quarta-feira, 1 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Editorial de Lançamento - Revista Autismo
Editorial
Esta é [será] a edição de lançamento da Revista Autismo - a número zero -, a concretização de uma meta buscada há muito tempo por pais e profissionais: levar informação séria e transparente de forma impressa, principalmente a pais e familiares de autistas que não têm acesso à internet (ou habilida
de para isso). Destaque-se que há muita informação na internet (confiável e não confiável).
A revista é produzida por pais e profissionais que fizeram dessa luta pela democratização da informação
a respeito de autismo uma meta, a qual hoje está sendo alcançada e dando seu primeiro passo de muitos que virão. São pessoas que se conheceram no mundo virtual da internet, em listas de discussões e e-mails, buscando informação sobre um mesmo tema: o autismo. E decidiu-se sair só do online para também o offline, para o bom e velho papel - além de ter um complemento na internet - para disseminar e pulverizar informação respeito dos transtornos autísticos do comportamento no Brasil todo. Importante destacar que é a primeira revista exclusivamente sobre autismo na América Latina e a primeira do mundo em língua portuguesa.
domingo, 22 de agosto de 2010
Alfabetização para Crianças com Autismo - Curso -
“Estratégias e acomodações no processo de inclusão e alfabetização para crianças com Autismo” Conheça as técnicas para atividades pré acadêmicas e acadêmicas na idade pré escolar e ensino fundamental dentro da Perspectiva ABA
Dia: 09 Outubro 2010
Carga horária total do curso: 10 horas
PALESTRANTE : Beatriz Cunha.- Terapeuta Comportamental, pós graduada em psicologia. Diretora do Centro de Analise do Comportamento especializado em ABA.
CIDADE: São José dos Campos – SP
Conteúdo Geral
Objetivos específicos:
A criança que aprende "diferente" é aquela que processa as informações e experiências de vida de uma forma única. Ela, muitas vezes, também lida com a confusão, distorção, incerteza ou turbulência emocional no dia a dia. Muitas são desafiadas com diferentes habilidades a regularem a si mesmas, a acalmarem-se e confortarem-se, manterem-se atentas diante de ambientes educacionais que elas precisam frequentar sem as modificações necessárias. Toda criança pode aprender e por isso necessitamos de atividades e estratégias individuais nas primeiras experiências acadêmicas. Muitos déficits de aprendizagem podem ser evitados modificando o currículo e melhorando o ensino individualizado. Devemos desenvolver estratégias para ensinar de acordo com as necessidades individuais de cada uma.
Objetivo:
Este curso tem como objetivo mostrar as diferentes formas de aprendizagem, utilizando estratégias e acomodações do programa ABA em sala de aula. Cada nível de ensino regular deve ter educadores que possam proporcionar o ambiente estruturado de aprendizagem, para que os alunos com especificidades de aprendizagem tenham sucesso acadêmico.
CONTEÚDO
1. Como incluir o aluno autista em sala de aula com um planejamento adaptado.
2. Como construir conceitos e desenvolver funções de orientação tempo-espacial, esquema corporal e discriminação visual e auditiva
3. Minimizar comportamentos “inadequados” em sala de aula ou em espaços clínicos.
4. Motivação e Reforçamento.
5. Aquisição das habilidades básicas para a leitura e escrita.
6. Programas acadêmicos aplicáveis em sala de aula.
7. Materiais que facilitam o processo de alfabetização.
8. Planejamento e adaptação de atividades curriculares.
9. Como estimular a interação da criança com os colegas (programa de inclusão)
10. Programa de habilidades sociais com jogos e atividades em grupo
11. Como atender as necessidades da família para alimentação e cuidados médicos para que a família dê apoio à educação de seus filhos.
12. O papel do facilitador: facilitar o trabalho com os professores e ajudá-los a implementar o programa curricular.
13. Como determinar o quanto de ajuda é necessária sem que a criança crie dependência.
14. Como manter as crianças cognitivamente engajadas.
R$180.00
PUBLICO ALVO: FISIOTERAPEUTAS, T.Os, PEDAGOGOS,
FONOAUDIÓLOGOS, NEUROPEDIATRAS, PSICÓLOGOS,
FACILITADORES E FAMILIARES
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
* A Passagem do Tempo
Estamos aqui e logo estaremos ali Acolá,
Em algum lugar
Que tenhamos paz será?
Estamos olhando um para outro
Você feliz ouvindo Somewhere in time...
Eu tentando concatenar minhas ideais
Tão confusas, tão minhas,
Muitas vezes incoerentes.
Poeticamente ilusória.
Mas que mundo a parte o nosso!
Há luz e sombra...
Há dor e alegria
Um punhado de ironia
Para com os incrédulos
Mas eu sei que o tempo
Inexoravelmente um dia nos separara.
Deus, como dói pensar...
Mas como precisamos nos preparar...
Seu sorriso ingênuo
Reveste-me de esperança
Seu carinho conquistado a duras penas
Fortalece-me e me faz seguir
Não sei o que nos espera?
Mas façamos dessa trajetória
Um aprendizado...
Que em noite de vigília
Os anjos nós encontrem
E a todos desejamos felicidade
Em algum lugar
Que tenhamos paz será?
Estamos olhando um para outro
Você feliz ouvindo Somewhere in time...
Eu tentando concatenar minhas ideais
Tão confusas, tão minhas,
Muitas vezes incoerentes.
Poeticamente ilusória.
Mas que mundo a parte o nosso!
Há luz e sombra...
Há dor e alegria
Um punhado de ironia
Para com os incrédulos
Mas eu sei que o tempo
Inexoravelmente um dia nos separara.
Deus, como dói pensar...
Mas como precisamos nos preparar...
Seu sorriso ingênuo
Reveste-me de esperança
Seu carinho conquistado a duras penas
Fortalece-me e me faz seguir
Não sei o que nos espera?
Mas façamos dessa trajetória
Um aprendizado...
Que em noite de vigília
Os anjos nós encontrem
E a todos desejamos felicidade
A mesma que nunca sentimos
Mas vislumbramos no horizonte
Pois a felicidade não é tocável
É algo de sublime
Que sentimos na alma...
Talvez um dia
Que nos desprendermos
Dos laços da matéria
Saibamos realmente
Como senti-la...
*Liê Ribeiro
Mãe do Gabriel Gustavo - autista.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Sobre o Trabalho do doutor LOVAAS
Uma considerável perda para o mundo autista com certeza, embora a afirmação abaixo que é
"possível levar uma criança com o transtorno a interagir com o mundo de maneira similar a uma criança com desenvolvimento típico" seja em alguns (poucos) casos uma realidade, também tem seu custo, às vezes bastante alto para a própria pessoa autista.
Não estou falando que não devemos tratá-las, mas a modificação do comportamento a qualquer preço, em qualquer grau, sem levar em consideração que são pessoas diferentes de nós e por isso com funcionamento diferente do nosso, e que encontram conforto em coisas e ambientes diferentes dos que encontramos, muitas vezes nem é justa e nem respeitosa.
Tirando excessos cometidos em diferentes áreas (não apenas na comportamental), o trabalho de Lovaas é valoroso.
"possível levar uma criança com o transtorno a interagir com o mundo de maneira similar a uma criança com desenvolvimento típico" seja em alguns (poucos) casos uma realidade, também tem seu custo, às vezes bastante alto para a própria pessoa autista.
Não estou falando que não devemos tratá-las, mas a modificação do comportamento a qualquer preço, em qualquer grau, sem levar em consideração que são pessoas diferentes de nós e por isso com funcionamento diferente do nosso, e que encontram conforto em coisas e ambientes diferentes dos que encontramos, muitas vezes nem é justa e nem respeitosa.
Tirando excessos cometidos em diferentes áreas (não apenas na comportamental), o trabalho de Lovaas é valoroso.
Lilia Janbartolomei
Morre o Dr. LOVAAS, Ole Ivar
O Psicólogo e Analista do Comportamento americano criador do método pioneiro no tratamento de indivíduos com o transtorno de espectro autista.
O doutor Ole Ivar Lovaas foi pioneiro no tratamento de crianças com transtorno de Espectro Autista, criando um dos métodos mais conhecidos do mundo.
Ele havia demonstrado, no ano de 1987, que em alguns casos era possível levar uma criança com o transtorno e interagir com o mundo de maneira similar a uma criança com desenvolvimento típico. Seus trabalhos eram baseados nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada, abordagem da Psicologia fundamentada no Behaviorismo Radical, de Skinner, e que tem se mostrado a mais eficaz no tratamento do Espectro Autista.
De acordo com um membro de sua família, ele estava se recuperando de uma cirurgia e foi vítima de uma infecção, a qual o levou a morte no dia 11 deste mês..
Lovaas deixou contribuições conhecidas e utilizadas mundialmente no tratamento de desordens do desenvolvimento. É, com certeza, uma perda lastimável para toda a comunidade de profissionais que trabalham com estas crianças.
Fonte: Los Angeles Times
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Dia dos Pais Excepcionais
Podemos conceituar que retirar oportunidades de autorealização de uma pessoa, é uma atitude violenta que não condiz com os níveis elevados de ser humano, e adentra a Lei de Ação e Reação.
Uma simples análise comparativa me impele correlacionar, a magnitude de ver os pais de deficientes no sentido duplo da palavra, mentais ou não, no desenvolvimento da sociedade de entes formais, porque suas histórias, causas e efeitos, ficam restritas às instituições de cuidados específicos, círculo familiar e muitas vezes escondidas como renegadas pela discriminação e pelo preconceito,
ambos numa realidade imaterial, originadas pela ignorância exacerbada.
Os pais de excepcionais, termo esse utilizado inicialmente pelas ciências para portadores de dificuldades de aprendizagem e, posteriormente, estendido a todos os tipos de deficiências e supra-eficiências fora dos limites convencionados como normalidade são personalidades
que ainda aguardam a misteriosa escala que autoriza a classificação dos seus filhos como tal.
Desabilitados para isso ou aquilo, ou pessoas portadoras de deficiências como já foram consideradas, com estranho carisma, caminham juntas com a indiferença, mas, jamais colaboram com as condutas que revelam desequilíbrio, provocando frustrações pessoais geradas pelo comodismo de desinteressados.
Deficiências Mentais e Deficientes Mentais
são expressões que vem sendo contestadas, em razão dos atuais conceitos sobre a mente.
Em alguns grupos, utilizam-se expressões, como deficiência de raciocínio, deficientes de raciocínio ou portador de inteligência diversamente variada.
A defesa dessas expressões baseia-se no pressuposto de que a deficiência dessas pessoas está na manifestação do raciocínio lógico e não propriamente na mente.
A tendência atual em se manter é a expressão:
“pessoas com necessidades especiais”, abrangendo todos os casos.
Sendo a inteligência “o atributo essencial do espírito”, não há ninguém
que nasça com diminuição dessa qualidade, porém, pode manifestá-lo diversamente.
Alguns que vislumbram a utopia de uma sociedade mais justa e perfeita sabem que esta realidade sofre combate sistemático, onde os segmentos maniqueístas enxergam o mundo como um lugar onde só se deve sofrer, a luz da lei, como diria o jurista, mas, sem garantir os princípios básicos de uma vida digna, pois elas estabelecem direitos às pessoas, da concepção até a morte.
Já no ventre materno - o feto - de acordo com a lei, tem o direito de ser herdeiro,
receber doações, legados, e também ser adotado.
O feto pode também figurar como sujeito ativo e passivo de obrigações, desde que nasça com vida.
A personalidade civil do homem começa no nascimento, com vida, diz a lei dos homens, bem como seus direitos inalienáveis, intransmissíveis, imprescritíveis e irrenunciáveis.
Realizados no prazer de manter e preservar seus filhos, as mães e os pais excepcionais, provocam expurgos, para garantir sua autoridade invariavelmente enfraquecida pela falta de legitimidade de quem as critica.
Combatem por vezes sem a mínima condição de participar da intimidade dos poderes constituídos, resistindo às tentações de por alguns momentos cruciais largar tudo, embora sabendo que mais hoje ou amanhã, de frágeis e minúsculas criaturas,
ambas serão gigantes vencedores e exemplos para serem seguidos.
O estudo da variadíssima e complexa fenomenologia catalogada na doutrina espírita, através de diferentes canais mediúnicos, nos levaram a identificar implicações filosóficas e científicas que já descortinadas no conhecimento humano, o deficiente mental, ou seja, lá qual for à titulação que lhe seja atribuída, analisado com isenção, revela sua realidade espiritual.
Estabelecida uma metodologia própria de vida, e experimentando um padrão anímico-consciencial diferenciado, o deficiente mental registra e expressa inúmeras manifestações confiáveis e verdadeiras.
Por mais que os pais excepcionais procurem sondar o horizonte do tempo, dificilmente alcançarão suas origens, pois mesmo que conseguissem estabelecer uma regressão total na sua memória, ficariam estacionadas no meio do caminho, quando encontrassem com ela,
e observando o futuro não teriam parâmetros para medi-la.
Sejam elas de finalidades materiais, de formação filosófica que reúna mentes, ou de entendimentos espirituais que possibilitem o alcance de objetivos superiores, só as mães em maior grau e os pais, tem a fórmula do amor materializada nos seus filhos deficientes,
tal como indicou o Divino Mestre em sua insuperável síntese evangélica.
Feliz Dia de todos os Pais.
Excepcionais que são.
Capítulo 8 - Página 62 do Livro:
VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS
Foto - Google.
Foto - Google.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A RAPOSA SERIA AUTISTA?
Em uma palestra sobre Autismo em São Paulo, uma francesa citou O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. Capítulo XXI.
Neste capítulo o principezinho propõe a uma raposa que brinque com ele porque ele estava triste. Ela responde:
"... - Eu não posso brincar contigo. Não me cativaram ainda.
- O que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa, significa criar laços.
...
- O que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas cada dia te sentarás mais perto..."
Quem tem um filhinho autista lembrou de alguém?
Tem mais:
" No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então ficarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora das outras horas..."
Será que a raposa do livro é autista?
Ou será que somente a raposa e os autistas lembram das coisas que já estão muito esquecidas?
Lindo não, toda vez que leio choro.
Texto postado pela associada: Diva Santos na Lista Autismo no Brasil
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O Que é Síndrome de Asperger?
A síndrome de Asperger, um dos transtornos abrangentes do desenvolvimento, foi descrita primariamente sob a designação de “psicopatia autística” em 1944, por Hans Asperger, como um quadro caracterizado por déficit na sociabilidade, interesses circunscritos, linguagem sem atraso, porém pedante, repetitiva e formal e habilidades intelectuais preservadas.
A prevalência de portadores de síndrome de Asperger é de 3:10.000 em população de crianças (FOMBONNE, 2003, 2005).
A relação entre autismo e síndrome de Asperger foi aventada a partir da elaboração de um continuum autístico por Wing (1988), que considera o primeiro um comprometimento comportamental cuja constelação sintomatológica é intimamente relacionada ao desenvolvimento cognitivo.
Entretanto, existem questionamentos se o autismo pode ocorrer sem atraso de linguagem e com inteligência normal, bem como controvérsias acerca da comparação entre síndrome de Asperger e autismo sem deficiência mental, incluídos em uma categoria “autismo de alto funcionamento”. Para se definirem melhor estes grupos novos estudos são necessários (LORD, RUTTER, 1994).
Os critérios do DSM-IV-TR (APA, 2002) para diagnóstico de síndrome de Asperger são:
A. Alteração qualitativa da interação social, manifestada por pelo menos dois dos seguintes requisitos:
(1) Alteração acentuada no uso de múltiplos comportamentos não-verbais, tais como contacto visual direto, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a interação social.
(2) Incapacidade para criar relacionamentos apropriados, ao nível do seu desenvolvimento, com seus pares.
(3) Ausência de tentativa espontânea de partilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas, (por ex., mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse a outras pessoas).
(4) Falta de reciprocidade social ou emocional.
B. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos um dos seguintes quesitos:
(1) Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesses, anormal em intensidade ou foco
(2) Adesão aparentemente inflexível a rotinas e rituais específicos e não funcionais
(3) Maneirismos motores estereotipados e repetitivos (por ex., dar pancadinhas ou torcer as mãos ou os dedos, ou movimentos complexos de todo o corpo)
(4) Preocupação mantida com partes de objetos.
C. A perturbação interfere de forma significativa nas áreas social e ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento.
D. Não existe um atraso clinicamente significativo da linguagem (por ex., palavras isoladas são usadas aos 2 anos, frases comunicativas são usadas aos 3 anos).
E. Não existe um atraso clinicamente significativo no desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de habilidades de autoajuda apropriadas à idade, comportamento adaptativo (outro que não na interação social), e curiosidade acerca do ambiente na infância.
F. Não cumpre critérios para qualquer outro Síndrome com Perturbação Global do Desenvolvimento ou Esquizofrenia.
Os indivíduos com síndrome de Asperger são capazes de estabelecer uma conversação em monólogo caracterizada por uma linguagem prolixa, pedante, sobre um tópico favorito e geralmente não-usual e bem delimitado, suas abordagens desajeitadas e sua insensibilidade em relação aos sentimentos e intenções das demais pessoas e pelas formas de comunicação não-literais e implícitas que elas emitem (e.g., sinais de tédio, pressa para deixar o ambiente e necessidade de privacidade) podem frustrar seu desejo de fazer amigos (KLIN, 2006).
As principais teorias cognitivas utilizadas para a compreensão dos déficits autísticos são a da mente, a da coerência central e a da disfunção executiva. A teoria da mente, descrita por Baron-Cohen (1988), refere-se à incapacidade de atribuir estados mentais aos outros e dessa forma prever o seu comportamento.
O termo coerência central é utilizado para referir-se à tendência cotidiana de processar a informação recebida, dentro de um contexto em que se capta o essencial, freqüentemente às custas da memória para os detalhes, a teoria da fraca coerência central proposta por Hill e Frith (2003) explica a tendência de se preocupar com partes em detrimento de um significado amplo.
A teoria da disfunção executiva propõe que os prejuízos na socialização e na comunicação são secundários aos déficits na função executiva. Esta se refere à habilidade para resoluções de problemas, ação mediada pelo córtex frontal, e compreende todo o processo que forma a base do comportamento direcionado, a saber: planejamento, memória de trabalho, inibição de respostas e flexibilidade cognitiva (DUNCAN, 1986).
O prejuízo social decorrente dos déficits autísticos é considerado permanente, não há consenso sobre um tratamento específico para a síndrome de Asperger, o uso de medicação é indicado para tratar co-morbidades caso elas ocorram. Lord e Rutter (1994) destacam quatro alvos básicos de qualquer tratamento:
1) estimular o desenvolvimento social e comunicativo;
2) aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
3) diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; e
4) ajudar as famílias a lidarem com os autismo.
Fonte:
Letícia Calmon Drummond Amorim
Psiquiatra do Projeto Distúrbios do Desenvolvimento (PDD) do Instituto de Psicologia
da Universidade de São Paulo (IP USP), Mestre em Psicologia Clínica pelo IP USP.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Amordaçamento da Sociedade
Existe um esforço deliberado do governo para emburrecer as massas?
A afirmação é difícil de provar, mas existe uma grande quantidade de dados que comprovam que a elite dominante não só tolera, mas efetivamente introduz políticas que têm um efeito negativo sobre a saúde física e mental da população.
A desumanização das massas é muitas vezes discutida em artigos sobre o cidadão desatento.
A presença desses conceitos na cultura popular, no entanto, provoca profunda transformação em nossa sociedade.
Os dados científicos têm provado há anos que os governos ao redor do mundo toleram a venda de muitos produtos que têm efeito direto e negativo sobre a saúde cognitiva e física.
Medicamentos de uso diário causam danos cerebrais. A elite deseja que a população seja idiota. Uma população educada conhece os seus direitos, entende problemas interfere quando não aprova o que está acontecendo.
A julgar pela incrível quantidade de dados disponíveis sobre o assunto, demonstra que a elite quer uma população assustada, confusa e sedada, sob os efeitos de medicamentos sobre o corpo humano, que estão sendo empurrados por pessoas de dentro da estrutura de poder.
O abuso de medicamentos tem sido testemunhado nas últimas décadas com o aumento impressionante de drogas que estão sendo prescritas para tratar de todos os tipos de problemas.
As crianças particularmente é que são as mais afetadas por este fenómeno. Desde a década de 1990, uma proporção sempre crescente de crianças está sendo diagnosticado com “doenças” como o Déficit de Atenção e Hiperatividade (ADD) para as quais são prescritos medicamentos que alteram a mente, como a Ritalina.
As crianças que demonstram muita energia e força de caráter estão sendo deliberadamente sedadas com drogas poderosas que afetam diretamente a maneira de como o cérebro funciona.
Será que estamos indo na direção certa?
O Déficit de Atenção e Hiperatividade (ADD) ainda não está claramente definido como desordem, pois não causa nenhum efeito biológico.
Sendo muito grande o número de crianças diagnosticadas com essa doença, isto está levantando importantes questões éticas.
Pediatras, em um artigo publicado no New York Times, em nome da ética, manifestaram suas preocupações com o uso desses medicamentos questionando a pertinência de medicar crianças sem um diagnóstico claro.
Esta preocupação também foi manifestada quando foram observadas grandes diferenças entre os padrões da pediatra prática e da Academia Americana de Pediatria (AAP), pois diretrizes para a avaliação e tratamento de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) apresentavam muitas discrepâncias.
A comunidade médica também afirma que não chegou a um consenso sobre como diagnosticar ADD /ADHD, e não devem tomar decisões de como tratar os indivíduos que foram diagnosticados com o transtorno.
O uso da Ritalina rompe o limite psicológico das pessoas para manter o uso, o que torna as crianças mais propensas a consumir drogas psicotrópicas mais tarde.
Não devemos ficar surpresos por testemunhar um aumento dramático do consumo de antidepressivos e outras drogas psicotrópicas - aquelas que afetam a química do cérebro – nos próximos anos. A tendência já começou.
O uso de medicamentos pode ser de grande ajuda para determinados casos diagnosticados. A indústria farmacêutica, no entanto, que tem muitos "amigos" nos altos escalões do governo está empurrando o amplo uso de medicamentos psiquiátricos no público.
Desde 2002, um grande número de comprimidos que reivindicam correção de todos os tipos de doenças mentais têm sido comercializados, mas muitos deles foram aprovados para venda sem a devida investigação dos efeitos colaterais, e mais: eles podem ter sido conhecidos, mas foram escondidos do público.
Alguns destes efeitos são realmente assustadores e de como uma pílula não deve ter poder sobre o cérebro humano.
Alguns medicamentos estão sujeitos a advertências, pois eles podem causar-lhe... Suicídio?
A afirmação é difícil de provar, mas existe uma grande quantidade de dados que comprovam que a elite dominante não só tolera, mas efetivamente introduz políticas que têm um efeito negativo sobre a saúde física e mental da população.
A desumanização das massas é muitas vezes discutida em artigos sobre o cidadão desatento.
A presença desses conceitos na cultura popular, no entanto, provoca profunda transformação em nossa sociedade.
Os dados científicos têm provado há anos que os governos ao redor do mundo toleram a venda de muitos produtos que têm efeito direto e negativo sobre a saúde cognitiva e física.
Medicamentos de uso diário causam danos cerebrais. A elite deseja que a população seja idiota. Uma população educada conhece os seus direitos, entende problemas interfere quando não aprova o que está acontecendo.
A julgar pela incrível quantidade de dados disponíveis sobre o assunto, demonstra que a elite quer uma população assustada, confusa e sedada, sob os efeitos de medicamentos sobre o corpo humano, que estão sendo empurrados por pessoas de dentro da estrutura de poder.
O abuso de medicamentos tem sido testemunhado nas últimas décadas com o aumento impressionante de drogas que estão sendo prescritas para tratar de todos os tipos de problemas.
As crianças particularmente é que são as mais afetadas por este fenómeno. Desde a década de 1990, uma proporção sempre crescente de crianças está sendo diagnosticado com “doenças” como o Déficit de Atenção e Hiperatividade (ADD) para as quais são prescritos medicamentos que alteram a mente, como a Ritalina.
As crianças que demonstram muita energia e força de caráter estão sendo deliberadamente sedadas com drogas poderosas que afetam diretamente a maneira de como o cérebro funciona.
Será que estamos indo na direção certa?
O Déficit de Atenção e Hiperatividade (ADD) ainda não está claramente definido como desordem, pois não causa nenhum efeito biológico.
Sendo muito grande o número de crianças diagnosticadas com essa doença, isto está levantando importantes questões éticas.
Pediatras, em um artigo publicado no New York Times, em nome da ética, manifestaram suas preocupações com o uso desses medicamentos questionando a pertinência de medicar crianças sem um diagnóstico claro.
Esta preocupação também foi manifestada quando foram observadas grandes diferenças entre os padrões da pediatra prática e da Academia Americana de Pediatria (AAP), pois diretrizes para a avaliação e tratamento de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) apresentavam muitas discrepâncias.
A comunidade médica também afirma que não chegou a um consenso sobre como diagnosticar ADD /ADHD, e não devem tomar decisões de como tratar os indivíduos que foram diagnosticados com o transtorno.
O uso da Ritalina rompe o limite psicológico das pessoas para manter o uso, o que torna as crianças mais propensas a consumir drogas psicotrópicas mais tarde.
Não devemos ficar surpresos por testemunhar um aumento dramático do consumo de antidepressivos e outras drogas psicotrópicas - aquelas que afetam a química do cérebro – nos próximos anos. A tendência já começou.
O uso de medicamentos pode ser de grande ajuda para determinados casos diagnosticados. A indústria farmacêutica, no entanto, que tem muitos "amigos" nos altos escalões do governo está empurrando o amplo uso de medicamentos psiquiátricos no público.
Desde 2002, um grande número de comprimidos que reivindicam correção de todos os tipos de doenças mentais têm sido comercializados, mas muitos deles foram aprovados para venda sem a devida investigação dos efeitos colaterais, e mais: eles podem ter sido conhecidos, mas foram escondidos do público.
Alguns destes efeitos são realmente assustadores e de como uma pílula não deve ter poder sobre o cérebro humano.
Alguns medicamentos estão sujeitos a advertências, pois eles podem causar-lhe... Suicídio?
Artigo com base nos textos do:
“http://vigilantcitizen.com/?p=4051” e
Elizabeth Cohen – CNN
Foto: Vigilant Citizen
Tradutor: Google
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Arquitetura da Inclusão
A moradia é o primeiro espaço de um indivíduo dentro da sociedade e deve, idealmente, ser um lugar digno no qual a pessoa esteja devidamente incluída e possa exercer todas as suas funcionalidades plenamente. Uma moradia digna contempla as necessidades do ser humano em todas as etapas e circunstâncias da vida.
Para as pessoas com deficiência, a forma mais eficiente de garantir a maior autonomia possível é a adoção do conceito de Desenho Universal na arquitetura e no desenvolvimento de produtos. Sua aplicação na habitação é uma demonstração de respeito aos direitos humanos.
O Desenho Universal é um conceito surgido nos anos 1990 que prevê critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendam o maior número de usuários. Baseia-se em 7 pontos: o uso de produtos e espaços deve ser equitativo; flexível; simples e intuitivo; deve conter informação de fácil percepção; deve ter tolerância ao erro; exigir esforço físico mínimo; e ter dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente.
Na área da habitação de interesse social no Estado de São Paulo, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Secretaria da Habitação assinaram um Decreto em 2008 garantindo que todos os imóveis construídos pela CDHU adotem o Desenho Universal.
Entre as mudanças implantadas, estão portas e corredores com 90 cm de largura, espaços para manobra de cadeira de rodas, interruptores em altura adequada, pisos antiderrapantes e com diferença de textura.
É importante ressaltar que o Desenho Universal não deve ser aplicado apenas no espaço habitacional, mas também no seu entorno, nas ruas e calçadas e no ambiente de trabalho. É desta forma que se garante que a pessoa com deficiência circule em sua casa, visite seus vizinhos, compartilhe os espaços, trabalhe. A inclusão deve ser pensada de forma ampla. Universal.
Para as pessoas com deficiência, a forma mais eficiente de garantir a maior autonomia possível é a adoção do conceito de Desenho Universal na arquitetura e no desenvolvimento de produtos. Sua aplicação na habitação é uma demonstração de respeito aos direitos humanos.
O Desenho Universal é um conceito surgido nos anos 1990 que prevê critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendam o maior número de usuários. Baseia-se em 7 pontos: o uso de produtos e espaços deve ser equitativo; flexível; simples e intuitivo; deve conter informação de fácil percepção; deve ter tolerância ao erro; exigir esforço físico mínimo; e ter dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente.
Na área da habitação de interesse social no Estado de São Paulo, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Secretaria da Habitação assinaram um Decreto em 2008 garantindo que todos os imóveis construídos pela CDHU adotem o Desenho Universal.
Entre as mudanças implantadas, estão portas e corredores com 90 cm de largura, espaços para manobra de cadeira de rodas, interruptores em altura adequada, pisos antiderrapantes e com diferença de textura.
É importante ressaltar que o Desenho Universal não deve ser aplicado apenas no espaço habitacional, mas também no seu entorno, nas ruas e calçadas e no ambiente de trabalho. É desta forma que se garante que a pessoa com deficiência circule em sua casa, visite seus vizinhos, compartilhe os espaços, trabalhe. A inclusão deve ser pensada de forma ampla. Universal.
Marco Antonio Pellegrini *
* tetraplégico, é secretário-adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
terça-feira, 20 de julho de 2010
Programa permite identificar casos de autismo em crianças por voz
Método distingue garotos com autismo dos demais em 86% dos casos.
Estudo foi realizado pela Universidade de Memphis, nos EUA.
Pesquisadores da Universidade de Memphis desenvolveram um programa que utiliza um padrão de vozes de crianças para identificar casos de autismo, conforme estudo publicado nesta segunda-feira (19) no site Proceedings of The Natural Academy of Sciences.
Realizada por uma equipe da Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, a pesquisa considerou 1.486 gravações de 232 crianças por meio de um algoritmo baseado em 12 parâmetros acústicos ligados com desenvolvimento vocal. São 3,1 milhões de declarações e discursos usados pelo time liderado pelo professor Kimbrough Oller.
A tecnologia, conhecida como LENA, mostra que as manifestações pré-verbais de crianças muito jovens com autismo são distintas das demais, com aproveitamento de até 86% nos resultados.
Para o especialista, o trabalho é a prova de que a análise de um grande número de gravações pode ser uma alternativa ao repertório científico em trabalhos sobre desenvolvimento vocal.
"Outros estudos já haviam sugerido que crianças com autismo possuem uma assinatura vocal diferente, mas até este estudo faltava um mecanismo adequado para medição", afirma Steven Warren, professor da Universidade de Kansas e colaborador do estudo.
Segundo Warren, é possível diagnosticar crianças com autismo por meio do espectro vocal com apenas 18 meses. Nos Estados Unidos, o problema é detectado, em média, quase aos seis anos de idade.
Essa tecnologia pode ajudar os pediatras a encaminhar as crianças a um especialista, se necessário, e prover tratamento mais cedo àquelas com autismo", diz Warren.
Fonte: G1 - São Paulo - 19.07.2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Política para Deficientes no Paraná
Beto Richa candidato ao governo do Paraná e Flávio Arns a vice, reuniram-se com as lideranças das APAES.O encontro foi na Região Sudoeste do estado, que vem sendo disputada município a município por Richa e pelo seu principal adversário ao governo. Arns e Richa reuniram-se em Pato Branco.
Beto Richa garantiu que as instituições terão o apoio do governo do estado, caso seja eleito. “O investimento na área social é uma obrigação dos gestores públicos, que devem governar para quem mais necessita de ajuda das instituições públicas”, disse Richa.
“Temos uma oportunidade de tornar o Paraná um estado exemplar no respeito à cidadania das pessoas com deficiência. Atualmente, não existe uma política de inclusão forte, que ajude todas as pessoas, como idosos, dependentes químicos ou pessoas com deficiência”, garante Arns.
Flávio Arns foi o relator do Projeto de Lei 7699, que intercedeu junto a Câmara dos Deputados para substituir do Artigo 2º, Inciso VI do Estatuto do Deficiente, a palavra “autismo” por: “transtorno global do desenvolvimento”, que reconheceu essa necessidade.
Ao aprová-lo no Senado Federal, Flávio Arns praticamente estabeleceu a paternidade do projeto do Estatuto do Deficiente que está parado na Câmara dos Deputados, que caso seja rejeitado sem a substituição no artigo, caberá à casa iniciadora, isto é o Senado Federal dar a última palavra, levando em conta os rogos dos pais de deficientes, legisladores, juristas, médicos, advogados, educadores e outros interessados para fazer valer o direito dos deficientes, autistas ou não.
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