Segundo um novo estudo, mercúrio
não causa autismo. Essa é mais uma de muitas pesquisas que concluem que os
níveis de mercúrio na urina de crianças com autismo não é superior aos níveis
de mercúrio na urina de crianças sem a doença.
A ideia desacreditada que uma
forma do mercúrio, chamada etilmercúrio, por vezes utilizada em vacinas, pode
levar ao autismo levou à redução das taxas de vacinas e aumentos nos casos de
doenças evitáveis no mundo, tais como sarampo e papeira.
Mas, mesmo quando o mercúrio
deixou de existir nas vacinas de alguns países a partir de 2001, as taxas de
autismo continuaram a aumentar.
Os pesquisadores coletaram
amostras de urina de 54 crianças com transtornos do espectro do autismo, e
compararam com outros três grupos: 115 crianças da população em geral, 28
crianças que frequentavam escolas especiais (principalmente por causa de
dificuldades de aprendizagem), e 42 crianças que não tinham autismo, mas tinham
um irmão com a condição.
Não houve diferenças, entre
qualquer um dos grupos, na concentração de mercúrio encontrada na urina. Os
pesquisadores também observaram que os testes de outros metais pesados, tais
como o lítio, manganês, cádmio e chumbo, também foram os mesmos em todos os
grupos.
Estudos anteriores demonstraram
que o etilmercúrio, por vezes utilizados em vacinas, não pode atravessar a
barreira sangue-cérebro.
Já uma forma de mercúrio que tem
sido associada a problemas do sistema nervoso, chamado metilmercúrio, pode
entrar no cérebro a partir do sangue.
Estudos anteriores que analisaram
os níveis de mercúrio na urina em crianças com autismo tiveram resultados
contraditórios, mas eles envolveram testes de urina de crianças que receberam
tratamentos de quelação, o que reduz o nível de mercúrio e outros metais no
sangue.
Tratamentos de quelação, que são
às vezes impostos a crianças com base na ideia de que podem tratar o autismo ou
melhorar os seus sintomas, podem representar riscos para a saúde das crianças.
Reportagem:
Natasha Romanzoti
Foto:
My Health News Daily