sábado, 12 de agosto de 2017

A DIFÍCIL TAREFA DA PATERNIDADE

        
Existem muitos meninos que, com uma força enorme que vem de seus corações, se tornam bons pais… um menino que reflete um profundo amor para seus filhos e que se torna capaz de trazer o mais puro e pleno sentido da palavra “pai”, talvez não o pai idealizado pela mãe, exigido pela sociedade, mas do menino que amadurece e, na sua expressão mais pura de si mesmo, consegue ter o reconhecimento e o amor de seus filhos, e conseguem se tornar uma fonte de inspiração e confiança.
Por que eu disse um menino? Porque é assim que eu enxergo, somos meninos, muitas vezes somos mais crianças que nossos próprios filhos. Muitas mães falam que é mais um filho pra educar… e é verdade: somos brincalhões, talvez meio mal educados, um pouco porcalhões, preguiçosos e desleixados muitas vezes… eu sempre brinco dizendo que a gente para de amadurecer aos 15 anos, muitas vezes somos verdadeiros patetas. É bem engraçado quando sua filha adolescente começa a fazer correlações entre você e seus amigos de 13 anos… rsrsrs (ai Pai…), ou quando seu filho briga com você porque você está se divertindo mais do que ele com o carrinho de controle remoto!!!
Mas existe uma força que surge no processo de paternidade que é muito profunda, a de ser o melhor pai que eu puder ser. Um esforço contínuo para estar acima de meus maus hábitos e ser exemplo de caráter e humanidade. Tentar agregar os melhores valores possíveis aos filhos durante o processo de relação. Mas fazer isso da forma mais verdadeira e profunda, através da expressão plena de si mesmo, e não através de palavras e comandos educacionais, ou mesmo uma conduta paternal pré-estabelecida.
Através do convívio, nossos filhos chegam muito próximo à nossa essência e sim, eles percebem o que estamos buscando realizar nesse processo. Somos os mesmos meninos, que por amor, nos superamos pelo bem deles. Essa percepção do verdadeiro ser que se encontra nas profundidades da figura do “pai” é a verdadeira mágica.
Cuidar, proteger e inspirar através do que eu sou… esse é o verdadeiro sentido da paternidade.
Seja o melhor pai que puder ser… mas cuidado com que a cobrança do marido e pai idealizados pelos outros não sobreponha a sua verdadeira expressão e coloque uma carcaça rígida em você.
Palavras e normas patriarcais não são paternidade. A verdadeira Paternidade necessita do encontro das almas.


Feliz dia dos Pais

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS : O que você aprendeu com seu filho autista?

VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS : O que você aprendeu com seu filho autista?: No início de fevereiro perguntamos aos pais que acompanham o nosso trabalho no Instagram e no Facebook o que eles aprenderam com seus fi...

O que você aprendeu com seu filho autista?

No início de fevereiro perguntamos aos pais que acompanham o nosso trabalho no Instagram e no Facebook o que eles aprenderam com seus filhos autistas. Recebemos muitas respostas lindas e inspiradoras, enviadas por familiares de pessoas com autismo. Abaixo compartilhamos algumas — para ler todas acesse aqui.
“Aprendi, acima de tudo, a acreditar… acreditar no poder do amor, no meu instinto, nas terapias. Aprendi a selecionar as pessoas, as brigas pela quais vale a pena lutar e aquelas que devo deixar pra lá. Aprendi que conquistas são antecedidas por muita luta, que as pessoas têm muito a aprender e que meu filho tem muito a ensinar. Aprendi que o aprendizado é algo constante e que nenhuma verdade é absoluta. Aprendi a força de um abraço no momento certo, a me levantar mesmo quando meus joelhos não aguentam mais, a olhar pra frente e seguir. Aprendi que família é pilar, é força, é amor, é o que você precisar. Aprendi a felicidade de um abraço, a importância de um olhar, a espontaneidade de uma palavra, a esperança de um sorriso, a tristeza do julgamento. Aprendi e ainda tenho muito a aprender. E meu maior professor tem apenas seis anos de idade.” Michely Campos
“Aprendi a ter esperança, pois meu filho me surpreende a cada dia. Também aprendi a batalhar pelos direitos dele, pois vivemos em um mundo que não sabe respeitar aquilo que é diferente, seja esse diferente uma pessoa, um pensamento, a cor da pele…” Tatiani Santos
“Eu aprendi a aceitar o diferente, o que sai do padrão. Aprendi a questionar o que é “normal” e a valorizar as particularidades. Aprendi mais e mais sobre o autismo para poder ensinar para o meu filho sobre suas qualidades e minimizar suas dificuldades. Aprendi a ajudá-lo a construir uma autoimagem positiva e cheia de aceitação e orgulho, pois só assim ele vai ter forças para superar as barreiras sozinho, quando eu não estiver por perto, sem querer fugir ou se esconder. Aprendi muito sobre mim para que eu possa ajudá-lo a ser ele mesmo, em sua melhor versão possível.” Cristiane Carvalho
“Aprendi a dar valor às pequenas coisas: cada nova palavra dita, cada dificuldade ultrapassada… e a ter muita paciência, à espera de ser chamada um dia de mamãe.” Ana Paula Prado
“Aprendi que nem todo mundo tem maturidade emocional para aceitar e respeitar uma criança com necessidades especiais. Aprendi também a ser paciente, persistente, perseverante e uma batalhadora, sempre em busca de terapias e tecnologias que possam beneficiar minha filha, principalmente na sua vida adulta. Não ‘romantizo’ o autismo mas também não ‘dramatizo’, pois acredito no potencial de aprendizagem dos autistas, acredito na ciência e, principalmente e acima de tudo, acredito em Deus.” Manuh Cals
“Aprendi a lidar com o tempo, ensinar todos os dias as mesmas coisas, por meses ou anos, para ter um resultado positivo e comemorar. Aprendi a ter persistência.” Aurila Maria
“Aprendi o verdadeiro significado do AMOR.. Aprendi o verdadeiro significado de PACIÊNCIA. Aprendi o verdadeiro significado de ACREDITAR. E aprendi a AMAR de uma forma que jamais amei e fui amada!!!! Eu aprendo com o autismo todos os dias.” Flávia Magri

P.S.: Uma resposta em especial nos comoveu muito e sentimos a necessidade de compartilhá-la na íntegra com todos os nossos leitores. Conheça aqui a história da Carla Lacerda e do seu filho João Lucas.