quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Novo Livro - Minha Filha ... Autista?

     Neste livro, a mãe relata toda a intensidade de seu amor pela filha.
     Leva-nos rever nossos conceitos, julgamentos e padrões, questionar nosso posicionamento frente à vida, em uma viagem por um mundo que até então era completamente desconhecido por ela.
O mundo autista.
     Um mundo que é habitado por pessoas que processam as informações de forma diferente e tem sua maneira própria e peculiar de comunicação, ou seja, se expressam completamente diferente de nós, os conhecidos neurotípicos, que temos uma enorme dificuldade de lidar com o “diferente” geradora do preconceito.
Débora Alves da Silva
Psicóloga
Para adquiri-lo, clique no título da matéria ou ainda em:
http://www.clubedeautores.com.br/book/116803--Minha_Filha_Autista

Cérebros de crianças autistas têm mais neurônios, diz estudo


     As crianças autistas têm mais neurônios e apresentam um cérebro mais pesado que as demais, revela um estudo publicado nesta terça-feira (8) no Journal of the American Medical Association (JAMA). O estudo, baseado em análises de cérebros de crianças autistas falecidas, sugere que a anomalía na zona pré-frontal do cérebro pode ter origem no útero, destacam seus autores.
     Os cientistas examinaram os cérebros de sete crianças autistas, com idade entre 2 e 16 anos, a maioria morta por afogamento. Ao comparar os cérebros dos autistas com os de outras crianças, a maioria morta em acidentes de trânsito, os pesquisadores encontraram 67% mais neurônios no córtex pré-frontal e 17,7% mais peso, em média, no primeiro grupo.
     "Já que os neurônios corticais não são gerados após o nascimento, este aumento patológico no número de neurônios em crianças autistas indica causas pré-natais", destaca o estudo. O córtex pré-frontal é responsável pela linguagem, comunicação e comportamentos como o ânimo, a atenção e as habilidades sociais. Habitualmente, as crianças autistas têm problemas nestas áreas.
     "Os fatores que normalmente organizam o cérebro parecem estar desconectados", destacam Janet Lainhart, da Universidade de Utah, e Nicholas Lange, da faculdade de Medicina e Saúde Pública de Harvard
     "Devido ao fato de que os neurônios em todas as zonas do cérebro, exceto no bulbo olfativo e no hipocampo, são gerados antes do nascimento, estas descobertas se somam à crescente evidência biológica de que a neuropatologia do desenvolvimento do autismo começa antes do nascimento, possivelmente em todos os casos".
     Estudos prévios sugeriam que os sinais clínicos do autismo tendem a convergir com um período de crescimento anormal da cabeça e do cérebro que começa a ser evidente entre os nove e os 18 meses.
     O autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentos, desde a dificuldade para as relações sociais até a incapacidade de comunicação, passando pela execução de movimentos repetitivos, extrema sensibilidade a certas luzes e sons e problemas de comportamento.

Fonte:
Foto:AP

ONG britânica ajuda autistas a encontrar namorados


     O inglês Mark Savage teve dois encontros românticos recentemente e gostaria muito de achar uma namorada. No entanto, Savage, que tem 30 anos de idade e sofre de uma condição conhecida como Síndrome de Asperger, disse que os encontros foram "cansativos e estressantes".
     Entre os sintomas da condição, que pertence ao chamado espectro autista, estão dificuldades de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções e tendência a comportamentos repetitivos.
     A Síndrome de Asperger se diferencia do autismo clássico por não estar associada a atrasos no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do paciente.
     "Tive um relacionamento mas foi bem curto", conta ele.
     "Demora um pouco para eu avaliar as pessoas. Não respondo imediatamente aos códigos. Não consigo formar relacionamentos com rapidez."
     Savage conta que na adolescência e, mais tarde, já um jovem adulto, não procurou relacionamentos, preferindo "se concentrar em seus estudos".
     "Tentei estudar sociologia na University of Sussex quando tinha 26 anos, mas não consegui me entrosar com as pessoas".
     Recentemente, ele disse estar um pouco mais confiante socialmente.
     Savage trabalha meio período como assistente administrativo e mora com os pais em Finchampstead, a oeste de Londres.
     "No futuro, eu gostaria de ter um trabalho estável e de morar com uma parceira".
     "Pessoas que têm (Síndrome de) Asperger não batem papo e não fofocam", explica.
     "Namorar nos tira da nossa zona de conforto, então seria bom receber uma ajuda".

     Conselheiros Amorosos

     Agora, pessoas como Mark Savage, vivendo no condado de Berkshire, na Inglaterra, vão ter a ajuda de que precisam para tentar encontrar suas almas gêmeas.
     A entidade beneficente Ark Charity, com sede na cidade de Crowthorne, acaba de receber financiamento do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha para um projeto que vai oferecer aulas de educação sexual e voluntários para acompanhar os clientes em seus primeiros encontros.
     A ONG já organiza alguns eventos, entre eles, uma noite semanal de clubbing para pessoas com dificuldades de aprendizado na cidade inglesa de Bracknell.
     Uma das envolvidas no projeto, Scott Walker, disse que uma pesquisa interna feita entre 105 pessoas atendidas pela Ark Charity revelou que dois terços deles gostariam de encontrar um parceiro ou parceira.
     "Também sabemos que há uma demanda por educação sexual e sobre relacionamentos para pessoas com dificuldades de aprendizado, já que houve sete gravidezes não planejadas entre mulheres com dificuldades de aprendizado em Bracknell no ano passado".
     Waller menciona um estudo feito em 2001 pelas autoridades de saúde britânicas que concluiu que a dificuldade em formar relacionamentos produz sentimentos de isolamento e de baixa autoestima em pessoas com problemas de aprendizado.
     "Várias das pessoas que atendemos pertencem ao espectro autista ou têm Síndrome de Asperger", ele diz.
     "Algumas tiveram encontros sociais, outras ficaram noivas".
     "Elas têm comportamento diferente das outras pessoas. Tendem a ter vida social limitada e não muitas delas conseguem ter relacionamentos".
     O pequeno estudo feito pela Ark revelou que entre as maiores barreiras à formação de novas amizades ou relacionamentos estão a falta de autoconfiança, preconceito, estigma e tendência a se relacionar sempre com o mesmo grupo de pessoas.
     Walker espera que o novo projeto permita que elas ampliem seu círculo social.

Foto: Google.
Reportagem: Emma Midgley
Fonte:
Uol - Notícia - Ciência e Saúde