sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Idoso Autista

      As pessoas idosas com autismo têm os mesmos problemas de saúde que as outras pessoas idosas só que acrescidos das dificuldades de os comunicarem. Os problemas de comportamento podem, por isso, sofrer um agravamento (Federação Portuguesa de Autismo).
      Além disso, perdem muitas vezes o gosto pelo exercício físico e têm menor motivação para praticar desporto, o que não contribui para melhorar a sua qualidade de vida. (Federação Portuguesa do Autismo)
      Por outro lado, o seu comportamento pode tender a estabilizar-se com a idade. (Federação Portuguesa do Autismo)
      Relativamente à mortalidade, estudos a longo prazo de crianças e adolescentes com desordens psiquiátricas, demonstraram taxas de mortalidade acima da média, quando comparadas com grupos de controle de mesmo sexo e idade. As causas destas mortes, geralmente, não são de origem natural, são, muitas vezes, suicídios e acidentes. (Volkmar, F., Paul, R., Klin, A., Cohen, D.)
      As taxas de mortalidade são mais elevadas em indivíduos com Perturbação de Espectro de Autismo.       Algumas das causas são: acidentes de carro, encefalopatias, auto-agressão, asma, estados de epilepsia, afogamentos e pneumonia. (Volkmar, F., Paul, R., Klin, A., Cohen, D.)
      O estudo mais alargado de mortalidade, baseado em mais de 13000 indivíduos com autismo registado nas bases de dados do serviço de Departamento de Desenvolvimento da Califórnia, concluiu que as taxas eram duas vezes mais acima da média da população geral. Em indivíduos com atraso mental ou com QI elevado, as causas das mortes foram: convulsões, disfunções do sistema nervoso, afogamentos, sufocação. (Volkmar, F., Paul, R., Klin, A., Cohen, D.)

Bibliografia:


· Federação Portuguesa do Autismo. Autismo. Acedido a 09 de Janeiro de 2009, pelas 18horas no Web site:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php
· Volkmar, F., Paul, R., Klin, A., Cohen, D. Handbook of Autism and Pervasive Developmental Disorders: diagnosis, development, neurobiology and behaviour (3ªed.), John Willey & Sons, Inc.: New Jersey. 2005

Fonte:http://umolharsobreoautismo.blogspot.com
Foto: divulgação







O Adulto Autista


      A transição para adulto pode ser um período de dificuldades para muitos jovens e suas famílias. Os pais de crianças autistas abordam este estádio da vida com ansiedade e trepidação. Em vários estudos a longo prazo, tem se verificado um aumento de comportamentos disruptivos na adolescência, resistência à mudança, compulsões, comportamentos sexuais desadequados ou agressões, e isto pode tornar-se difícil de lidar pela família.
      A prevalência de atraso mental ou a estabilidade do nível de QI da infância para a adolescência ou idade adulta tem apresentado uma taxa de 70% a 80%. Além disso, a maioria dos adultos com autismo continua a apresentar dificuldades no discurso e na linguagem (Colma, Paul, Klin e Cohen, 2005).
      Contudo os autistas com alto grau de funcionamento conseguem obter formação académica tirando cursos em que as capacidades exigidas correspondam às presentes no adulto com autismo. O exercer de uma actividade laboral propicia uma maior independência do adulto face aos cuidadores, promovendo também a sua inserção na sociedade. Desta forma a auto estima do adulto aumenta, bem como a sua motivação na sua participação ocupacional.(Shore, Rastelli, 2006).

Fonte:
Foto: divulgação

      Referências Bibliográficas:

      Shore, S., Rastelli, L. (2006). Understanding Autism for DUMmIES. Wiley Publishing, Inc. Canada.
Volkmar, F., Paul, R., Klin, A., Cohen, D. (2005). Handbook of Autism and Pervasive Developmental Disorders: diagnosis, development, neurobiology and behaviour (3ªed.), John Willey & Sons, Inc.: New Jersey.