Nas últimas semanas observei que foram vinculadas
diversas reportagens acerca da atriz americana Daryl Hannah,
que atuou em
filmes como Kill Bill.
A mesma afirmou em entrevistas que tem autismo e
que por
causa dele,
se afastou da vida em Hollywood e de seu trabalho como atriz.
(VEJA REVELAÇÃO AO FINAL DA MATÉRIA)
(VEJA REVELAÇÃO AO FINAL DA MATÉRIA)
A atriz afirmou que nunca se sentiu confortável em
ser o centro das atenções, que ela sempre se sentiu
Foto Google |
Daryl Hannah ainda contou que ela nunca disse que
tinha autismo para as pessoas e produtores em Hollywood, isso porque, temia que
não fosse escolhida para fazer comerciais, programas de TV ou filmes.
As declarações da atriz reacendem uma discussão: o
quanto nossa sociedade está, ou não, preparada e adaptada para lidar com as
pessoas diagnosticadas com Transtorno de Espectro Autista? O quanto nossa
ignorância acerca do transtorno dificulta uma tentativa de ter uma vida
“normal” para os autistas?
Levando em consideração o que foi dito por Daryl
Hannah, a nossa sociedade como um todo, ainda dificulta, e muito, a vida das
pessoas com autismo. E isso pode ser observado em nosso dia-a-dia, quando as
escolas regulares não estão preparadas para receber uma criança com o
transtorno, por exemplo.
E mais, quando os pais encontram profissionais de
saúde despreparados na hora de cuidarem de seus filhos. Quando falta política
pública para assistir as famílias que não tem condições de pagar por
tratamento, quando pouco se fala sobre o transtorno, pois só a informação pode
tirar as pessoas da ignorância a cerca do mesmo.
Ao olharmos a história de Hannah, podemos constatar
que os autistas são capazes de fazer as mesmas coisas que qualquer outra pessoa
que não tem o transtorno, apenas de forma diferente. Pois, se ela conseguiu
manter uma carreira de sucesso em Hollywood, mesmo com todas as adversidades,
por mais de vinte anos, imagina quando tivermos uma sociedade mais justa, no
sentido de mais adaptada aos autistas, o que eles não poderão fazer?
Penso, e gostaria que todo mundo pensasse assim
também, que não é o autista que tem que se adaptar ao mundo, e sim, o mundo que
tem que se adaptar ao autista e isso é inclusão. Como os autistas, existe no
mundo uma diversidade de modos diferentes de existir e de enxergar o mundo, e
não podemos nos fixar naquilo que foi convencional dizer que era o “normal”.
Já está mais do que provado que por mais que uma
pessoa seja diagnosticada com o Transtorno de Espectro Autista isso não quer
dizer que ela não será capaz de ter uma boa vida. Para alguns autistas isso
requer uma pouco mais de trabalho, mas não quer dizer que eles tenham que ser
marginalizados ou que tenham que esconder que tem autismo, como fez Daryl
Hannah.
Por Camila Gadelha
Fonte:http://www.christianpost.com/news/daryl-hannah-reveals-autism-disorder-i-wasted-so-much-time-scared-insecure-105395/
DARYL HANNAH REVELA COMO é VIVER COM AUTISMO
Daryl Hannah revela como é viver com autismo, doença que lhe foi diagnosticada em criança.
Pela primeira vez, a atriz de «Splash a Sereia» assume que sofreu de uma «timidez debilitante», resultante da sua condição de autista, durante a infância.
A revelação foi feita à revista People, à qual Daryl explicou que perdeu «muito tempo com medo, autoconsciente e insegura».
Os médicos que a acompanharam em criança sugeriram à mãe da atriz que a internasse numa instituição especializada, mas ela recusou. Em vez disso, permitiu que a filha se mudasse para Los Angeles quando fez 17 anos, o que deu início ao seu percurso de sucesso como atriz.
Apesar de se sentir agora confortável a falar do problema, Daryl viveu durante muito tempo «apavorada» só de pensar em revelar a doença: «Nunca me senti bem a ser o centro das atenções. Foi uma coisa que sempre me assustou.»
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