quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

11 fatos sobre o cérebro dos bebês

Eles são carecas, gorduchinhos, e ninguém entende nada do que falam.
Da mesma forma, ninguém consegue não gostar deles.
Quantas vezes você parou para pensar no que se passa na cabeça do seu neném?
Então aproveite esses 11 fatos sobre o cérebro dos bebês que todo pai deveria saber.

1) TODOS OS BEBÊS NASCEM CEDO DEMAIS

Biólogos sugerem que, se não fosse pelas limitações de tamanho da pelve de uma mulher, os bebês ficariam no útero muito mais tempo. Para caber através da “portinha de saída”, entretanto, o cérebro do recém-nascido é um quarto do tamanho de um adulto. Assim, alguns pediatras rotulam os três primeiros meses de vida do bebê como o “quarto trimestre” de gravidez, para enfatizar quão necessitados e ainda desprovidos de habilidades sociais eles são nesta fase. O primeiro sorriso social, por exemplo, não costuma aparecer até que a criança tenha entre 10 e 14 semanas de idade, e a primeira fase de apego começa por volta dos 5 meses de idade. Alguns biólogos acreditam que os recém-nascidos são socialmente ineptos, e tem um choro chato, para que os pais não se apeguem muito nessa fase em que o bebê tem uma maior probabilidade de morrer. E, é claro, o choro também garante que ele receba a atenção que precisa para sobreviver.

2) RESPOSTAS ÀS NECESSIDADES DO BEBÊ AJUDAM SEU CÉREBRO

 
 Segundo especialistas, o cérebro do bebê evoluiu para usar as respostas de seus pais para se desenvolver. O córtex pré-frontal dos recém-nascidos não tem muito controle, por isso os esforços para se disciplinar ou outras preocupações são inúteis neste momento. Em vez disso, os recém-nascidos aprendem sobre fome, solidão, desconforto e fadiga, e como é bom ter essas dores aliviadas. Quem cuida do bebê pode ajudar neste processo de aprendizado respondendo prontamente às necessidades do bebê. Não que haja um meio de impedir um bebê de chorar. Na verdade, todos os bebês, não importa o quão sensíveis sejam seus pais, têm um período de pico de choro em torno da idade gestacional de 46 semanas. A maioria dos bebês nasce entre 38 e 42 semanas. Ou seja, um bebê prematuro, nascido com 34 semanas, atingirá seu pico de choro com cerca de 12 semanas de idade, enquanto um bebê que nasceu com 40 semanas vai chorar mais com cerca de 6 semanas de idade.

3) CARETAS E SONS BOBOS SÃO IMPORTANTES

 Cientistas explicam que quando os bebês imitam as expressões faciais de seus pais, desencadeiam a emoção em si também. Isso ajuda as crianças a desenvolverem suas noções básicas inatas de comunicação emocional, e pode explicar por que os pais tendem a fazer caretas exageradas com seus pequeninos, tornando-as mais fáceis de se imitar. A conversa boba com o bebê é outra resposta aparentemente instintiva que os pesquisadores descobriram ser fundamental para o desenvolvimento infantil. Sua musicalidade exagerada e estrutura lenta enfatizam componentes fundamentais da língua, o que ajuda o bebê a entender as palavras.

 4) O CÉREBRO DO BEBÊ CRESCE MUITO RÁPIDO

 O cérebro dos recém-nascidos humanos, macacos e Neandertais são muito mais semelhantes do que são na vida adulta. Após o nascimento, o cérebro humano cresce muito rapidamente, mais do que duplicando até atingir 60% do seu tamanho adulto no momento em que assopra sua primeira vela de aniversário. Ao jardim de infância, o cérebro já atingiu seu tamanho máximo, mas não termina de se desenvolver até os 20 e poucos anos. Mesmo assim, o cérebro não pára nunca de mudar, para melhor ou para pior. Alguns cientistas especulam que essa mudança do desenvolvimento do cérebro infantil para uma escala rápida foi moldada ao longo de eras de evolução.

5) LUZ FRACA X FLASH: CÉREBRO DOS BEBÊS X CÉREBRO DOS ADULTOS  

O cérebro do bebê tem muitas mais conexões neuronais do que o cérebro dos adultos. Eles também têm menos neurotransmissores inibitórios. Como resultado, a percepção de realidade do bebê é mais difusa (menos focada) do que a dos adultos. Eles são vagamente conscientes do seu redor – uma estratégia sensata, considerando que ainda não sabem o que é importante. Cientistas comparam a percepção do bebê à luz de uma lanterna que espalha uma luminosidade fraca por todo o quarto, e a percepção do adulto à uma lanterna ou flash conscientemente focado em coisas específicas, mas ignorando detalhes de fundo. Conforme os bebês amadurecem, seus cérebros passam por um processo onde as redes neuronais são estrategicamente moldadas e aperfeiçoadas pela experiência. O mundo se ordena, mas também fica mais difícil de inovar e criar coisas, como uma pintura facial de purê de espinafre. Pesquisadores argumentam que as pessoas criativas são aquelas que mantêm a capacidade de pensar como uma criança.

6) BALBUCIAR É APRENDER


Dentro da luz de sua lanterninha, entretanto, os bebês podem focar momentaneamente. E quando o fazem, eles pronunciam um som para transmitir interesse. Em particular, balbuciar sílabas sinaliza para os adultos que eles estão prontos para aprender. Pais ambiciosos devem ficar atentos a este sinal. Os pesquisadores afirmam que a única coisa conhecida que torna os bebês mais espertos é falar com eles. O diálogo é o melhor, no qual o pai responde na pausa de uma vocalização do bebê.

7) PAIS QUE NÃO RESPONDEM TANTO PODEM AJUDAR OS BEBÊS


Alguns pais se esforçam demais para responder o bebê. Mas quando os bebês ganham uma reação 100% do tempo, eles ficam entediados e se desviam. A aprendizagem é muito delicada. Ao agir instintivamente, os pais respondem a 50 a 60% das vocalizações do bebê. Em laboratório, especialistas descobriram que o desenvolvimento da linguagem pode ser acelerado quando os bebês são respondidos 80% do tempo. Algo além disso, no entanto, declina a aprendizagem. Os pais também naturalmente ajudam o bebê quando respondem menos aos sons que já ouviram muitas vezes (como “eh”), mas se empolgam repetindo um novo som que se aproxima de uma palavra (como “da”). Com as estatísticas, o bebê começa a entender o som de sua linguagem.

8) TV E VIDEOS NÃO AJUDAM O CÉREBRO DO BEBÊ  


 Os bebês podem chorar com as entonações de sua língua materna, mas as respostas sociais são fundamentais para a habilidade da criança de aprender a língua totalmente. Os bebês dividem o mundo entre as coisas que respondem a eles e as coisas que não respondem a eles. E as coisas que não respondem, não ensinam. Vídeos, filmes, programas, mesmo que educacionais, não seguem as sugestões do bebê, razão pela qual DVDs infantis como Baby Einstein são considerados ineficazes. Se você quer ajudar seu bebê a ser inteligente, desligue a TV e brinque com ele.

9) NÃO SOBRECARREGUE O BEBÊ

 

A necessidade de interação humana não significa que os bebês devem ser estimulados o tempo todo. Eles têm períodos curtos de atenção e podem facilmente ficar sobrecarregados. Então, às vezes, a interação que eles precisam é simplesmente ajudá-los a se acalmar. Isso pode ser fornecido por um balanço, o escurecimento das luzes, etc. Ser capaz de não apenas se acalmar, mas também dormir, especialmente durante a noite, pode aumentar o desenvolvimento de competências nos bebês, pelo menos nos de 12 meses ou mais.

10) BEBÊS SURDOS 


Os bebês ouvem mal, o que pode ser o motivo de seu choro não incomodá-los tanto quanto nos incomoda. E, em geral, as crianças não conseguem distinguir as vozes ou ruídos de fundo como os adultos. Isso pode explicar porque crianças dormem em paz em ambientes ruidosos, ou porque seu filho não responde quando você pede para ele PARAR. Pela mesma razão, sempre ter música ou televisão ligada pode tornar mais difícil para os bebês distinguirem as vozes em torno deles e “pegarem” a linguagem. Embora os bebês muitas vezes amem música, ela deve ser uma atividade voltada, e não um ruído de fundo.

11) MAIS DO QUE PAPAI E MAMÃE
 

 Estudos têm demonstrado que as crianças parecem se sair melhor quando têm pelo menos três adultos por perto. O tempo gasto com um avô, um professor de creche, um amigo da família, uma tia coruja, ajuda as crianças a aprender a ler expressões faciais diferentes e expandir sua capacidade de tomar as perspectivas dos outros. Bebês usam processos mentais adultos para decifrar as emoções dos outros com cerca de sete meses de idade.

LiveScience