Os autistas terão, por exemplo, direito a
benefícios como a reserva de vagas em empresas com mais de 100 funcionários.
Uma lei nova no Brasil estendeu às pessoas com
autismo os mesmos benefícios daquelas com deficiência.
A loja de artigos esportivos é o primeiro emprego
de Eduardo Sales. Com autismo leve, corredor nas horas vagas, ele diz que gosta
do trabalho que faz.
“Eu gosto de trabalhar, sei lá, me sinto meio
útil”, disse Eduardo Sales, assistente de loja.
Segundo os especialistas, o autismo é um
transtorno do desenvolvimento, que tem como características o padrão de
comportamento repetitivo, a dificuldade de interação social e de comunicação
verbal.
A psicóloga Ana Maria Bereohff diz que os sintomas
do autismo podem começar no berço, quando o bebê não mostra interesse pela voz
da mãe e não segue objetos com o olhar.
“Não é uma deficiência, e sim, um transtorno. uma
alteração do desenvolvimento da pessoa”, disse Ana Maria Bereohff, psicóloga.
O autismo atinge mais a homens do que a mulheres,
numa proporção de 4 para 1. Não há dados precisos sobre o número de pessoas com
autismo no Brasil. O certo é que agora, uma lei sancionada entre o Natal e o
Ano Novo garante aos autistas direitos que eles vinham buscando há muito tempo.
A lei equipara as pessoas com algum tipo de autismo
àquelas com deficiência.
Os autistas terão direito a benefícios como a reserva de
vagas em empresas com mais de 100 funcionários. Ter acesso à previdência social
e à educação em escolas regulares, mesmo que seja necessária a presença de um
acompanhante especializado. E atendimento preferencial em bancos e repartições
públicas.
Os planos de saúde não poderão rejeitar a inclusão de
pessoas com autismo.
Deusina foi presidente da Associação Brasileira de
Autismo por dez anos. Para ela, a lei aumenta a visibilidade sobre o
transtorno.
“Essa lei significa que a educação precisa se
preparar para recebê-lo, a saúde precisa recebê-lo, a assistência social
precisa recebê-lo nas suas necessidades”, afirmou Deusina Lopes, economista.
A mãe de Eduardo acredita que agora os pais terão
menos dificuldades para criar os filhos autistas.
“São passos que daqui pra frente vai ser bem
diferente pra outros pais, pra outras mães que vão vir, que não vão passar
aquela angustia do desconhecido”, ressaltou Joarina Sales, mãe de Eduardo.
FONTE:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/lei-equipara-pessoas-com-algum-tipo-de-autismo-aquelas-com-deficiencia.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/lei-equipara-pessoas-com-algum-tipo-de-autismo-aquelas-com-deficiencia.html
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