sábado, 24 de novembro de 2012

Nova visão sobre o autismo

     Muitas vezes tachados de estranhos ou deslocados, os autistas estão presentes com frequência no cinema e na televisão devido às suas características peculiares, que estão sendo pouco a pouco compreendidas pela ciência e pela sociedade.
Um exemplo recente de sucesso é o personagem Sheldon Cooper,
interpretado pelo ator Jim Parsons na série “The Big Bang Theory”.
Asperger. Sheldon Cooper faz a saudação do Dr. Spock:
ambos teriam a síndrome Divulgação/ Warner Channel
     Dicas para notar se seu filho tem sintomas autistas

     Apesar de dotado de enorme inteligência, o físico da TV tem pouca habilidade social, não compreende sarcasmo ou metáfora, beirando à inocência. É adepto da rotina, não tem muita empatia para com seus amigos ou namorada e lhe falta também uma dose de humildade. Um tanto exageradas no personagem, as características são típicas da síndrome de Asperger. O mesmo diagnóstico poderia ser aplicado ao Doutor Spock, da antológica série “Jornada nas estrelas”, de quem, por sinal, Sheldon é fã.

     Os personagens, portanto, quebram o estereótipo de que o espectro autista deve estar vinculado com algum déficit intelectual e a movimentos repetitivos, como ocorre nos casos de autismo clássico ou grave. Um famoso exemplo deste quadro é o da engenheira Temple Grandin, hoje especialista em autismo, mas que na infância não falava, se balançava e gritava, e não olhava nos olhos.
      Foi após o contato com animais numa fazenda que ela conseguiu vencer algumas de suas limitações.
     O premiado longa “Temple Grandin”, produção de 2010 e estrelada por Claire Danes, mostra sua trajetória e uma curiosa invenção: a máquina do abraço, criada após ela observar a técnica de vacinação de vacas, que eram pressionadas por barras de ferro para serem acalmadas.

     No filme “Rain Main” (1988), Dustin Hoffman interpreta Kim Peek, portador da síndrome de Savant, que morreu em 2009, mundialmente famoso por sua memória excepcional. Capaz de memorizar 12 mil livros, ele dependia dos outros para ações simples, como se vestir. Especialistas dizem que metade dos portadores desta síndrome é autista e os demais têm deficiência de desenvolvimento e lesões neurológicas

FONTE: