sábado, 4 de agosto de 2012

Chegada de um animal de estimação em casa melhora comportamento de crianças autistas

Saúde - Notícia - VEJA.com

Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS One mostrou que o contato com animais de estimação pode ter um efeito positivo no comportamento de crianças autistas. Segundo especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, pessoas com a síndrome que passam a ter um cão ou um gato, por exemplo, depois dos cinco anos de idade podem apresentar um melhor relacionamento com outras pessoas do que os indivíduos que já nascem em lares com a presença algum bicho ou que passam a vida sem conviver com um.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Does Pet Arrival Trigger Prosocial Behaviors in Individuals with Autism?
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
 Quem fez: Marine Grandgeorge, Sylvie Tordjman, Alain Lazartigues, Eric Lemonnier, Michel Deleau e Martine Hausberger
 Instituição: Hospital de Brest, França
 Dados de amostragem: 260 pessoas com autismo
Resultado: Pessoas com autismo que passaram a ter animais de estimação a partir dos cinco anos de idade se relacionam melhor socialmente do que quem nunca conviveu com algum bicho de estimação. Embora de forma menos intensa, quem nasce em lares com animais também apresentam melhora
No artigo, os autores explicam que, embora a terapia envolvendo contato com animais já venha sendo recomendada a crianças com autismo há algum tempo, os resultados concretos dessa abordagem nunca haviam sido estudados.
Animais de estimação fazem bem à saúde, revela estudo
Participaram da pesquisa 260 indivíduos de seis a 34 anos que tinham a síndrome. As pessoas que passaram a ter algum animal de estimação a partir dos cinco anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que pacientes que nunca tiveram um animal. Os participantes que já nasceram em casas com a presença de animais também mostraram uma melhor relação social, embora menos intensa do que o outro grupo. Para os autores do estudo, esses resultados devem incentivar outras pesquisas que aprofundem os mecanismos envolvidos na relação entre pessoas com autismo e animais.
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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

Estevão Vadasz, psiquiatra e coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista
do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP (PROTEA)

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