quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mães de autistas criticam personagem Linda de "Amor à Vida": "É uma utopia"

Bruna Linzmeyer
Na reta final de "Amor à Vida", nem as pegações de Michel (Caio Castro) e Patrícia (Maria Casadevall) conseguiram ofuscar o romance entre Linda (Bruna Linzmeyer) e Rafael (Rainer Cadete). A relação entre a autista e o advogado foi crescendo ao longo da trama de Walcyr Carrasco e alcançou seu ápice dramático com a prisão de Rafael após trocar um beijo com a jovem.
Autismo
Incentivada por Leila (Fernanda Machado), Neide (Sandra Corveloni) denunciou o advogado por abuso de incapaz. Procurada pelo UOL, Rita Valéria Brasil Santos, presidente da Associação de Amigos do Autista da Bahia, condenou a maneira como Walcyr tem conduzido a trajetória de Linda. "É uma utopia o que a novela apresenta no momento", opinou ela.
Mãe de um autista de 21 anos, Rita relembrou que Linda foi criada sob um rígido controle dos pais e longe da sociedade, tornando pouco crível a possibilidade de uma interação com o "namorado".
"O autor preferiu mostrar apenas a questão de sexualidade e não mostrou a luta da família para conseguir escola, tratamento, diagnóstico. Ele [Walcyr] é um formador de opinião e tenho medo de que mães de autistas tenham a ideia da Linda na cabeça", comentou.
A opinião foi corroborada por Ana Maria Mello, superintendente da Associação de Amigos do Autista de São Paulo, e mãe de um autista de 32 anos. "A realidade da Linda está muito distante do que é o autismo. Está muito romanceado. Não existe gente com autismo como a Linda, pelo menos que eu conheça", disse.
Segundo Ana Maria, da forma como é mostrado na trama, o relacionamento entre Linda e Rafael não deveria acabar em prisão – na vida real, porém, a situação seria diferente. "Dentro do enredo da novela, eu acharia uma injustiça denunciá-lo. Na vida real, seria abuso porque não existe a menor possibilidade de ser uma ação conjunta. O relacionamento é uma das maiores dificuldades que eles têm. É difícil você perceber um afeto. Até para demonstrarem afeto pela própria família é complicado".
Marisa Furia, presidente da Associação Brasileira de Autismo, contou que há um caso na Suécia envolvendo o casamento entre autistas, mas que a situação é rara, além de receber apoio do governo. "Na novela percebo que o rapaz [Rafael] está cuidando dela, proporcionando boas coisas, e por isso ela consegue interagir com ele, mas acho muito complexo falar de uma relação amorosa", ponderou ela, mãe de um homem autista de 36 anos.
Para Marisa, o descontrole de Neide com o fato é aceitável.  "Entendo que exista uma grande preocupação da família, é preciso de um acompanhamento intenso para que essa relação seja decente. Não sei dizer o percentual de 'Lindas' no Brasil, mesmo assim acredito que a discussão é interessante", ressaltou.
"Na vida real não é assim"
A doutora Carla Gikovate, neurologista e especialista em autismo, acredita que a trama envolvendo Linda ficou confusa. "A personagem tem características de autismo severo, mas também de autismo leve", considerou. Para ela, o namoro de Linda com Rafael jamais existiria na vida real.
"Não há chances de um rapaz normal se apaixonar por um autista moderado, como acredito ser o caso da Linda. Na vida real o cara ia perceber e cair fora", opinou. Indagada se os pais de Linda têm razão de manter Rafael longe da jovem, Carla brincou: "A denúncia não aconteceria porque essa situação [amorosa] também não aconteceria". Contudo, a simples abordagem do autismo em uma trama da Globo já é bem vista pela profissional.
"O número de crianças que apareceram no consultório em razão da abordagem demonstra o quanto o assunto é importante, mesmo sendo tratado dessa forma na novela", finalizou enfatizando que o caso da Linda não seria de um autista.

FONTE:
UOL

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Entrevista com Romário

Genial nos gramados, ele agora é um campeão 
a serviço do povo
Romário e sua filha, Ivy.
foto: Divulgação

Craque da bola, Romário de Souza Faria é um dos cinco maiores jogadores da história do futebol, segundo escolha da Fédération Internationale de Football Association (FIFA).

Aos 47 anos, o Baixinho - como é popularmente conhecido -, acumula ainda outros títulos. Entre eles, o de terceiro maior artilheiro da Seleção Brasileira, com 55 gols marcados com a camisa verde-amarelo, e de artilheiro em 27 das 83 competições oficiais que disputou.

Em 1995, após ser protagonista na conquista do Tetracampeonato, Romário fundou o Instituto Romário de Souza Faria. Com o objetivo de diminuir as desigualdades sociais e criar oportunidades para as crianças carentes por meio do futebol, o projeto atendeu centenas de crianças e jovens dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Fora dos campos, Romário continua se destacando, mas, como um dos mais importantes deputados federais do País, trabalhando em defesa do povo.
Pai de seis filhos - entre eles Ivy, de 8 anos, que tem síndrome de Down -, ele foi eleito deputado federal em 2010, pelo PSB-RJ, e atua em defesa dos interesses das crianças e jovens de comunidades carentes, além de prover as pessoas com deficiência de atenção, respeito e direitos junto à sociedade.
Na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), Romário é o 1º vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, suplente da Comissão de Educação e Cultura, Vice-presidente da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência, Diretor de Assuntos Esportivos e Acessibilidade da Frente Parlamentar da Atividade Física.






FONTE:
Telefone: 011 - 3437-7676
Endereço: Rua Coronel Mário de Azevedo, 239
Cep: 02710-2020 - São Paulo/SP
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Nota do
Vivências Autísticas 
Romário foi peça fundamental na promulgação da 
Lei 12.764 (Lei Berenice Piana).
Sempre que podemos o homenageamos.