domingo, 2 de dezembro de 2012

Choro do bebê aos 6 meses pode ajudar a diagnosticar autismo

Pesquisa sugere que crianças em situação de risco elevado para o autismo produzem sons
mais elevados e agudos


     Pesquisadores da Brown University, nos EUA, descobriram que choro dos bebês aos 6 meses de idade pode ser usado, juntamente com outros fatores, para determinar o risco de autismo.

     Os pesquisadores gravaram o choro de 39 crianças de 6 meses de idade, das quais 21 estavam em risco para autismo porque tinham um irmão mais velho com a condição. Os outros eram bebês saudáveis, sem histórico familiar de autismo.

     Uma análise assistida por computador mostrou que o choro dos bebês em situação de risco elevado para o autismo eram mais elevados e agudos do que os bebês que não corriam risco da doença. Segundo o líder da pesquisa, Stephen Sheinkopf, este resultado só foi verdadeiro quando o choro foi causado pela dor, como quando um bebê caiu e bateu com a cabeça.

Gradação

     No entanto, os pesquisadores ressaltam que as diferenças de choro dos bebês autistas "provavelmente não poderiam ser detectadas pela maioria das pessoas utilizando somente seus ouvidos."

     No momento em que as crianças do estudo fizeram 3 anos de idade, três delas foram diagnosticadas com autismo. Enquanto bebês, estas três crianças tinham choro que estava entre os mais altos e agudos e que soava mais tenso.

     As descobertas sugerem que o choro dos bebês de 6 meses pode ser usado, juntamente com outros fatores, para determinar o risco de um bebê ter autismo.

     Se confirmada em estudos futuros, a descoberta pode permitir aos pesquisadores identificar crianças com risco da doença muito antes dos problemas de comportamento típicos se tornarem aparentes.

     Estudos anteriores sugeriram que com um ano de idade, as crianças com autismo produzem sons e gritos que atípicos, mas esta pesquisa é a primeira a avaliar os bebês a partir dos seis meses.

    A equipe ressalta que mais estudos são necessários para confirmar os resultados.

Fonte:
Revista Autism Research.