sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Autismo? O que é isso?



Foram longos nove meses de espera. Enquanto isso, a emoção ao ouvir pela primeira vez seus batimentos cardíacos, a ansiedade para saber o sexo, um enxoval montado, a escolha do nome, conversas e carinhos para alguém que ainda estava na barriga e muitas expectativas para ver aquele rostinho.  Enfim, chega o grande dia! Um bebê lindo, encantador e saudável. Nos primeiros meses de vida foi uma alegria só: risadas, caretinhas, balbucios, primeiros passinhos. Até que um dia, algo ficou diferente. Aquele bebê tão risonho agora parece estar um pouco distante, com o olhar perdido, já não responde mais aos chamados e tampouco está falando “mama” ou “papa”.
Preocupados, os pais iniciam uma busca desenfreada para saber o que está acontecendo. No entanto, em muitos casos, a resposta não vem rapidamente. Existe a dificuldade de diagnóstico. Até que um dia um especialista fala sobre autismo. Autismo? O que é isso?
O Autismo é um transtorno do desenvolvimento que apresenta algumas características ainda nos primeiros três anos de vida da criança e que pode ter como causa a genética ou os fatores ambientais. Apesar de o desenvolvimento da criança ter sido compatível com sua faixa etária por um período de tempo, a criança que tem autismo começa, em um determinado momento, a apresentar um déficit na realização desses mesmos comportamentos e também na aprendizagem de novos.
Pode-se dizer que a criança que tem autismo percebe o mundo de forma fragmentada, com uma dificuldade especial em interpretar contextos, resultando em prejuízo significativo na comunicação e na interação social. Essas são as principais características do autismo, mas não as únicas. Não responder quando chamam por ela, não gostar de contato físico, intolerância a alguns sons, autoagressão, ecolalia, comportamentos repetitivos (estereotipias), apreço por movimentos circulares e particularidades durante o brincar são outras características do autismo. Há ainda casos de autismo em que é possível identificar o desenvolvimento de alguma habilidade extraordinária em determinadas áreas, como por exemplo, a matemática.
Mas é preciso frisar aqui que existem diferentes graus de autismo: leve,  moderado e severo. Vale ressaltar que o que há algum tempo era conhecido por Asperger recentemente passou a fazer parte do espectro autista. Portanto, as características apresentadas pela criança com autismo variam de acordo com o grau. Da mesma forma, irá variar também como será a aquisição de comportamentos.
É muito importante que o autismo não seja diagnosticado tardiamente, pois quanto mais cedo diagnosticar, mais rapidamente será iniciado o tratamento adequado. Para os pais aflitos que temem que seus filhos com autismo não possam ter uma vida tranquila assim como desejaram, é importante saber que eles terão sim algumas dificuldades já que possuem algumas limitações. Mas também é essencial saber que a criança com autismo é capaz de realizar uma variedade de comportamentos desde que esses sejam ensinados para ela de forma adequada.
O tratamento do autismo deve ser realizado por uma equipe multiprofissional: psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, pedagogo e neurologista, entre outros. A Terapia Comportamental é forma mais indicada para o tratamento do autismo. Em virtude das dificuldades apresentadas e da necessidade de aquisição de novas aprendizagens, a Terapia Comportamental objetiva o desenvolvimento de habilidades sociais de uma forma geral, incluindo tanto as tarefas de vida diária quanto as de cunho acadêmico (proporcionando maior independência à criança e maior desenvolvimento cognitivo).
Papai e mamãe, diante de tal diagnóstico não se desesperem. Pelo contrário, o que seu filho autista necessita não é de desorganização, e sim organização. Conhecendo bem o transtorno, com dedicação e com a ajuda de profissionais especializados, seu filho com autismo terá muita qualidade de vida. E como diria uma das melhores campanhas sobre autismo que já vi: “ensina-me de várias maneiras, pois sou capaz de aprender”.

Por Renata Lopes Santos
CRP 15/3296
Psicóloga Clínica Comportamental











FONTE:
 http://www.jaenoticia.com.br/blog/100/Alem-da-Caixa

Benefício do INSS contempla pessoas com deficiência de baixa renda



 O BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social), com valor de R$ 724, atende ao deficiente que comprove que a renda familiar mensal per capita (ou seja, o valor total ganho pela família dividido pelo número de familiares) seja inferior a 25% do salário-mínimo.

Não é de hoje que a Previdência Social oferece benefício para aqueles que possuem algum tipo deficiência. No entanto, o caminho para conquistar a ajuda financeira não é fácil.
O BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social), com valor de R$ 724, atende ao deficiente que comprove que a renda familiar mensal per capita (ou seja, o valor total ganho pela família dividido pelo número de familiares) seja inferior a 25% do salário-mínimo (o que corresponde a R$ 181 atuais). Além disso, de acordo com a Previdência, a deficiência será avaliada por um perito do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para saber se de fato a limitação incapacita o requerente para a vida independente (sem a supervisão de outros) e para o trabalho.
“A avaliação é sempre necessária, mas, no quesito financeiro, acaba por beneficiar apenas as famílias de baixa renda, o que acaba não sendo justo. Todos aqueles que possuem um parente com deficiência, consequentemente, têm gastos mensais muito maiores, por isso deveria ter o direito de receber o Loas, até para investir em tratamentos específicos”, avalia a superintendente do IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência)Site externo., Teresa Costa do Amaral. Apesar do processo bastante criterioso, o volume desse amparo assistencial no Grande ABC cresceu entre 2012 e 2013, passando de 1.298 para 1.350 concessões – alta de 4% –, o que totaliza 2.648 pessoas. Essa ajuda do INSS também contempla idosos, que possuem 65 anos de idade ou mais, que não recebam nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência, e que a renda mensal familiar per capita seja inferior a 25% do salário-mínimo vigente. Para esse grupo, o INSS concedeu 2.015 benefícios em 2013, contra 1.694 em 2012, somando 3.709 beneficiários (diferença de 18,94% – veja arte).
De acordo com a constatação da equipe do Diário, para dar entrada no Loas é preciso, primeiramente, agendar dia e horário por meio do telefone 135 do INSS.
Nesse momento, o atendente informa os documentos que devem ser levados no dia da entrevista: RG e CPF do beneficiário e do responsável (no caso de crianças deficientes, por exemplo, é comum que seja o da mãe), comprovante de residência, além de laudos e exames médicos. Já quando a pessoa chega à unidade do INSS agendada é dada uma senha, mas não há filas ou muita espera. A equipe foi atendida em 15 minutos.
O problema inicial é que os documentos requisitados não são apenas os solicitados pelo telefone.
É necessária a cópia de todos os documentos e da certidão de nascimento do requerente, além de RG e CPF de todas as pessoas que moram com o futuro beneficiário. Além disso, é preciso preencher formulário na hora. Quem quiser se antecipar pode imprimi-lo no site da Previdência.
Outra dica importante é que o laudo médico precisa estar assinado, carimbado e ter data de no máximo até 30 dias antes. Se tudo estiver certo, são marcadas a perícia e a entrevista com a assistente social. Na perícia, o deficiente ou o idoso devem estar presentes. O Loas, tanto para o idoso quanto para o deficiente, deixará de ser pago quando houver superação das condições que deram origem à concessão do benefício ou pelo falecimento do requerente. O amparo assistencial é intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes.
BRECHA DA LEI
“O que muitas famílias que têm deficientes fazem, quando o benefício é negado pela assistência social mas concedido pelo perito, é entrar com processo na Justiça requerendo o direito de receber o Loas. Com o documento do INSS negando o mesmo, se dá entrada no processo. É longo, trabalhoso, mas, muitas vezes, dá certo. Se a família tem uma renda maior do que eles exigem, mas o orçamento familiar está bastante comprometido com necessidades básicas, o ganho é quase certo. É uma pena que tenha que ser assim”, diz a superintendente do IBDD.
VEJA MAIS EM:
FONTE:


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Para melhor visualização - clique na imagem.

 



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Amor à Vida: especialistas apontam oito erros médicos da novela das 9



 A novela continua ... O AUTISMO...(do blog)... 
Os tratamentos de câncer, lúpus e até mesmo a fertilização in vitro apresentaram erros ao serem retratados na novela Amor à Vida.

Desde maio de 2013, alguns dos assuntos que mais têm caído na boca dos brasileiros são doenças. Tudo por causa da novela Amor à Vida, escrita por Walcyr Carrasco e exibida na Rede Globo no horário das 21h. A trama se passa em grande parte do tempo dentro de um hospital em São Paulo, o San Magno, e grande parte dos personagens são médicos, enfermeiros ou mesmo executivos dessa instituição.
E com tantas cenas passadas dentro do ambiente hospitalar, diversas questões de saúde foram citadas, como lúpus, câncer, AIDS, cegueira, adoção de dietas não saudáveis, entre outros... Porém, muitas vezes em nome do enredo, algumas informações a respeito de doenças acabam não retratando fielmente a realidade, ou passando uma impressão errônea. Por isso, separamos alguns deslizes e até mesmo erros médicos mostrados na novela.

O lúpus da Paulinha
  A personagem Paulinha (Klara Castanho) foi diagnosticada com lúpus, doença autoimune que ataca pele, as articulações, os rins, o cérebro e outros órgãos, normalmente a doença é caracterizada por manchas na pele e dores e edemas nas articulações. Quando ela foi diagnosticada, o quadro estava descontrolado e ela logo teve que fazer um transplante de fígado. Porém, de acordo com a reumatologista Ieda Laurindo, do Hospital das Clínicas, um transplante não seria necessário. "O lúpus acomete o fígado com certa frequência (cerca de 20 a 50% dos casos), mas de forma subclínica, ou seja, aparecem alterações nos exames do fígado, apenas nas enzimas que ele produz, mas o paciente não apresenta sintomas", explica a especialista. "Não há na literatura médica casos de transplante de fígado devido ao lúpus, apenas um caso de uma criança, que tinha também uma hepatite autoimune associada, o que justifica o procedimento", conclui a reumatologista.
Linda (Bruna Linzmeyer) e Rafael (Rainer Cadete) - Créditos: Globo/Divulgação
 O autismo da Linda
 
 A personagem Linda (Bruna Linzmeyer) tem sido importante para mostrar na novela como o autista pode ter possibilidades como qualquer outra pessoa. O problema é que a novela não levou em consideração que existem graus de autismo, e a personagem não parece se encaixar em muitos deles. "Ao que parece, o grau de habilidade de lidar com situações e linguagem da personagem muda conforme as cenas: em algumas ela parece ter um desenvolvimento muito atrasado, em outras parece mais avançado e, depois ela volta a ficar como antes. Não é assim que um autista se desenvolve", avalia a psicóloga Ana Arantes, mestre em Educação Especial e doutora em Comportamento e Cognição.
Pelo histórico da personagem, que nunca foi à escola e também foi educada rigidamente pela mãe, sem oportunidades de se desenvolver, seria muito difícil ela de repente se desenvolver e progredir. "Poderia-se dizer que Linda, partindo de um estágio de autismo moderado-grave, rapidamente queimou etapas chegando ao final da novela como autista leve, algo que é ilusório", comenta a psiquiatra Evelyn Vinocur, pós-graduada em pediatria e especialista em psiquiatria clínica.
No geral, é importante que o autista seja diagnosticado o mais cedo possível, para que com o tratamento adequado ele seja estimulado de forma correta, de acordo com o grau de seu quadro, e possa ser inserido na sociedade. "O cuidado é multidisciplinar, e envolve desde psicólogos e psiquiatras até fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas", considera a psicóloga Ana. Com isso, o autista pode frequentar a escola, aprender coisas novas e conviver com outras pessoas.
Outra questão que a novela polemizou foi a questão de relacionamentos para autistas, já que Linda está vivendo uma história de amor com o advogado Rafael (Rainer Cadete). Quem tem grau leve de autismo pode sim lidar bem com a sexualidade e romance. Porém não é possível determinar o grau de Linda, tudo indica que ela tenha um grau severo de autismo, e isso inviabilizaria qualquer chance de um romance acontecer.
Fertilização in vitro de Niko, Eron e Amarilys
Amarilys (Danielle Winits), Eron (Marcelo Antony) e Niko (Thiago Fragoso) - Créditos: Globo/Divulgação
 O casal gay Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcelo Anthony), sonhava em ter um filho. Eles decidiram fazer uma fertilização in vitro, mas alguém precisava gestar a criança. Niko então chamou sua amiga de infância Amarilys (Danielle Winits) para ser a barriga solidária. O problema é que as leis para esse tipo procedimento são muito rígidas. "O útero de substituição ou 'barriga solidária' é autorizado para parentes de até quarto grau, e em situações que não há tal parente, é obrigatória uma autorização ao Conselho Regional de Medicina (CRM)", expõe o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana. De acordo com a resolução CFM Nº 2013/2013, podem gestar a criança apenas a mãe, irmãs, tias, avós ou primas de um dos membros do casal. E, ao que parece, não houve nenhuma espera de notificação ao CRM antes de Amarilys receber o primeiro óvulo.
Outro erro grave feito na novela foi o uso dos óvulos de Amarilys, mas isso realmente foi feito ilegalmente pela personagem, em parceria com o médico. "É estabelecido que se usem óvulos de uma doadora anônima, para não haver brigas sobre a maternidade ao fim do processo", ensina Massaguer. O que realmente aconteceu na novela, já que Amarilys quis alegar que o filho era dela.

Linfoma de Hodgkin da Nicole
Thales (Ricardo Tozzi) está de saída. Vinícius pergunta como Nicole (Marina Ruy Barbosa) está se sentindo - Créditos: Globo/Divulgação
 Logo no inicio da trama, a personagem Nicole (Marina Ruy Barbosa) começou a apresentar manchas na pele e a se tratar com um oncologista. A aposta dos telespectadores foi de que ela tivesse um câncer de pele, mas ela foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, tumor que se localiza nos glânglios linfáticos, como os presentes no pescoço. É raro, mas o problema pode sim se manifestar na pele. "Mas para atingir a pele com manchas, teria que ser um fase bem avançada do tumor", pondera o oncologista clínico Vladimir Cordeiro de Lima, do AC Camargo Cancer Center. Na vida real, antes de chegar nessa fase o paciente já teria mostrado outros sinais clássicos da doença que iriam inclusive permitir o diagnóstico precoce. "O normal é o paciente apresentar sintomas mais comuns como o inchaço do glânglios linfático em 70% dos casos, e pode ter também perda de peso, sudorese excessiva, febre persistente, fadiga, entre outros sintomas", explica o oncologista.
Mas a parte mais grave foi o prognóstico do médico de que Nicole teria pouco mais do que seis meses de vida, passando uma ideia errônea sobre as chances de cura desse tipo de câncer. O linfoma de Hodgkin é considerado um dos tipos mais curáveis de câncer, principalmente se for diagnosticado e tratado a tempo. Diferentemente de outros tipos de câncer, a doença de Hodgkin muitas vezes pode ser curada mesmo em estágios mais avançados. "O linfoma de hodgkin tem agressividade intermediária, pois se desenvolve rapidamente, mas seu prognóstico na maioria dos casos é favorável: a taxa de cura é muito alta", considera o especialista. Porém, não foi isso que ocorreu com a personagem, já que ela faleceu em decorrência do tumor algum tempo depois do diagnóstico.

Tratamento de choque aplicado em Paloma
Paloma (Paolla Oliveira) apática. César (Antonio Fagundes) se aproxima com a diretora - Créditos: Globo/Divulgação
 Em meio às reviravoltas do enredo, a personagem Paloma (Paolla Oliveira) foi internada pelo próprio irmão Félix (Matheus Solano) em uma clínica psiquiátrica considerada mais radical. Ela foi falsamente diagnosticada, e a médica responsável pela instituição lhe receitou tratamento com choques elétricos, extremamente dolorosos (a cena foi marcada pelos gritos da personagem). De acordo com o psiquiatra Hewdy Lobo, diretor do Vida Mental, isso não retrata a realidade desse tipo de tratamento, chamado de eletroconvulsoterapia. "Quando possui indicação para ser realizado, esse procedimento ocorre em centro cirúrgico com a presença tanto do médico anestesista quanto do médico psiquiatra, que realiza a eletroconvulsoterapia", explica o especialista.
Normalmente ela é usada em pacientes que não podem usar medicamentos, como idosos em depressão grave, gestantes com problemas psíquicos, pacientes com psicoses... Também pode ser uma indicação quando a medicação não está trazendo resultados, e o paciente tem risco de suicídio, agressão ou desnutrição. "Jamais esta é uma conduta punitiva e sim médica, quando não há possibilidade de uso de medicações", ressalta. "Além disso, uma instituição de saúde que aplica choques elétricos aliados a doses de medicamentos cavalares da forma que foi aplicado à personagem certamente está indo contra a conduta médica adequada e atuando de forma criminosa", destaca o psiquiatra Hewdy Lobo. Na novela, nem a clínica nem os médicos receberam qualquer tipo de penalidade por atuar da forma que foi mostrado.

Câncer de mama da Silvia
Silvia (Carol Castro) espera tensa. Noriko (Camila Chiba) ali. Créditos: Globo/Divulgação
 A personagem Silvia (Carol Castro) foi diagnosticada com um câncer de mama, e encaminhada diretamente para uma mastectomia, ou seja, a retirada completa da mama. Até aí, um procedimento normal, dado que essa avaliação sempre depende do tamanho da mama e do tumor. Porém, após a cirurgia, nenhum outro tratamento foi feito. "Na maioria dos casos é preciso fazer um ou mais desses três tratamentos: quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia", explica o oncologista clínico Vladimir Cordeiro de Lima, do AC Camargo Cancer Center. De acordo com o médico, algumas pacientes podem não precisar de nenhum desses tratamentos, mas é muito raro. Porém, na trama não foi mostrado se a personagem foi analisada quanto a isso.

O diabetes do César
César (Antônio Fagundes) e Aline (Vanessa Giácomo) - Créditos: Globo/Divulgação
  O personagem César (Antônio Fagundes) ficou cego por algum tipo de intoxicação, e ao fazer um check-up para descobrirem a causa, foi diagnosticado um aumento na sua glicemia. Logo, ele foi diagnosticado com diabetes tipo 2, apesar de a causa não ter ficado exatamente clara. Por várias, foi debatido por alguns capítulos pelo personagem Lutero (Ary Fontoura) e a Paloma, respectivamente cirurgião e pediatra, o envio de um médico para aplicar insulina no paciente. Por fim, o médico foi enviado, mas acabou administrando um medicamento por injeção.
A novela começou tendo um deslize inicial, logo corrigido, pois a primeira opção para o tratamento do diabetes tipo 2 não é a insulina. Para contextualizar melhor, existem dois tipos de diabetes: o tipo 1 ocorre porque o pâncreas não produz insulina, por isso é necessário repor o hormônio, e o mais comum é que a pessoa desenvolva o problema até os 20 anos. "Já na maior parte dos diabéticos tipo 2 há apenas uma resistência a ação da insulina. Por isso, geralmente o tratamento do diabetes tipo 2 é iniciado com antidiabéticos orais", descreve a endocrinologista Denise Ludovico, da ADJ Diabetes Brasil. Além disso, nesse processo nenhum endocrinologista foi consultado.

Parto da Luana (esposa do Bruno)
Gabriela Duarte (Luana). Bruno (Malvino Salvador) e Glauce (Leona Cavalli) - Crédito: Globo/Divulgação
 Dessa vez, o deslize foi justificado pelo enredo. No primeiro capítulo Luana (Gabriela Duarte), morreu no parto, em decorrência de eclampsia - quando ocorrem convulsões antes ou durante o parto, precedidas por sintomas como hipertensão arterial, durante a gravidez. A gestante já havia sido diagnosticada com a hipertensão ao longo da gravidez, mas sua obstetra Glauce (Leona Cavalli), não tinha consigo um cardiologista na equipe. "É importante uma equipe de retaguarda, pois se alguma complicação ocorrer, é importante termos uma UTI e equipe médica completa para atender esta gestante. Isto vale para qualquer mulher em pré-natal de alto risco", considera o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana. Porém, a intenção da médica era justamente que Luana morresse no parto, pois ela estava apaixonada pelo marido da grávida, Bruno (Malvino Salvador). O segredo foi revelado ao longo da novela.
FONTE:
Por:
Nathalie Ayres

Para 72% dos pais de criança autista, escola não ajuda no aprendizado do filho



 Mesmo assim, 85% dos pais de autista avaliam a escola como uma experiência positiva, mostra pesquisa da USP
Uma dissertação de mestrado da Universidade de São Paulo (USP) mostra que apenas 27,7% dos pais de crianças com autismo avaliam que a escola colabora na aprendizagem acadêmica do filho. Por outro lado, 85% dos genitores entendem a escola como uma experiência positiva e 53% acreditam que o desenvolvimento social é o resultado mais relevante na frequência às aulas.
Para realizar sua pesquisa, Ana Gabriela Lopes Pimentel ouviu 56 cuidadores na região oeste da Grande São Paulo. Do total, 54 crianças iam para escola. A maioria dos pacientes era meninos, com idade entre 3 e 16 anos.
Gisleine Hoffmann, mãe de Lucas, de 5 anos, viu a evolução do filho ao procurar por uma nova escola
Para Ana Gabriela, a pouca menção dos resultados educacionais dos filhos é devido a um de dois fatores: ou o potencial educativo das crianças e adolescentes com autismo está sendo subestimado ou os resultados escolares estão sendo ignorados.
A orientadora da pesquisa, professora Fernanda Dreux Miranda Fernandes, explica que os 85% de aprovação, mesmo que não signifiquem aprendizado, é resultado de uma gratidão. Ela acredita que o medo de o filho não ser aceito é tão grande que, somente o fato de a criança estar matriculada e com direito ao convívio já é visto como suficiente.
Um equívoco, explica Fernanda. "A socialização não pode ser vista como o mais importante". Mesmo porque, afirma, a maior parte das crianças com autismo consegue acompanhar o currículo de uma escola regular, ainda que alguns com um aproveitamento relativo, desde que com acompanhamento adequado.
Adaptações
Para Gisleine Hoffmann, mãe de Lucas, de 5 anos, a solução foi mudar de escola. Matriculado em uma colégio no interior de São Paulo desde que tinha um aninho, o garoto costumava ficar muito agitado. “Além disso, até uns três anos, ele não falava, se comunicava apenas com gestos", conta.
Quando a criança completou três anos, veio o diagnóstico de autismo. "Nisso, pedi para acompanhar algumas aulas e descobri que ele ficava afastado dos colegas. Quando não se dava bem em uma atividade, era deixado de lado”, conta.
O diagnóstico coincidiu com a mudança de cidade e Gisleine aproveitou para procurar uma escola menor. Apesar de ser regular, a atual instituição de ensino onde Lucas estuda tem apenas cinco alunos na sala.
"Busquei uma escola com poucas crianças. Foi um desafio para o Lucas e para a escola também, já que eles não tinham tido um aluno com autismo antes."
A evolução veio com pequenas coisas no dia a dia: Lucas começou a contar eventos da escola para a mãe, falar sobre os colegas e a escrever sozinho. No último Natal, escreveu a primeira cartinha para o Papai Noel. Além disso, aprendeu a jogar xadrez. "Ele é muito bom. Me contaram que os amigos pedem para jogar com ele", conta a mãe orgulhosa.
História parecida é de Paula Naime, mãe da Carolina, de 5 anos. Com dois anos e sem Carolina andar ou falar, a mãe decidiu procurar por ajuda. O neurologista recomendou que ela procurasse uma escola para que a filha se integrasse. "Na escola, me falaram que ela era diferente", conta. O diagnóstico de autismo veio dois anos depois
Questionada sobre o aprendizado da filha, ela diz que muitas escolas estão bem menos preparadas do que os pais. Matriculada em um escola regular, porém pequena, Carolina já consegue escrever o alfabeto e sabe os números. "Ás vezes, eu brinco com ela à noite, digo que ela vai ser presidente de uma multinacional. Mas, a verdade, é que ela pode ser o que ela quiser, o mais importante é que seja feliz", diz Paula.
Tempo na escola
Outra questão que chamou atenção durante a pesquisa é que apenas 70% das crianças com autismo frequentam a escola durante toda a semana, enquanto mais de 16% vão apenas três dias por semana.
Resultado de falta de estrutura e preparo, explica Fernanda Dreux. "A política pública é incluir as crianças em escolas regulares. Mas ainda há situações como a de professores que têm uma sala com 50 alunos e mais uma criança autista", pondera.
A fonoaudióloga Danielle Defense, que trabalha com crianças autistas, diz que, mesmo aliviados, muitos pais acabam frustrados com a situação e não raro, têm um histórico de tentativas em muitas escolas. "Eles mostram bastante insatisfação em como são recebidos e como são ouvidos pelos professores e diretores, por mais que as crianças estivessem na escola. Há muita resistência."
Ainda assim, Daniele insiste para que os pais não desistam, e acompanhem o progresso acadêmico do filho. "É trabalho de sociabilização é muito importante, mas a criança tem que ter aprendizado", completa.

FONTE:
Por Julia Carolina - iG São Paulo
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-01-26/para-72-dos-pais-de-crianca-autista-escola-nao-ajuda-no-aprendizado-do-filho.html
Links importantes para pais e professores conhecerem o assunto:
Cartilha das diretrizes do autismo feita pelo Ministério da Saúde
Lei de Proteção ao Autismo
Cartilha da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Programa de Inclui - Inclusão de alunos com necessidades especiais no Municipio de São Paulo.
Contatos importantes:
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (Solicitação de Tratamento Gratuito e Orientação sobre a parte escolar)
Rua Drº Enéias de Carvalho Aguiar 188, primeiro andar, Cerqueira César
CAPE - Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Prefeitura de São Paulo)
Rua Pensilvânia, 115 - Fundos
Tel: (11) 3396-0649