quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Marcos Mion declara-se para filho especial

 Apresentador desabafou em texto lindo no seu perfil do Facebook sobre o primogênito,
Marcos com a mulher, Suzana, e o filho, Romeo (Foto: Reprodução/Instagram)

Emocionante e inspirador. É assim que pode-se definir o texto que Marcos Mion compartilhou em seu perfil do Facebook para falar do filho, Romeo. O garoto, de 8 anos, é fruto do relacionamento do apresentador com a designer Suzana Gullo – o casal tem também Donatella, de 5 anos, e Stefano, de 3. Confira o texto na íntegra:
"Deus me deu um presente.
 Fui um dos escolhidos. Somos muitos, mas ainda uma minoria. Se fossemos a maioria, o mundo seria um lugar com muito mais amor incondicional e puro, com mais respeito, paciência e valores. Quem somos nós? Famílias abençoadas com uma criança especial. Sim, nos seus primeiros anos de vida, eu e minha mulher, Suzana, percebemos que nosso filho mais velho, Romeo, é uma criança com dificuldades de desenvolvimento. Demorou algum tempo para termos essa certeza porque ele não se encaixa em nenhum diagnostico e segue evoluindo e aprendendo no seu ritmo.
 Todos especialistas dizem que ele não é autista, não é asperger, enfim, que ele não é nada além de uma criança que se encaixa na sigla NOS - Not Otherwise Specified, que significa "Sem Outras Especificações", mas que faz parte do spectrum autista. E por que é bom ele não se encaixar em nenhum diagnostico? Porque ele pode ser ele! Com todo seu potencial, seu jeito único, suas características, vitórias e limitações, e não o que um especialista determine que ele seja. O diagnostico é a maneira mais eficaz de limitar alguém, de não ver sua beleza e singularidade. Qualquer criança que pertence ao spectrum, seja qual for a especificação, tem uma luz única, diferente e seu caminho é ilimitado! Peço, de coração, para que os pais nunca parem de acreditar, independente de um rotulo, e estimulem sempre seus filhos especiais, pois eles tem muito a nos ensinar. Eles só precisam de amor e apoio.
Nós, desde seu nascimento, acompanhamos seu desenvolvimento de perto e buscamos os melhores especialistas no Brasil e fora. Sempre sou questionado do porque fiz a segunda base da minha família em Miami e porque passamos tanto tempo aqui. Essa mudança aconteceu, porque aqui encontramos uma especialista que desenvolveu um método com o qual nos identificamos muito, que foi essencial para entendermos a situação e para o Romeo ter as melhores condições para firmar suas bases de desenvolvimento. Foi um perfeito complemento ao trabalho dos médicos e todos profissionais brasileiros que trabalham com a gente.
 Assim, hoje em dia, Romeo vive uma vida normal, na escola, nas atividades, com família e amigos e é amado por todos que o cercam! Estes, alias, os grandes sortudos que, como eu e minha família, tem a felicidade de conviver e aprender todos os dias com um ser humano tão evoluído. Ele é minha maior inspiração como pai, como ser humano. Como uma vez ele me disse: "Pai, eu sou seu irmão".
 Sim filho, você é meu irmão de alma.

Meu maior orgulho."
FONTE:
http://revistaglamour.globo.com/Celebridades/noticia/2014/01/marcos-mion-declara-se-para-filho-especial.html

“Rene” e o português “Zeca” ajudam crianças com autismo


VÍDEO no endereço abaixo:
http://pt.euronews.com/2014/01/22/rene-e-o-portugues-zeca-ajudam-criancas-com-autismo/

Um pouco por todo o mundo existem projetos em desenvolvimento para ajudar crianças autistas com recurso a robôs. Em Portugal, no Minho, está em desenvolvimento o “Zeca”, cujo nome é a sigla da expressão inglesa Zeno Engaging Children with Autism.
O projeto luso foi iniciado em 2009, é ainda experimental e resulta de uma parceria entre a Universidade do Minho e a representação de Braga da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental. Na página de Facebook do projeto (Robótica-Autismo), lê-se que está a decorrer o segundo estudo piloto com o “Zeca”, o robô produzido pela Hanson Robotics, que é capaz de simular sentimentos como tristeza, admiração ou alegria e cujo objetivo é melhorar a vida social das crianças autistas.
Na Croácia, encontrámos o “Rene”, um robô desenvolvido pela Faculdade de Ciências de Educação e Reabilitação da Universidade de Zagreb. Através de uma câmara, um microfone e altifalantes, o “Rene” regista a voz das crianças e avalia a forma como elas estabelecem contacto pelo olhar e como reagem na presença dos pais. As crianças autistas têm dificuldade de interação social. Por isso, é mais fácil para elas interagir com uma máquina.
“O objetivo do projeto é desenvolver o protocolo robótico de diagnóstico de autismo. Isto consiste em juntar o clínico e o robô na avaliação, num género de equipa “cyborg” (mecânica e humana) que estabelece o diagnóstico da chamada Desordem de Espetro Autista”, explica a investigadora Maja Cepanec, da Faculdade de Ciências de Educação e Reabilitação, de Zagreb, explicando que o o plano é “realizar-se este tipo de protocolo com crianças autistas e crianças em normal desenvolvimento”.
“Queremos ter a certeza de que vamos conseguir identificar os comportamentos corretos e de que fazemos o tipo de análise que nos vai permitir separar estes dois grupos de crianças”, acrescenta Maja Cepanec.
Os informáticos programam o robô de acordo com as reações das crianças, permitindo que os sinais de autismo possam ser melhor detetados. O “Rene” envia às crianças estímulos simples, padronizados e de forma repetida, o que as ajuda a focarem-se numa única e clara mensagem, sem as variáveis humanas, que muitas vezes as confundem.
Marija Cukelj é mãe de uma criança autista e aprova o recurso à robótica. “O Filip, por acaso, observou o robô com atenção, o que não é habitual. Ele, normalmente, anda a correr por todo o lado e a atenção em algo não dura mais do que breves segundos. Mas quando viu o robô, olhou para ele, sentou-se, estudou-o e ficou muito interessado”, conta esta mãe de uma criança autista.
Os cientistas ressalvam, contudo, que a ideia por trás desta tecnologia não é a de substituir os clínicos, mas sim ajudar de forma inovadora os profissionais humanos, em colaboração com as máquinas, a reunir informação e a codificar os comportamentos das crianças com autismo.
FONTE:
Copyright © 2014 euronews

http://pt.euronews.com/2014/01/22/rene-e-o-portugues-zeca-ajudam-criancas-com-autismo/