ficariam no útero muito mais tempo. Para caber através da “portinha de saída”, entretanto, o cérebro do recém-nascido é um quarto do tamanho de um adulto. Assim, alguns pediatras rotulam os três primeiros meses de vida do bebê como o “quarto trimestre” de gravidez, para enfatizar quão necessitados e ainda desprovidos de habilidades sociais eles são nesta fase. O primeiro sorriso social, por exemplo, não costuma aparecer até que a criança tenha entre 10 e 14 semanas de idade, e a primeira fase de apego começa por volta dos 5 meses de idade. Alguns biólogos acreditam que os recém-nascidos são socialmente ineptos, e tem um choro chato, para que os pais não se apeguem muito nessa fase em que o bebê tem uma maior probabilidade de morrer. E, é claro, o choro também garante que ele receba a atenção que precisa para sobreviver.

2) RESPOSTAS ÀS NECESSIDADES DO BEBÊ AJUDAM SEU CÉREBRO

 
 Segundo especialistas, o cérebro do bebê evoluiu para usar as respostas de seus pais para se desenvolver. O córtex pré-frontal dos recém-nascidos não tem muito controle, por isso os esforços para se disciplinar ou outras preocupações são inúteis neste momento. Em vez disso, os recém-nascidos aprendem sobre fome, solidão, desconforto e fadiga, e como é bom ter essas dores aliviadas. Quem cuida do bebê pode ajudar neste processo de aprendizado respondendo prontamente às necessidades do bebê. Não que haja um meio de impedir um bebê de chorar. Na verdade, todos os bebês, não importa o quão sensíveis sejam seus pais, têm um período de pico de choro em torno da idade gestacional de 46 semanas. A maioria dos bebês nasce entre 38 e 42 semanas. Ou seja, um bebê prematuro, nascido com 34 semanas, atingirá seu pico de choro com cerca de 12 semanas de idade, enquanto um bebê que nasceu com 40 semanas vai chorar mais com cerca de 6 semanas de idade.

3) CARETAS E SONS BOBOS SÃO IMPORTANTES

 Cientistas explicam que quando os bebês imitam as expressões faciais de seus pais, desencadeiam a emoção em si também. Isso ajuda as crianças a desenvolverem suas noções básicas inatas de comunicação emocional, e pode explicar por que os pais tendem a fazer caretas exageradas com seus pequeninos, tornando-as mais fáceis de se imitar. A conversa boba com o bebê é outra resposta aparentemente instintiva que os pesquisadores descobriram ser fundamental para o desenvolvimento infantil. Sua musicalidade exagerada e estrutura lenta enfatizam componentes fundamentais da língua, o que ajuda o bebê a entender as palavras.

 4) O CÉREBRO DO BEBÊ CRESCE MUITO RÁPIDO

 O cérebro dos recém-nascidos humanos, macacos e Neandertais são muito mais semelhantes do que são na vida adulta. Após o nascimento, o cérebro humano cresce muito rapidamente, mais do que duplicando até atingir 60% do seu tamanho adulto no momento em que assopra sua primeira vela de aniversário. Ao jardim de infância, o cérebro já atingiu seu tamanho máximo, mas não termina de se desenvolver até os 20 e poucos anos. Mesmo assim, o cérebro não pára nunca de mudar, para melhor ou para pior. Alguns cientistas especulam que essa mudança do desenvolvimento do cérebro infantil para uma escala rápida foi moldada ao longo de eras de evolução.

5) LUZ FRACA X FLASH: CÉREBRO DOS BEBÊS X CÉREBRO DOS ADULTOS  

O cérebro do bebê tem muitas mais conexões neuronais do que o cérebro dos adultos. Eles também têm menos neurotransmissores inibitórios. Como resultado, a percepção de realidade do bebê é mais difusa (menos focada) do que a dos adultos. Eles são vagamente conscientes do seu redor – uma estratégia sensata, considerando que ainda não sabem o que é importante. Cientistas comparam a percepção do bebê à luz de uma lanterna que espalha uma luminosidade fraca por todo o quarto, e a percepção do adulto à uma lanterna ou flash conscientemente focado em coisas específicas, mas ignorando detalhes de fundo. Conforme os bebês amadurecem, seus cérebros passam por um processo onde as redes neuronais são estrategicamente moldadas e aperfeiçoadas pela experiência. O mundo se ordena, mas também fica mais difícil de inovar e criar coisas, como uma pintura facial de purê de espinafre. Pesquisadores argumentam que as pessoas criativas são aquelas que mantêm a capacidade de pensar como uma criança.

6) BALBUCIAR É APRENDER


Dentro da luz de sua lanterninha, entretanto, os bebês podem focar momentaneamente. E quando o fazem, eles pronunciam um som para transmitir interesse. Em particular, balbuciar sílabas sinaliza para os adultos que eles estão prontos para aprender. Pais ambiciosos devem ficar atentos a este sinal. Os pesquisadores afirmam que a única coisa conhecida que torna os bebês mais espertos é falar com eles. O diálogo é o melhor, no qual o pai responde na pausa de uma vocalização do bebê.

7) PAIS QUE NÃO RESPONDEM TANTO PODEM AJUDAR OS BEBÊS


Alguns pais se esforçam demais para responder o bebê. Mas quando os bebês ganham uma reação 100% do tempo, eles ficam entediados e se desviam. A aprendizagem é muito delicada. Ao agir instintivamente, os pais respondem a 50 a 60% das vocalizações do bebê. Em laboratório, especialistas descobriram que o desenvolvimento da linguagem pode ser acelerado quando os bebês são respondidos 80% do tempo. Algo além disso, no entanto, declina a aprendizagem. Os pais também naturalmente ajudam o bebê quando respondem menos aos sons que já ouviram muitas vezes (como “eh”), mas se empolgam repetindo um novo som que se aproxima de uma palavra (como “da”). Com as estatísticas, o bebê começa a entender o som de sua linguagem.

8) TV E VIDEOS NÃO AJUDAM O CÉREBRO DO BEBÊ  


 Os bebês podem chorar com as entonações de sua língua materna, mas as respostas sociais são fundamentais para a habilidade da criança de aprender a língua totalmente. Os bebês dividem o mundo entre as coisas que respondem a eles e as coisas que não respondem a eles. E as coisas que não respondem, não ensinam. Vídeos, filmes, programas, mesmo que educacionais, não seguem as sugestões do bebê, razão pela qual DVDs infantis como Baby Einstein são considerados ineficazes. Se você quer ajudar seu bebê a ser inteligente, desligue a TV e brinque com ele.

9) NÃO SOBRECARREGUE O BEBÊ

 

A necessidade de interação humana não significa que os bebês devem ser estimulados o tempo todo. Eles têm períodos curtos de atenção e podem facilmente ficar sobrecarregados. Então, às vezes, a interação que eles precisam é simplesmente ajudá-los a se acalmar. Isso pode ser fornecido por um balanço, o escurecimento das luzes, etc. Ser capaz de não apenas se acalmar, mas também dormir, especialmente durante a noite, pode aumentar o desenvolvimento de competências nos bebês, pelo menos nos de 12 meses ou mais.

10) BEBÊS SURDOS 


Os bebês ouvem mal, o que pode ser o motivo de seu choro não incomodá-los tanto quanto nos incomoda. E, em geral, as crianças não conseguem distinguir as vozes ou ruídos de fundo como os adultos. Isso pode explicar porque crianças dormem em paz em ambientes ruidosos, ou porque seu filho não responde quando você pede para ele PARAR. Pela mesma razão, sempre ter música ou televisão ligada pode tornar mais difícil para os bebês distinguirem as vozes em torno deles e “pegarem” a linguagem. Embora os bebês muitas vezes amem música, ela deve ser uma atividade voltada, e não um ruído de fundo.

11) MAIS DO QUE PAPAI E MAMÃE
 

 Estudos têm demonstrado que as crianças parecem se sair melhor quando têm pelo menos três adultos por perto. O tempo gasto com um avô, um professor de creche, um amigo da família, uma tia coruja, ajuda as crianças a aprender a ler expressões faciais diferentes e expandir sua capacidade de tomar as perspectivas dos outros. Bebês usam processos mentais adultos para decifrar as emoções dos outros com cerca de sete meses de idade.

LiveScience






terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por que o Autismo é quatro vezes mais comum em homens

O autismo é quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres.
Agora, uma nova pesquisa chega mais perto de descobrir por que.
   Segundo os pesquisadores, a testosterona e o estrogênio têm efeitos opostos sobre um gene apelidado RORA. Nos neurônios, a testosterona diminui a capacidade das células de expressar ou se ligar ao gene, enquanto o estrogênio aumenta essa capacidade.
Tais resultados são baseados em testes de crescimento de neurônios em laboratório.
   Normalmente, o trabalho das células no gene RORA é ligá-lo a vários outros genes. Quando uma célula tem altos níveis de testosterona, os níveis de RORA escasseiam, o que afeta todos os genes a que RORA deveria se ligar.

A pesquisa também mostrou que os tecidos cerebrais de pessoas com autismo apresentam níveis mais baixos de RORA do que o das pessoas sem a condição.

   A nova pesquisa apóia estudos anteriores que mostraram que níveis elevados de testosterona no feto são correlacionados com traços autistas. Os cientistas acreditam que níveis mais elevados de testosterona fetal podem colocar um feto em risco de autismo. Porém, a pesquisa não prova que baixos níveis de RORA causam o autismo, só que eles estão associados com a doença.
   Ainda assim, outros estudos têm sugerido que uma deficiência de RORA poderia explicar muitos dos efeitos observados no autismo. Por exemplo, o gene protege os neurônios contra os efeitos do estresse e da inflamação, ambos elevados no autismo.
   RORA também deve ajudar a manter o ritmo circadiano do corpo em dia, e as pessoas com autismo frequentemente experimentam distúrbios do sono.
   Além disso, ratos que foram geneticamente modificados para não possuírem o gene se envolveram em uma série de comportamentos sugestivos de autismo.
   Diferentemente da testosterona, o estrogênio aumenta os níveis de RORA nas células. Isto significa que as mulheres podem ter uma “proteção” contra o autismo: mesmo que seus níveis de RORA sejam baixos, o estrogênio pode ajudar um pouco.
   No entanto, outros cientistas sugerem que, na verdade, a maior prevalência do autismo no sexo masculino é por que os genes no cromossomo X desempenham um papel na doença.
   Como as mulheres têm dois, e os homens apenas um (combinado com um cromossomo Y), as meninas têm uma cópia de “backup” de qualquer gene mutado.
   Embora esta teoria seja plausível, até o momento nenhum gene no cromossomo X tem sido inequivocamente associado com o autismo.
    Os pesquisadores alertam que o RORA pode não ser o único gene envolvido na doença, mas que provavelmente é um dos fatores mais críticos.

em 22.02.2011
[LiveScience]





domingo, 20 de fevereiro de 2011

Os distúrbios psiquiátricos controversos

No interesse com o Autismo

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) é um livro usado por profissionais da área psiquiatria que lista diferentes categorias de transtornos mentais e os critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA). Contudo, muito do que aparece lá é envolvido em muitas controvérsias. Pesquisadores da área pedem uma revisão do manual.
Veja abaixo as 03 (três) desordens que fazem parte da discussão sobre se estas são ou não doenças e se seu diagnóstico e tratamentos estão corretos.

SÍNDROME DE ASPERGER

A síndrome de Asperger entrou para o DSM em 1994, mas pode estar fora da sua próxima versão, prevista a ser lançada em 2013. Indivíduos com inteligência normal, capacidade de comunicação, mas com baixíssimo relacionamento social eram diagnosticados com a síndrome.
Esta categoria pode sumir porque os pesquisadores não conseguem diferenciar os diagnósticos de Asperger dos de autismo. As similaridades são muitas. Se a mudança for realizada, as pessoas com a síndrome passarão a ser classificadas como sofrendo de autismo de alto funcionamento.

BIPOLARIDADE INFANTIL


O problema da bipolaridade infantil é justamente a palavra “infantil”.
Este é considerado um distúrbio adulto que faz o indivíduo variar entre estágios de depressão e excitação extremos. Contudo, entre os anos de 1994 e 2003, o número de crianças associadas a bipolaridade aumentou 40 vezes de acordo com um estudo publicado em 2007 no periódico Archives of General Psychiatry.
A solução encontrada pela APA foi mudar os critérios atuais da bipolaridade e adicionar um novo diagnóstico: “temperamento desregulado com disforia”. Ele seria definido para crianças com irritabilidade persistente e mudanças de humor freqüentes. Para alguns psiquiatras, esta nova categoria serviria apenas para transformar em doença um comportamento comum das crianças.

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE EM ADULTOS (TDAH).

 

Este caso é o inverso do anterior. O TDAH é considerado, principalmente, um distúrbio infantil. As crianças com esta desordem psiquiátrica não conseguem ficar paradas ou manter o foco em uma atividade por muito tempo. Este transtorno é tão controverso, em crianças e em adultos, que existem até teorias da conspiração. Alguns psiquiatras acham que a classificação desta doença serve apenas para a indústria farmacêutica vender remédio para combatê-la. O psiquiatra da Universidade de Nova Iorque, Norman Sussman, concorda com a desconfiança, mas acredita que o distúrbio não será desconsiderado: “Os benefícios do tratamento farmacológico e terapêutico já estão bem estabelecidos”.

Fonte e Fotos:
Os 10 distúrbios psiquiátricos mais controversos


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Silêncio dos Inocentes

Em Portugal, uma em cada mil crianças em idade escolar tem autismo.
Novas terapias dão esperança aos pais

De olhos arregalados, o Marco dá-nos as boas-vindas. As palavras que ainda não adquiriram vontade própria são substituídas pela expressividade dos sentimentos que aos poucos vão encontrando formas de se exprimirem. Sentado no balouço azul, estrategicamente colocado no centro de uma sala ampla, de paredes claras, Marco deixa-se levar pelo movimento de vaivém que pontualmente o aproxima do reflexo do espelho colocado à sua frente. A imagem de um menino curioso que hoje toma forma pouco tem a ver com aquela que levou os pais suspeitar que algo não estaria bem.

"Quando o Marco tinha 18 meses deixou de dizer as palavras que já tinha aprendido, passou a andar na ponta dos pés, não respondia quando o chamávamos, não olhava, isolava-se. Procurámos uma clínica de pediatria do desenvolvimento, na qual ele foi analisado e diagnosticado como autista", conta Cristina Menier, mãe do Marco, de 5 anos, residentes em Lapela, no concelho de Monção. A ‘sentença' imposta pelo diagnóstico trouxe um mar de dúvidas e inquietações, facto que foi amenizado pelo conhecimento de uma nova terapia que aposta no desenvolvimento das capacidades do pequeno Marco.

O método 3I, criado pela Associação de Autismo Esperança no Rumo da Escola (AEVE), em França, é, por definição, Intensivo, Interactivo e Individual, dado que pressupõe que a criança esteja cerca de oito horas diárias em interacção com um adulto, de modo a ser estimulada, quer física como cognitivamente, através de jogos e brincadeiras. Para que tal seja possível, a ajuda de voluntários é essencial.

"O Marco está a beneficiar deste método há um ano e meio. Hoje tem um olhar mais presente, reage, interage. No início não aceitava os voluntários, gritava e não deixava que ninguém lhe tocasse. Hoje é ele que estabelece o primeiro contacto com eles, agarra-os pela mão, dá-lhes um beijinho e pede para ir brincar", conta. Porém, dos 45 voluntários necessários, apenas 27 mantém o vínculo, facto que limita o sucesso da metodologia. "Não sabemos se é pela zona do País, se pela cultura, a afluência tem sido pouca. Os voluntários têm sido à base do boca-a-boca", lamenta.

Dos amigos que foram passando pela sala adaptada para as necessidades do Marco, poucos ainda permanecem. Celine Gonçalves é uma das excepções. "Toda a gente está reticente com o método. Mas é preciso experimentar. No início também eu critiquei mas depois vi resultados que não consegui alcançar em dois anos enquanto educadora", conta, emocionada com os progressos do "seu menino", aquele que, sem pedir, faz parte dos números que engrossam a incidência do autismo em Portugal.

A DOENÇA SEM ROSTO

"O autismo é uma perturbação do neurodesenvolvimento e do comportamento que reflecte uma disfunção cerebral. Como sintomas nucleares caracteriza--se por défices na relação social e de comunicação, bem como por comportamento repetitivo. Em Portugal, a incidência do autismo é de um caso em cada mil crianças em idade escolar", revela Guiomar Oliveira, autora do estudo ‘Epidemiologia das Perturbações do Espectro do Autismo em Portugal', distinguido com o Prémio Pfizer em 2005. A investigação incidiu sobre crianças dos 6 aos 9 anos, o que quer dizer que, destas, 3400 sofrem de autismo. Embora as causas ainda não sejam totalmente conhecidas, os últimos anos possibilitaram avanços significativos nesta área.

"Esta patologia é mais frequente nas crianças do sexo masculino, com uma proporção de 4/5 rapazes para uma rapariga. Tem-se discutido se esta discrepância se deve a factores genéticos ligados ao cromossoma X. Pensa-se que existem indivíduos com mais susceptibilidade para desenvolver o autismo, facto que é sustentado pela realização de estudos que têm vindo a identificar múltiplos e variados genes que levam à prevalência desta patologia", explica Susana Martins, pediatra da consulta de desenvolvimento do Centro de Desenvolvimento do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Além disso, "parece existir uma certa predisposição para o autismo, o que explica a incidência de casos de autismo nos filhos de um mesmo casal e a evidência demonstrada em estudo de gémeos. Por outro lado, alguns factores como a rubéola materna, hipertiroidismo, a prematuridade ou infecções graves neonatais podem ter influência no aparecimento desta patologia". Actualmente "estão a ser feitos estudos no sentido de analisar as anomalias nas estruturas e funções cerebrais, bem como ao nível da genética, para tentar perceber quais os genes que determinam a susceptibilidade de uma criança ter autismo".



Fonte: O Correio da Manhã
Por:Joana Nogueira




domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ecolalia - Conversa Fotográfica com um Filho Autista II


Timothy Archibald


“O que é isso? O que médico disse? Todo o meu tempo foi gasto tentando descobrir quem era Eli. Eu não conseguia entendê-lo e nem suas motivações, provavelmente ele nos temia e o tempo que passávamos com ele não era assim… agradável. Eu sempre uso meus projetos de fotografia como uma fuga da minha vida real e gosto de me infiltrar nas outras culturas, que são diferentes de mim, gosto de aprender sobre elas, fotografá-las… A fotografia sempre foi uma fuga da minha própria vida. O livro foi apenas o final da corda, eu comecei a tirar fotos das coisas que ele criou, fotos dele, de suas provas e de seu comportamento em nossa casa. Eu pensei que talvez eu visse algo ou entendesse alguma coisa. Eu realmente não sei. Ao tentar escrever, muitos dizem: “escreve o que você sabe”. Então, nesse caos doméstico, tentei fotografá-lo.


Timothy Archibald

   Timothy Archibald


  Timothy Archibald

Timothy Archibald

Ecolalia - Conversa Fotográfica com um Filho Autista I



Echolilia é um livro de fotografias que um pai fez de seu filho autista. As imagens são fantásticas e transmite o pensamento e convivência com um autista que as palavras não conseguiriam descrever. Como disse o site “Time CNN”, Echolilia: uma conversa fotográfica de um pai com seu filho autista”.
Em uma entrevista para o blog Callin Pantall, o fotógrafo e pai disse sobre como iniciou o projeto: “No outono de 2007 meu filho Eli estava com 5 anos e ele realmente estava deixando minha esposa e eu loucos. Seu comportamento estranho não fazia sentido, enormes crises de birra que era como se fosse uma tempestade, parecia que iria explodir toda a casa, as queixas e preocupações dos professores e dos cuidadores dele… tudo na minha vida naquele momento era voltado para Eli. “O que é isso? O que médico disse? Todo o meu tempo foi gasto tentando descobrir quem era Eli. Eu não conseguia entendê-lo e nem suas motivações, provavelmente ele nos temia e o tempo que passávamos com ele não era assim… agradável. Eu sempre uso meus projetos de fotografia como uma fuga da minha vida real e gosto de me infiltrar nas outras culturas, que são diferentes de mim, gosto de aprender sobre elas, fotografá-las… A fotografia sempre foi uma fuga da minha própria vida. O livro foi apenas o final da corda, eu comecei a tirar fotos das coisas que ele criou, fotos dele, de suas provas e de seu comportamento em nossa casa. Eu pensei que talvez eu visse algo ou entendesse alguma coisa. Eu realmente não sei. Ao tentar escrever, muitos dizem: “escreve o que você sabe”. Então, nesse caos doméstico, tentei fotografá-lo.
Para o site Feature Shoot, Tim respondeu sobre o fato de tornar sua vida com seu filho pública: “Para mim, o poder de ter experiências é o compartilhamento da experiência. Ela pode ajudar os outros navegarem em suas próprias situações, pode parecer errado da minha parte compartilhar, pode tanto abrir portas como fechar também. Meu livro anterior (Sex Machines: fotografias e entrevistas, 2005) foi como antropologia social, enxergando outras vidas com a observação distanciada. Eu queria fazer algo menos literal, mais bonito, mais pessoal, mas com algum peso emocional para que as pessoas carreguem com elas. Através disso, o trabalho começou a se formar, parecia que eu poderia fazer todas essas coisas com ele.”
 
Explicando sobre o tempo das sessões fotográficas: “No início a sua atenção era muito curta, fazia as imagens em menos de 10 minutos  e verificava o que tinha feito… só fotografias muito selvagens. Como o projeto evoluiu e ele ficou mais velho e mais envolvido, começamos a usar o filme com uma câmera Hassleblad em um tripé com testes Polaroid e tal, e as vezes o tempo se estendia até 45 minutos. Mas não posso descrever o tempo preciso em que Eli tinha intenso foco para cada sessão de fotos:  movimentos corporais e gestos sutis sob controle magistral e foco total com o funcionamento da câmara Hassleblad, inserção de slides escuros e todos os rituais. É um foco muito intenso de sua parte… e eu só tenho que admirar”“As fotografias … bem, as melhores, evoluíram organicamente. Ele iria fazer algo, agir de determinada maneira, fazer algo com seu corpo e eu aproveitava o momento.  Nós, as vezes,  tentamos reservar um tempo para fazer isso em um lugar que tinha luz agradável, um local simples, um lugar especial e intencional. Os resultados sempre foram diferentes do que queríamos fazer, muitas vezes tínhamos  surpresas.  Claro que havia vezes que eu tive umas idéia que gostaria de prosseguir  e que realmente falhou e quase sempre parecia muito auto-consciente … tão óbvio que este fotógrafo profissional estava tentando estragar a foto, entende? Logo no início do projeto um amigo olhou e disse: “sabe, você precisa parar de dirigir as fotografias … deixá-lo livre e você obterá o que você está procurando.” Ele não poderia ter me dado o melhor conselho.”
Timothy Archibald não pretende continuar com o projeto e explica: “Eu nunca quis ser um desses paizinhos que fotografa uma criança todo o tempo de vida. É não é interessante para mim só ver a passagem do tempo. Para mim, este “canal Echolilia” realmente capta esse momento em que eu estava realmente tentando olhar em meu filho e minha vida e tentar descobrir esse mistério, tentar compreender esta criança que eu tinha dificuldade em me harmonizar. Acho que nós sentimos como se estivéssemos escavando numa exploração, trabalhando em conjunto para nos descobrir… e no final não tivemos nenhuma resposta … mas no meio de tudo, nós construímos uma ponte. Agora nós nos encontramos no meio dessa ponte e não há nenhuma necessidade de fazer mais imagens.”
“Eli encontrou um tubo no meu escritório. Ele inseriu o braço no tubo e usava mancando pela casa. Então, ele sugeriu fazer algumas imagens com o tubo, uma muleta. Parecia que aquele objeto, para ele, poderia ser muitas coisas. Ele cria sentidos.”

Pra finalizar, ele explica o título do lívro para a Time CNN – “Echolilia” é uma grafia alternativa de um termo mais comum, “ecolalia”, usado na comunidade autista para referir o hábito de repetição verbal e cópia que é comumente encontrada no comportamento de crianças autistas. Eu gostei da idéia de que: a fotografia é uma forma de copiar. Crianças são uma forma de repetição. E olhando para o meu filho com a fotografia permitiu-me ver-me de novo. E explica a imagem da capa (ve imagem no começo do post): No final da tarde, os ruídos eletrônicos começam. O barulho de um caminhão de lixo, os sons de um motor em alta velocidade, um forno de microondas… o som é muito alto. “Você pode fazer os barulhos ficarem mais brandos, por favor?” Não, eu não posso. Esse é o volume que a máquina cria. Não podemos mudar.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Pitoco se despede.


O Joel manda avisar que o Pitoco está dizendo "adeus", mas é como mais uma das suas travessuras.

Enquanto juntos...
Nosso fraterno abraço para você Joel e nosso agradecimento pelo muito que aprendemos contigo.
Visitem o Pitoco em:
Adeus... Ops...
Até breve de toda a comunidade que vivencia o autismo.
Nilton Salvador

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Testosterona afeta empatia e pode ser causa do autismo


Pesquisadores da Alemanha e do Reino Unido descobriram que o hormônio masculino testosterona interfere com a empatia da pessoa em relação a outras.

O estudo, que está na publicação PNAS, traz mais evidência para a teoria de que o hormônio é significativo para o desenvolvimento do autismo, transtorno que é muito mais comum em meninos do que em meninas.

No estudo noticiado pela BBC, os cientistas deram pequenas doses de testosterona para 16 voluntárias mulheres, que ficaram menos capazes de julgar o humor ou as expressões faciais de outras pessoas. A capacidade de empatia é uma das mais afetadas pelo autismo.

O autismo é um transtorno que afeta de várias maneiras a habilidade das crianças e de adultos de se comunicar e interagir socialmente. Enquanto vários genes ligados à condição já foram encontrados, a combinação exata de genética e outros fatores ambientais ainda não é clara. O último estudo testa a ideia de que o transtorno pode ser o resultado de um cérebro "extremamente masculino", talvez comprometido por ter sido exposto a hormônios sexuais masculinos durante o desenvolvimento do cérebro no útero.

As mulheres costumam ir melhor do que homens em testes comuns de "leitura da mente", em que as pessoas analisam fotos de rostos para tentar adivinhar qual o humor da pessoa fotografada. No entanto, a dose extra de testosterona causou uma redução significativa nessa vantagem feminina durante o teste.

Há várias diferenças físicas entre homens e mulheres, obviamente. Por exemplo, a diferença de tamanho entre o dedo indicador e o anelar. Homens costumam ter o dedo indicador mais curto do que o anelar, enquanto para mulheres é mais comum ter os dois do mesmo tamanho ou o indicador mais longo. Acredita-se que essas diferenças são causadas pela diferente exposição a níveis de testosterona durante a gestação.

No novo teste, as mulheres que tinham menos empatia, apesar da dose extra de hormônios, já tinham os dedos com características mais masculinas. "Isso contribui para o nosso conhecimento do quanto pequenas diferenças hormonais podem ter um efeito enorme na mente", diz o pesquisador Simon Baron-Cohen.

A pesquisa não traz todas as respostas sobre as origens do autismo, então as descobertas ainda precisam ser vistas com cautela.

Mariana Noffs
(How Stuff Works)



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Como devo lidar com um filho autista?


Comece por você, se reeduque, pois daqui prá frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas.
Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos.

Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

Você irá educar bem seu filho se aprender a conhecer o autismo "dele", pois cada um tem o seu próprio, mesmo que inserido em uma síndrome comum.

Deverá aprender a respeitar o seu tempo, o seu espaço, e reconhecer mesmo com dificuldades que ele tem habilidades, e verá que no fundo elas são tão espetaculares!

Você irá aprender a se derreter por um sorriso, a pular com uma palavra dita, e a desafiar um mundo inteiro quando este lhe diz algum não.

Você começará a ver que com o tempo está adquirindo super-poderes, e que a Mulher-Maravilha ou o Super-Homem, não dariam conta de 10% do que você faz.

Você tem o super poder de estar em vários lugares ao mesmo tempo, afinal escola, contraturno, natação, Son-Rise, integração sensorial, consultas, Fono, musicoterapia, equoterapia, pedagoga, ufa... Dar conta de tudo isso só se multiplicando e ainda se teletransportando!

Você é a primeira que acorda e última que vai dormir isso é, quando ele te deixa dormir, e no outro dia tá sempre com um sorriso no rosto ao despertar do teu galã.

Você faz malabarismos e consegue encaixar o salário da família, em tantas contas e coisas que precisa fazer, que só mesmo com super-poderes.

Você nota que seu cérebro é privilegiado, embora você nunca tivesse imaginado que dentro de você haveria um pequeno Einstein, pois desde o diagnóstico de seu filho, você já estudou: neurologia, psiquiatria, pediatria, fonoaudiologia, pedagogia, nutrição, farmácia, homeopatia, terapias alternativas, e tantas outras matérias.

Você dá aula de autismo, ouve muitas bobagens em consultórios de bacanas, e ainda ensina muitos deles o que devem fazer ou qual melhor caminho a seguir para que seu filho possa se dar bem. Ah... E a informática que anteriormente poderia lhe parecer um bicho-de-sete-cabeças...à partir deste filho, você encarou, e domina o ciberespaço como ninguém!

São tantas listas de autismos, blogs, facebook, Orkut, twitter...ih...pesquisa no Google então, já virou craque, ninguém encontra nada mais rápido que você!

Uma hora você verá o que essa "reeducação" proporcionou a você, pois hoje você é uma pessoa totalmente diferente do que era antes de ser mãe de um autista. Nossa como você mudou, hein? E topará com a pergunta que não quer calar: "como devo educar meu filho autista?"

Olhará ao redor, olhará para seu filho e perceberá que ele também está diferente, que ele cresceu, que já não é tão arredio, que as birras já não se repetem tanto, que ele até já te joga beijos! Que aquela criança que chegou solitária na escola, hoje já busca interagir, e já até fez algum amiguinho. Que ele já está aprendendo "jeitinhos" de se virar, e nem te requisita tanto mais.

Então, chegará a conclusão que mesmo sem saber responder a tal pergunta, você tá fazendo um bom trabalho, e que ninguém no mundo poderia ser melhor mãe/pai que você para esse filho!


Claudia Moraes

"Meu filho me ama?"

Não importa se você meu filho não entende que eu te amo.Nem que você não sabe como dizer que me ama.

Será que sabes o significado da palavra? O que amar representa.

Quantos falam de amor, prometem amor, e nunca nem chegaram perto dele.

Há um amor escondido nesse seu olhar.

Um amor perdido nesse labirinto que é o teu autismo.

Há um amor pleno de sonho, dentro desse seu coração.

Meu filho eu te amo, por você e por todos.

E quando você habitou meu mundo,

Nos nove meses, que coabitamos.

Eu pude sentir seu coração, eu pude imaginar teu rosto, teu sorriso.

E o amor que se calça de um punhado de desejos, que muitas vezes não são os nossos.

Quando eu te descobri fora de mim, tão fora de mim. Habitando um mundo inabitável. Entranhas de uma armadilha que caímos, cruel destino que nos aferroa, sem ao menos preparar-nos.

Jardim de rosas sem pétalas, somente espinhos, e eu me machuquei demais por querer-te meu. Você nem chegou e logo partiu, deixou somente um corpo, para eu amar.

Você se refugiou numa concha, e eu ali como um sol esperando você se abrir para mim.

Se eu soubesse que seria assim, não teria deixado cortar o cordão umbilical, te prenderia em mim para sempre.

Quanto amor desperdiçado, quanta dor cavada em noites intermináveis.

Mas como toda dor um dia se ameniza dentro de nós, eu fui buscando essa luz, que eu sabia existir por detrás dessa distancia criada por esse estranho autismo. E eu o encarei, eu me armei de um amor profundo e solitário, e de repente eu percebi seu mundo se aninhando de manso e desconfiado de mim. E eu quase te perdi, entendi que teria que amar-te assim, perto numa distancia segura de mim, e como amor não se ensina, somente deixei que o meu amor, refletisse em você, simples, sem palavras, um toque aceito, um sorriso trocado, e no final já estávamos tão perto, o suficiente para você não fugir, o suficiente para você me beijar sem eu pedir, para eu acreditar quem sabe ser feliz!


Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Medicina reconhece Obsessão Espiritual



Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

A obsessão_espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:  biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Há quase um século se estuda os fenômenos orgânicos e psíquicos da mediunidade. No Brasil um dos mais importantes estudiosos nesta área é o neuropsiquiatra Sérgio Felipe de Oliveira, mestrado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Clínica Pineal Mind de São Paulo.

A Ciência reconhece o tema da “mediunidade”?

O Código Internacional de Enfermidades (CID) N°10 (F44.3) de certa forma o reconhece; do mesmo modo que o tratado de Psiquiatria de Kaplane e Sadock, no capítulo sobre as teorias da Personalidade, quando se refere ao estado de transe e de possessão pelos espíritos. Carl Gustav Jung, fez um estudo com uma médium possuída por espíritos. Enfim, já é uma abertura para discutir o tema do ponto de vista científico.

No seu curso, como o senhor orienta as pessoas para o estudo da mediunidade?

De início, é necessário apresentar os conceitos de Universos Paralelos e a Teoria das Superquedas, porque essas hipóteses científicas buscam a unificação de todas as forças físicas conhecidas e pressupõem a existência de 11 dimensões, coincidindo com a revelação espírita sobre os diversos planos da vida espiritual. Temos que estudar também outros temas científicos importantes, tal como a Física Quântica, apresentada por Einstein e desenvolvida por Paul Dirac, assim como o teorema de Gödel. Precisamos discutir um pouco sobre os tipos de matéria que participam da construção dos corpos sutis do espírito, além de estudar a dinâmica da Psicologia Transpessoal. Assim podemos entender melhor como se pruduz a comunicação entre os espíritos, sejam esses encarnados ou desencarnados.

Que seria realmente a mediunidade?

A mediunidade é uma faculdade da percepção sensorial. Como qualquer faculdade deste tipo, para ser exercida, a mediunidade necessita de um órgão que capte e o outro que interprete. A nossa hipótese é que a glândula pineal é um órgão sensorial da mediunidade, como um telefone celular, que capta as ondas do aspecto eletromagnético, que vêm da dimensão espiritual, e o lóbulo frontal faz o juízo crítico da mensagem, auxiliado pelas demais áreas encefálicas.

Mas a glândula pineal não se calcifica depois dos 10 anos de idade?

De fato, ocorre o processo bio-mineral da glândula e ela se calcifica. Em minha tese de doutorado da USP, investiguei os cristais da glândula pineal mediante a difração dos raios X.

Eu usei também a tomografia computadorizada e a resonância magnética. Tive a oportunidade de observar nos cristais uma micro circulação sangüínea que os mantinha metabolicamente ativos e vivos.

Acredito que sejam estruturas diamagnéticas que repelem ligeiramente o campo magnético, cujas ondas se deixam ser recocheteadas de um cristal a outro. Isso é como um seqüestro dos campos magnéticos pela glândula. Quanto mais cristais uma pessoa tem, mais possibilidades terá de captar as ondas eletromagnéticas. Os Médiums ostensivos têm mais cristais.

Quais são os sintomas da mediunidade?

Variam dependendo do tipo da mediunidade. Nos fenômenos espíritas, como é o caso da psicofonia, da psicografia, da possessão, etc, há captação pelos cristais da glândula pineal e sua ativação adenergética, quero dizer que pode ocorrer ataque cardíaco, aumento do fluxo renal, circulação periférica diminuída, etc. Nos fenômenos psíquicos, em que a alma do encarnado se afasta do corpo, como em estado de desdobramento, os sintomas são outros: podemos ter distúrbios de sono, sonambulismo, terror noturno, ranger de dentes, angústia, fobia, etc. Encaixam-se aqui também os fenômenos de cura e ectoplasma. Nos psíquicos, ocorrem mais fenômenos colienergéticos: expansão das atividades do aparelho digestivo, diminuição da pressão arterial, etc.

Quer dizer que a mediunidade não se manifesta sempre como fenômeno paranormal?

Correto. Uma boa parte das vezes, se expressa mediante alterações do comportamento psicobiológico. A explicação é a seguinte: a glândula pineal, um órgão sensorial, capta as ondas magnéticas dos universos paralelos; a percepção seria enviada ao lóbulo frontal que a interpretaria. Para isso é necessário se ter um certo treino e, antes de mais nada, a transcendência, do contrário não há desenvolvimento nessa área.

E no caso de a pessoa não conseguir essa trascendência?

Nesse caso as ondas magnéticas vão influir diretamente sobre as áreas do hipotálamo e as estruturas ao seu redor, sem passar pelo juízo crítico do lóbulo frontal e sem receber seu comando. Conseqüentemente a pessoa perde o controle do comportamento psicobiológico e orgânico. É o que acontece em muitos casos de obesidade, quando a pessoa come sem fome ou nos casos de dificuldades nas relações sexuais.

Se o efeito se produz na área da agressividade, haverá talvez um aumento da auto-agressividade (desencadeando depressão e fobia) ou da hetero-agressividade (com violência contra outras pessoas). Se o sistema reticular ascendente é ativado (esse sistema é responsavel pelos estados de sono e vigilia) podem ocorrer distúrbios nessa área. Nos casos citados ocorrem sintomas sem desenvolvimento da mediunidade, com alterações hormonais, psiquiátricas ou orgânicas. Se não há o controle do lóbulo frontal, as áreas mais primitivas predominam. A pessoa não usa a capacidade de transcendência. Essas são hipóteses que acumulei durante as investigações e nos casos clínicos.

Se um paciente lhe perguntasse se o seu problema é espiritual ou orgânico, qual seria a sua resposta?

Não existe uma coisa separada da outra. Eu parto da hipótese de que a pessoa é um espírito. Por isso a influência espiritual tem repercursão biológica e os comportamentos psico-orgânicos têm influência sobre o espírito.

Qual e o caminho para a integração da ciência e da espiritualidade?

O cérebro está, como um embrião, ligado ao coração. Não existe raciocínio sem emoção. Somente a capacidade de amar constrói a verdadeira identidade das pessoas. Somente após a união definitiva entre a Ciência e a Espiritualidade, a humanidade poderá encontrar a paz e o amor.
Sérgio Felipe de Oliveira, é neuropsiquiatra com mestrado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Clínica Pineal Mind de São Paulo.




Fonte: Revista Saúde e Espiritualidade da Associação Médico Espírita.








domingo, 6 de fevereiro de 2011

O AUTISTA precisa ser ACEITO como Autista!



Deveríamos nos preocupar menos com os filhos Autistas e mais com os PAIS, para que aprendam a lidar com um filho autista.

Por mais que se tenha empenhado cientificamente, ainda não existe um resultado comum ou que todos já pudessem compreender a respeito do autismo. Existem muitas opiniões, mas em estudos materialistas, a respeito de uma possível causa física, não tem sido demonstrada para uma aceitação estável.

Um Autista tem uma ‘interiorização’ a respeito de si mesmo para com o meio ambiente e pessoas que a possam rodear. Não tem interesse em se comunicar com o ambiente e nem com as pessoas (não é nada sociável, eu diria). Deste modo é preciso evitar mudanças em seu ambiente e de pessoas de seu relacionamento, ao contrário do que se poderia ou deveria fazer com as crianças normais. Eles sempre parecem fechados para o mundo exterior e existe uma boa diferença entre a capacidade de manifestação de cada um, assim como a inteligência e desenvolvimento em todos os sentidos. (comportamento, audição, fala, movimentação física etc...).

Um autista parece mesmo inacessível e tem reações como se não tivesse qualquer sentimento ou poder de avaliação do meio e das pessoas à sua volta, podendo ter algum comportamento rude, repetitivo, tocando objetos de modo diferenciado, às vezes com a língua – para um tato diferenciado ou perceptivo para ele. Pode até ferir-se em algumas aventuras explorativas de seu próprio corpo.

Deste modo, a EDUCAÇÃO tem que ser primeiro dos PAIS, para lidar com a Educação de um AUTISTA, que não pode, em momento algum, ser comparável ao das crianças ‘normais’. Este tem sido o grande erro, pois o autista é uma pessoa de COMPORTAMENTO diferenciado.

O AUTISTA precisa ser ACEITO como Autista!

Se a criança é aceita na sua MANEIRA de SER, então ela poderia ter um comportamento também aceito, e daí, seu próprio interesse em partilhar da vida das pessoas e ambiente ao seu redor. Pode ser produtivo, pode gostar de viver, mesmo em seu ‘mundo instrospectivo’, se nós os amarmos e compreendermos como eles de fato são!

Por favor não pensem que deveriam dar remédios, mas poderiam lidar melhor na compreensão da Psique, do autista como um Ser individual espiritualmente, pois seu corpo tem a genética assemelhada a de todos, porém, é ELE em si que se diferencia por sua própria maneira de SER. Devemos aceitá-los como de fato são, e nós quem devemos mudar em relação a isto por compreensão do caso deles


A HISTÓRIA DE UM AUTISTA severo, CONTADA pelos seus PAIS:
(links abaixo – basta clicar)




02/09/2010






sábado, 5 de fevereiro de 2011

HELIO CASTRONEVES em Benefício de Crianças com Autismo



O piloto do Team Penske se engajou no trabalho beneficente de Dan Marino, ídolo do futebol norte-americano, cuja fundação para esse fim existe há 18 anos.

Helio Castroneves viveu momentos de muita emoção no último sábado, 29 de janeiro, nos Estados Unidos. Na condição de convidado especial do evento “Talk About Autism” (Fale Sobre Autismo), ele participou de ações de solidariedade e entretenimento promovidas pela Dan Marino Foundation, entidade criada e dirigida pelo ídolo do futebol norte-americano, Dan Marino, e sua esposa Claire com o objetivo de prestar assistência para crianças com autismo, bem como promover pesquisas médicas no setor.

O piloto do Team Penske participou de todas as ações ao lado da família, inclusive da caminhada que foi o ponto alto da programação. “Estou muito feliz por estar aqui, participando dessa festa e contribuindo para uma causa tão importante. É emocionante ver o carinho dessas crianças e como os esforços do Dan Marino, através de sua fundação, são incríveis”, disse Castroneves.

O evento reuniu cerca de 6.000 pessoas no Sun Life Stadium, em Miami, estádio do Miami Dolphins, em cuja fileiras Dan Marino se notabilizou. A Dan Marino Foundation foi criada em 1992 e teve como motivação a experiência própria do casal Marino, que tem um filho com autismo. As atividades do sábado atingiram os objetivos da campanha, que era arrecadar US$ 500 mil.


Para mais informações sobre a Dan Marino Foundation,



Da Redação
                                               esporte@eband.com.br

Uma Solução para o Autismo - Os Fundadores do Método SON-RISE