Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS
One mostrou que o contato com animais de estimação pode ter um efeito positivo
no comportamento de crianças autistas. Segundo especialistas do Centro de
Pesquisa do Hospital de Brest, na França, pessoas com a síndrome que passam a
ter um cão ou um gato, por exemplo, depois dos cinco anos de idade podem
apresentar um melhor relacionamento com outras pessoas do que os indivíduos que
já nascem em lares com a presença algum bicho ou que passam a vida sem conviver
com um.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Does Pet Arrival Trigger Prosocial
Behaviors in Individuals with Autism?
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Resultado: Pessoas com autismo que passaram a ter animais de
estimação a partir dos cinco anos de idade se relacionam melhor socialmente do
que quem nunca conviveu com algum bicho de estimação. Embora de forma menos
intensa, quem nasce em lares com animais também apresentam melhora
No artigo, os autores explicam que, embora a terapia
envolvendo contato com animais já venha sendo recomendada a crianças com
autismo há algum tempo, os resultados concretos dessa abordagem nunca haviam
sido estudados.
Animais de estimação fazem bem à saúde, revela estudo
Participaram da pesquisa 260 indivíduos de seis a 34 anos
que tinham a síndrome. As pessoas que passaram a ter algum animal de estimação
a partir dos cinco anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos
específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se
mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que
pacientes que nunca tiveram um animal. Os participantes que já nasceram em
casas com a presença de animais também mostraram uma melhor relação social,
embora menos intensa do que o outro grupo. Para os autores do estudo, esses
resultados devem incentivar outras pesquisas que aprofundem os mecanismos
envolvidos na relação entre pessoas com autismo e animais.
O que é autismo?
Qual a diferença entre autismo e Síndrome de Asperger?
A partir de que idade é possível detectar o autismo?
A que sinais os pais devem ficar atentos antes dessa idade?
Quais são os sintomas mais comuns?
Quais são as causas conhecidas do autismo?
Existe alguma relação entre vacina e autismo?
Como o diagnóstico é feito?
Existem níveis diferentes de autismo?
Por que o autismo é mais frequente no sexo masculino?
O que os pais devem fazer quando descobrem que o filho tem
autismo?
Autismo tem tratamento?
Qual tratamento tem sido mais bem sucedido?
É possível levar uma vida normal?
Estamos vivendo uma epidemia de autismo?
Autista tem problema de Q.I. ou retardo mental?
O que fazer quando o filho autista tem também retardo
mental?
Autismo pode ser confundido com TDAH?
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não
pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um
médico.
Estevão Vadasz, psiquiatra e coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista
do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP (PROTEA)