segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A peninha de Forrest Gump (Inesquecível)

      Existem filmes que ao assistirmos numa segunda vez, a conclusão que chegamos é diferente da primeira.
      Não irei contar a história do filme, Forrest Gump - O Contador de Histórias.
      Já assisti 14 vezes o filme, e cada vez tenho uma conclusão.
      Nesta última, pensei sobre a peninha que aparece no início do filme flutuando sob às árvores, carros, pessoas e finalmente, pára nos pés de Forrest. Quase que a peninha pousa no ombro de um homem, mas este segue em frente e a peninha continua a cair.
      Forrest pega a peninha ao lado do seu tênis (sujo, de tanto correr), abre sua mala, pega um livro de infância, coloca a pena numa página do livro que aparece o céu e nuvens. Não deu para ver bem, mas parecia que na imagem tinha a figura de um menino. Forrest, coloca a peninha ao lado da figura do menino, fecha o livro e guarda-o novamente na mala. E aí passa a contar sua história a pessoas que sentam ao seu lado no banco, aguardando assim como ele, o ônibus.
      Mas e a peninha? Porque a peninha aparece no início do filme e depois volta a aparecer somente no final do filme? Desta vez, cai do livro, vai parar nos pés de Forrest e flutua novamente.
      A resposta é dada pelo amigo do Forrest, o Ten.Dan., juntos lutaram na Guerra do Vietnã.

      Disse Forrest:

      "O tenente Dan ensinou que na vida, a gente é como uma peninha levada pelo vento, de um lado para outro, e nunca tem como descobrir para onde vai o sopro de Deus..., nunca a gente sabe para que lado vai a pena."
      Quando a gente não sabe mais para onde essa peninha vai nos levar, somos levados tão somente pelo vento.      
      Ficamos à deriva.
      Por isso, Forrest disse no túmulo de Jenny, uma moça que amou desde criança:
      "Mamãe disse que cada um tem um destino ou se a gente fica só flutuando por acaso, na brisa?"
      Quando a mãe de Forrest morreu de câncer, disse ainda:
      "A vida é uma caixinha de surpresas. A gente nunca sabe o que vai encontrar dentro."
      Como quem diz, chega uma hora na vida que a gente descobre para onde a peninha nos levou...
      No final, quando a peninha volta a flutuar, se volta para a lente da câmara, terminando o filme. Ou seja, acredito que o diretor quiz nos dizer:
      "A pena agora está com você!".
      Nos próximos meses, Irei assistí-lo pela quinta vez. Quem sabe chego a uma nova conclusão!
      É isso ai.

2 comentários:

Anônimo disse...

Para mim, a peninha traduz a interdimensionalidade do ser, além da mente,representando a transcendencia de cada um. O Pneuma que nos leva e onde vivemos, O Sopro que nos embala , nutre e carrega, spo pode ser caessado pela atitude contemplativa do Forrest sentado naquele banco com o olhar' perdido ' no nada/tudo do Si mesmo.

Anônimo disse...

Sua ausencia do mundo,caracteristica do que a ciencia humana denomina autismo, conota a imersão profunda no seu si mesmo, onde ' estão ancorados estes seres de extrema sensibilidade, e alta intuição, no mundo chamado são da racionalidade .O aumento no indicede huamanos com autismo, reflete sim uma alteração na própria configuração da espécie humana. Como seres tão elevados poderiam estar em um mundo com tanto barbarismo e se protegerem? recolhem-se , são observadores mas estão aqui trazendo Consciencia, não a mente, consciencia.