segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Autismo: Estímulo da fala não é agradável para crianças autistas, diz estudo

Trabalho mostra que conexão fraca entre o córtex auditivo e regiões responsáveis pelo sistema de recompensa no cérebro faz com que crianças com autismo não se sintam motivadas a trocar informações

As crianças com autismo apresentam dificuldades em estabelecer relações sociais (Thinkstock)
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 Título original: Underconnectivity between voice-selective cortex and reward circuitry in children with autism
 Onde foi divulgada: periódico PNAS
 Quem fez: Daniel A. Abrams, Charles J. Lynch, Katherine M. Cheng, Jennifer Phillips, Kaustubh Supekar,  Srikanth Ryali, Lucina Q. Uddin, e Vinod Menon
 Instituição: Universidade de Stanford, EUA
 Dados de amostragem: 20 crianças com autismo e 19 crianças que não sofrem com o distúrbio

Resultado: Os pesquisadores descobriram que a fraca conexão entre o córtex auditivo e estruturas responsáveis pelo sistema dopaminérgico no cérebro das crianças autistas pode fazer com que elas não considerem o estímulo da fala como agradável

Um estudo publicado nesta segunda-feira no PNAS, periódico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, pode ajudar a esclarecer os motivos que levam as crianças autistas a desenvolverem problemas relacionados à linguagem. Segundo o trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, a fraca conexão entre o córtex auditivo – parte responsável por processar sons – e os centros de recompensa no cérebro das crianças com autismo faz com que elas não reconheçam o estímulo da fala como agradável, dificultando o aprendizado.

Para chegar à conclusão, os cientistas compararam resultados de ressonâncias magnéticas feitas em dois grupos de crianças: um formado por meninos e meninas autistas e outro composto por jovens sem o distúrbio. Analisando uma região cerebral específica, o sulco temporal posterior superior, que é ativado ao ouvir a voz, os pesquisadores descobriram que, nos autistas, a conexão entre essa área e algumas estruturas ligadas ao sistema dopaminérgico (o sistema de recompensa do cérebro) é extremamente frágil.

Assim, diferentemente do que acontece no cérebro das crianças com desenvolvimento normal, ao reconhecer o estímulo da fala, as crianças com autismo não têm seus sistemas de recompensa ativados. Isso faz com que elas não sintam motivação e prazer na troca de informações, nos relacionamentos e na linguagem.

De acordo com o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do PROTEA (Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo), para os autistas "todo processamento de informações gera um desprazer, pois o recebimento de estímulos por qualquer um dos sentidos é uma espécie de tsunami, extremamente caótico", afirma.

FONTE:
VEJA SAÚDE


Polêmica em Amor à Vida: Autista Linda terá um romance com Rafael

 Em Amor à Vida, Walcyr Carrasco tentou abordar o autismo através da personagem Linda (Bruna Linzmeyer). É uma pena que a história ficou um pouco perdida em meio a tantas outras confusões da novela…
Mas Linda ganhará mais destaque nos próximos capítulos, segundo o Extra. A jovem terá um envolvimento amoroso com o advogado Rafael (Rainer Cadete).

Estreante no horário nobre, Rainer conta como será essa história de amor:
- As pessoas estão cobrando um amor para Rafael e para Linda, e eles vão viver uma coisa pura. Os dois estão criando um vínculo maior, mais do que amizade.
Por mais interessante que possa parecer, acho que Walcyr terá que tomar muito cuidado nessa abordagem. Afinal, até que ponto uma jovem autista pode ter um relacionamento amoroso? Será que é válido mostrar isso na novela?
Dê sua opinião! Vocês acham que é possível que Linda possa se apaixonar por Rafael?

FONTE:
29 de setembro de 2013
Divulgação, TV Globo
 Michele Vaz Pradella