Não importa se você meu filho não entende que eu te amo.Nem que você não sabe como dizer que me ama.
E o amor que se calça de um punhado de desejos, que muitas vezes não são os nossos.
Quando eu te descobri fora de mim, tão fora de mim. Habitando um mundo inabitável. Entranhas de uma armadilha que caímos, cruel destino que nos aferroa, sem ao menos preparar-nos.
Jardim de rosas sem pétalas, somente espinhos, e eu me machuquei demais por querer-te meu. Você nem chegou e logo partiu, deixou somente um corpo, para eu amar.
Você se refugiou numa concha, e eu ali como um sol esperando você se abrir para mim.
Se eu soubesse que seria assim, não teria deixado cortar o cordão umbilical, te prenderia em mim para sempre.
Quanto amor desperdiçado, quanta dor cavada em noites intermináveis.
Mas como toda dor um dia se ameniza dentro de nós, eu fui buscando essa luz, que eu sabia existir por detrás dessa distancia criada por esse estranho autismo. E eu o encarei, eu me armei de um amor profundo e solitário, e de repente eu percebi seu mundo se aninhando de manso e desconfiado de mim. E eu quase te perdi, entendi que teria que amar-te assim, perto numa distancia segura de mim, e como amor não se ensina, somente deixei que o meu amor, refletisse em você, simples, sem palavras, um toque aceito, um sorriso trocado, e no final já estávamos tão perto, o suficiente para você não fugir, o suficiente para você me beijar sem eu pedir, para eu acreditar quem sabe ser feliz!
Será que sabes o significado da palavra? O que amar representa.
Quantos falam de amor, prometem amor, e nunca nem chegaram perto dele.
Há um amor escondido nesse seu olhar.
Um amor perdido nesse labirinto que é o teu autismo.
Há um amor pleno de sonho, dentro desse seu coração.
Meu filho eu te amo, por você e por todos.
E quando você habitou meu mundo,
Nos nove meses, que coabitamos.
Eu pude sentir seu coração, eu pude imaginar teu rosto, teu sorriso.
E o amor que se calça de um punhado de desejos, que muitas vezes não são os nossos.
Quando eu te descobri fora de mim, tão fora de mim. Habitando um mundo inabitável. Entranhas de uma armadilha que caímos, cruel destino que nos aferroa, sem ao menos preparar-nos.
Jardim de rosas sem pétalas, somente espinhos, e eu me machuquei demais por querer-te meu. Você nem chegou e logo partiu, deixou somente um corpo, para eu amar.
Você se refugiou numa concha, e eu ali como um sol esperando você se abrir para mim.
Se eu soubesse que seria assim, não teria deixado cortar o cordão umbilical, te prenderia em mim para sempre.
Quanto amor desperdiçado, quanta dor cavada em noites intermináveis.
Mas como toda dor um dia se ameniza dentro de nós, eu fui buscando essa luz, que eu sabia existir por detrás dessa distancia criada por esse estranho autismo. E eu o encarei, eu me armei de um amor profundo e solitário, e de repente eu percebi seu mundo se aninhando de manso e desconfiado de mim. E eu quase te perdi, entendi que teria que amar-te assim, perto numa distancia segura de mim, e como amor não se ensina, somente deixei que o meu amor, refletisse em você, simples, sem palavras, um toque aceito, um sorriso trocado, e no final já estávamos tão perto, o suficiente para você não fugir, o suficiente para você me beijar sem eu pedir, para eu acreditar quem sabe ser feliz!
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.
2 comentários:
Maravilha de texto, quanta inspiraçao, Só o Amor!!!! Um abraço.MArta
Liê,
Amor e poesia, seu ritmo e movimento,
de dentro prá fora, de fora prá dentro!
Que belo o seu poema!
Bjs prá vc e sua inspiração Gabi.
Claudia
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