Normalmente, a
doença é diagnosticada por volta dos dois anos de idade com base em testes de
comportamento.
O sistema
concebido pela equipa da Universidade de Londres baseia-se num exame da
atividade cerebral dos bebés.
O teste passa
por mostrar às crianças imagens de rostos, nalgumas imagens a pessoa olha para
a criança, noutras desvia o olhar. Sensores colocados no crânio medem a
atividade do cérebro.
Escolhemos um
dos mais importantes objetos da vida das crianças, os rostos. Elas habituam-se
rapidamente à cara da mãe e ao olhar da mãe, o olhar é muito importante. Quando
alguém olha para elas, significa que querem interagir.
Quando alguém
olha para outro lado, isso pode ser uma indicação para olhar para outro lado,
algo que está no local em que se encontra. Uma criança que não vai sofrer de
autismo faz a diferença entre olhar para elas e olhar para outro lado, porque
têm dois significados diferentes.
O que vemos
nas crianças que vão desenvolver autismo é que não vêm essa diferença”, disse a
investigadora Teodora Glica, diretora do projeto de investigação.
Entre as
crianças de seis meses submetidas aos testes e que viriam a sofrer de autismo,
os cientistas notaram uma fraca atividade cerebral.
A Federação
Portuguesa de autismo define a doença como uma perturbação global do
desenvolvimento infantil que evolui com a idade.
O bebé com
autismo apresenta determinadas características diferentes dos outros bebés. Pode
mostrar indiferença pelas pessoas e pelo ambiente, pode ter medo de objetos.
Por vezes tem problemas de alimentação e de sono. Pode chorar muito sem razão
aparente ou, pelo contrário, pode nunca chorar.”
Estudos
recentes revelam que os pesticidas que hoje em dia se encontram em toda a
cadeia alimentar podem aumentar a probabilidade de uma criança sofrer de
autismo.
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http://pt.euronews.com/2014/07/16/teste-cerebral-para-diagnosticar-autismo/