quarta-feira, 3 de abril de 2013

Estimativa é de que haja 500 mil autistas no Brasil



Jornal Nacional de 02.04.2013 - Dia Mundial da Conscientização do Autismo



  Esta terça-feira (2) é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. No Brasil, estima-se que haja 500 mil pessoas com autismo. A maioria, do sexo masculino.
     Se tiverem oportunidade, eles aprendem a ser mais pacientes, a conviver melhor, a repartir. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances eles terão. Os primeiros sinais do autismo, como o isolamento, dificuldade para falar e movimentos repetitivos aparecem lá pelos 2, 3 anos de idade.
     Berenice percebeu que algo diferente acontecia com o filho, antes mesmo dos médicos. Precisou vencer inúmeras dificuldades para conseguir um tratamento adequado para Dayan e não se conformou até ver sancionada a lei que beneficia as pessoas com autismo.
     “Essa lei prevê o tratamento multidisciplinar, o diagnóstico precoce e dá o direito à matricula na rede regular de ensino”, diz Berenice Piana
As causas ainda são desconhecidas pela ciência, sabe-se que a disfunção cerebral pode ser genética. Mas muito ainda precisa ser pesquisado.
“Muitas das vezes, o diagnóstico demora de quatro a cinco anos, porque existem poucos profissionais bem treinados”, afirma o psiquiatra Fábio Barbirato.
     O mundo que os rodeia está sempre buscando explicações, justificativas sobre o jeito de ser de tantas crianças, jovens e adultos. Mas uma certeza existe: neste universo, há espaço de sobra para a sensibilidade, a delicadeza e, em muitos casos, para um talento invejável.
     Aos 7 anos, Saulo  aprendeu piano. Aos 21, o professor de música descobriu que ele é tenor. Com o incentivo do irmão mais novo, regente de orquestra, interpreta óperas como o ‘Elixir do Amor’.
     “O Saulo tem ensinado, ao longo da minha vida, coisas que eu jamais imaginei que um filho possa ensinar a um pai ou uma mãe. Vale a pena a luta”, garante Vanessa Laucas, mãe de Saulo.
     O Ministério da Saúde lançou, nesta terça, uma cartilha para ajudar os médicos a identificar o autismo o mais cedo possível.

FONTE:
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