Tantas
vezes modelos para criação de um Estatuto do Deficiente em nosso país entraram
em discussão que já se perderam no tempo. Alguns por falta de objetividade, outros
pela falta de debate com os que efetivamente necessitam dele ou com grupos
representativos que possam diretamente contribuir para minimizar sofrimentos ou
garantir, amparo para os desvalidos da mente ou físicos.
Nos
estertores de 2007 quase chegamos aos finalmente, mas por incrível que pareça,
por ser final de mandatos e legislatura, a vaidade de alguns deputados federais
e senadores, fizeram com que o projeto do estatuto fosse colocado nas gavetas
da Câmara, para dormir e nunca mais acordar.
Menos
mal, pois o Senado Federal, na época como casa iniciadora do projeto, mandou o
modelo devidamente aprovado para a Câmara dos Deputados, porém, seriam tantas
as correções necessárias, além de uma considerável quantidade de emendas que
deveria receber, que o ordenamento jurídico do mesmo, tanto pátrio como
internacional ficaria comprometido, devendo ser obrigatoriamente revisto, o que
até onde sabemos, nunca aconteceu.
Um
dos fatores que mais prejudicou a criação da lei na época, foi a “briga pela
paternidade” do estatuto entre alguns deputados e senadores, não excluindo pais
de autistas que apreciam inventar sobre o inventado.
O
atual texto do Estatuto do Deficiente que foi feito a partir dos projetos preexistentes
no Congresso, está em análise e em fase final de elaboração, com sua conclusão
prevista para o MÊS DE OUTUBRO, tem muita coisa boa nas suas cláusulas e
parágrafos. Uma delas é que a Discriminação e o Preconceito passam a ser crime.
Casamento entre deficientes intelectuais
também está previsto. Direito à habitação, e também a inclusiva. Habilitação e
Reabilitação. Educação inclusiva.
Todo
direito a saúde será garantido pelo SUS, e muito mais coisas que não entendo, até
porque para mim precisam da luz do Direito, entre outras a Curatela e demais
itens que não alcança minha formação acadêmica. Então, aquilo que não deciframos
quem explica?
O
que me preocupa é que Quando estiver promulgado, o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, como está, ou alterado na sua atual redação, será uma lei como
outra qualquer.
Sem
a atuação das “pessoas com deficiência” onde se inserem os autistas e seus pais
na sua defesa, suas respostas só virão da política, e esta nós estamos cansados
de saber que só será pública, se tivermos atuação firme e decisiva agora.
A
relatora do projeto é a deputada federal Mara Gabrilli que em suas falas deixa
claro que alterações “ainda” podem ser feitas, desde que plenamente
justificadas uma vez que a redação atual passou por pessoas e instituições
especializadas.
Cadastre-se
no site: edemocracia.camara.gov.br de
onde o modelo do estatuto poderá ser baixado para exame e discussão, enquanto
ainda é tempo.
Não
esqueça que eles falam que o prazo para discussão e resultados de reuniões
públicas para serem examinados é até Outubro. Quem me diz que - até outubro - não
seja SETEMBRO.
Quantos
de vocês que estão me lendo sabiam que o Estatuto do Deficiente está
acontecendo e se encontra em fase final.
Faça
sua parte... Antes que seja tarde.
Respeitosamente
Nilton
Salvador
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