sexta-feira, 1 de julho de 2011

Senado aprova lei para incluir autista em cotas



     Senado Federal aprovou no dia 15 de junho o projeto de lei 168/11 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista. De acordo com a nova lei, os autistas têm os mesmos direitos atribuídos às pessoas com deficiência como, por exemplo, cota de vagas de emprego em empresas com mais de cem funcionários. O texto segue para a Câmara dos Deputados.

     A projeto de lei aprovado também prevê o incentivo à formação e capacitação de pessoas com autismo, bem como de seus pais e familiares. Segundo o texto, as pessoas autistas devem ser incluídas no ensino regular, em classes comuns, mas também está previsto no texto a garantia de atendimento educacional especializado quando não for necessário cuidados específicos.

     O texto aprovado pelos senadores indica também a criação de um cadastro único de autistas, com o objetivo de criar estatísticas nacionais sobre esse tipo de distúrbio.

     O projeto prevê ainda direitos dos autistas, como proteção contra exploração e acesso a serviços de saúde, à moradia e à assistência social. Também estende o direito a jornada especial a servidor público que tenha sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente autista.

       O projeto é de autoria da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, mas o texto tem como base sugestão da Associação em Defesa do Autista (Adefa). O relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) foi Paulo Paim (PT-RS), também presidente da CDH.

Jornal do Brasil
Marina Pita







terça-feira, 28 de junho de 2011

Autismo e Odontologia - É brincando que se atende - 1º livro da Adriana Gledys Zink


     O livro conta a relação da odontologia na vida da pessoa no espectro autista. Às vezes os pais ficam ansiosos com o tratamento e tendem a não levar o filho ao dentista pensando em protegê-lo, mas em muitos casos isso é o pior caminho porque a prevenção ainda está em primeiro lugar. Conto passo a passo como cuidar da saúde oral de seu filho e como facilitar sua visita ao dentista, incluindo definitivamente a odontologia em sua rotina. Você ficará sabendo porque recebi o apelido de "encantadora de autistas", embora eles é que me encantam.

     Ganhadora em 2 categorias do VI Prêmio Orgulho Autista Brasil 2011.

    Acesse o link abaixo para adquirir um exemplar:


     Toda verba arrecadada será usada no atendimento odontológico de pacientes autistas  em SP, usando a técnica que desenvolvi e dessa maneira poderei atender mais dias voluntariamente e ajudar mais pessoas até que mais profissionais abracem a causa e a odontologia com amor chegue à todos os lugares e acessível para todos.
Adriana Gledys Zink

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Instituto Autismo & Vida - Porto Alegre - RS


     O Instituto Autismo & Vida – dando início ao Ciclo Permanente de Palestras e Debates sobre Autismo – promoverá evento de estréia com duas grandes personalidades na área do Autismo: Dra. Simone Pires e Claudia Marcelino.

     O evento está inserido na "I Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência", promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no projeto intitulado Assembleia Inclusiva, que ocorre entre 20 e 28 de agosto de 2011.

     Confira, abaixo, as informações sobre o evento:

     Quando: Dias 20 e 21 de Agosto de 2011.

     Local: Assembleia Legislativa do RS, Teatro Dante Barone, Praça Marechal Deodoro, 101 - Porto Alegre/RS (palestras) e Espaço Gourmet Blue Ville, Av. Cristóvão Colombo, 3309, Porto Alegre/RS (aula prática).

     Público Alvo: Pais e familiares de pessoas com autismo, profissionais e estudantes da área da saúde, celíacos e demais interessados.

     Cronograma:
     Assembleia Legislativa do RS: Manhã de Sábado, dia 20/08, início às 9h (credenciamento a partir das 8h).
"Aplicação dos Tratamentos Biomédicos no Autismo"
Palestrante: Dra. Simone Pires

Simone Pires é mãe do Felipe e médica especializada no Protocolo DAN! (Derrote o Autismo Agora!). Formada pela Universidade de Taubaté, com pós-graduação em: Fisiologia médica (pela Faculdade de Medicina ABC); Anestesiologia pediátrica (pelo Insttituto Cesar Pernetta – Hospital Pequeno Principe); Tratamento da dor (pela Universidade São Paulo); Medicina Chinesa (pela UNIFESP- Escola Paulista de Medicina) e Medicina Ortomolecular (pela FAPES). Mestre pela UNIFESP.

Assembleia Legislativa do RS: Tarde de Sábado, dia 20/08, início às 14h (credenciamento a partir das 13h30min):

"Dietas no Tratamento do Autismo"
Palestrante: Claudia Marcelino
Claudia Marcelino é mãe do Maurício e autora do Livro "Autismo Esperança pela Nutrição". É moderadora dos Grupos Autismo Esperança, Autismo Tratamento, Diário de um Autista e Autismo é Tratável.

Espaço Gourmet Blue Ville (Av. Cristóvão Colombo, 3309): Tarde de Domingo, dia 21/08, a partir das 14h (credenciamento a partir das 13h30min):
"Aula Prática - Dietas no Tratamento do Autismo"
Valor do Investimento:
Aula Prática: R$ 25,00, sujeita à prévia inscrição pela internet (limitado a 70 lugares).
Inscrições: Envie email a autismoevida@yahoo.com e solicite informações.

VAGAS LIMITADAS
Realização: Instituto Autismo & Vida


Apoio: Assembleia Legislativa do RS

Patrocínio: ECOAPLUB



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sincronia fraca entre neurônios pode ser a causa do autismo, diz estudo

Diagnóstico pode passar a ser feito a partir de um ano de idade.
       Um estudo feito com mapeamento de imagens do cérebro identificou um novo marcador para identificar o autismo, que pode se tornar uma forma de diagnosticar a síndrome mais cedo. A descoberta mostrou que o cérebro das crianças com autismo tem menos ligações entre os dois hemisférios.
     Nos dois lados do cérebro, há áreas relacionadas à linguagem. A pesquisa associou a força da sincronização entre essas partes à capacidade de comunicação. Quanto mais fraca a ligação, maiores as dificuldades apresentadas pela criança.saiba mais
     Cientistas brasileiros consertam 'neurônio autista' em laboratório O autismo é uma desordem que evolui com o tempo. Hoje, o diagnóstico é baseado apenas em observação comportamental e só pode ser feito após os três anos. Caso estudos futuros confirmem a recente descoberta, o diagnóstico já poderá ser feito a partir de um ano, com exames de ressonância magnética do cérebro. Naturalmente, a detecção precoce auxiliaria o tratamento.
     “Num cérebro normal, neurônios de áreas separadas pertencentes a um sistema com uma função particular, como visão ou linguagem, ficam sempre em sincronia, mesmo durante o sono. Nosso estudo mostra que, na maioria dos bebês com autismo, essa sincronia é significativamente mais fraca nas áreas responsáveis pelas capacidades de linguagem e comunicação”, afirmou Ilan Dinstein, um dos autores da pesquisa.
      Dinstein é pesquisador do Instituto Weiszman, de Rehovot, Israel, e faz parte também de um grupo de estudos sobre autismo da Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA. O artigo foi publicado pela revista médica “Neuron”

Do G1, em São Paulo




quarta-feira, 22 de junho de 2011

Educação Inclusiva ou Excluída?


     Desde quando ainda se falava que nossos filhos, autistas ou não eram “excepcionais”, enfaticamente nas décadas de 70 e 80, e de lá para cá passando por diversas nomenclaturas cheias de boas intenções, mas sem muita funcionalidade, até chegarmos ao final da primeira década deste milênio com eles ganhando a leitura gloriosa de “pessoa com deficiência”, de acordo com nova portaria do governo.
     Naquelas décadas com grande impulso, estava nascendo nos Estados Unidos e na Europa à educação inclusiva, começando também a entrar em discussões por aqui.
     Como em nosso país quase tudo se copia, e que em termos educacionais nossos modelos sempre tiveram sotaques estrangeiros, o novo conceito caiu por aqui como uma luva, até por existir oferta de estabelecimentos de educação especial, e como embrionariamente já se ensaiasse conviver com a educação regular, não poderíamos ser indiferentes deixando o bonde da moda estrangeira passar, sem embarcar.
     Atualmente nos colégios norte-americanos e europeus, todos os colégios de educação regular, oferecem apoio à educação inclusiva, aos alunos com necessidades especiais, sendo que na Espanha e na França, além dos professores especialistas, os alunos têm mais um, que é responsável pela sala de aula, denominado de tutor.
     Enquanto isso, por aqui, nós ficamos na esperança de que a propaganda enganosa vigente do sistema de educação nacional se torne realidade.
     Lá os métodos podem ser alterados, mas os objetivos do currículo não. Aqui, quando se fala em implantar educação inclusiva em qualquer estabelecimento de ensino regular, além da escola ser modificada em sua estrutura, a organização do currículo e a avaliação deve ficar de acordo com seus gestores, que se utilizando de desculpas esfarrapadas pensam que podem evitar atitudes discriminatórias, por desconhecerem que isso acontece por falta de educação, familiar.
     A criança com necessidades especiais, e por essa titulação nós pais somos responsáveis, porque temos o hábito de ver nossos filhos, autistas, como crianças e não como pessoas, mantendo-os eternamente púberes, quando é colocada junto com as outras normais, criam-se, ou não, atividades específicas para elas, enquanto que a educação inclusiva volta-se para todos os alunos, centrando-se mais em objetivos comuns e de currículo flexível, mesmo havendo divergências, pois é frequente entre seus defensores o encontro de quem queira a continuidade da segregação.
     Nada a ver uma coisa com a outra, mas os defensores do atraso, em face das políticas equivocadas, e o nosso sistema político partidário vigente está infestado deles, além de não saberem o que é ter filho deficiente, são informados que eles são crianças excluídas da educação por estatísticas, que eles mesmos criaram.
     Para eles o maior drama é transferir alunos com necessidades educativas especiais das escolas especializadas, e das classes especiais para as classes regulares, sem generalizar, é claro, porque não sabem destacar a diferença entre eles.
     Na Europa e nos Estados Unidos, a inclusão de crianças com dificuldades em salas de aulas regulares aumentou e nas instituições especializadas diminuiu, porque tanto na formação como na implantação, os professores atualizam seus currículos, para que estejam bem preparados no momento de atender a demanda, coisa que por aqui não pode acontecer porque preferem o comodismo ficando à margem da atualização.
     Mesmo que ficassem resolvidas essas questões, a educação inclusiva antes de prosperar ainda terá muita dificuldade, pois, em nosso sistema, a educação segregada é mais frequente porque é inconveniente trabalhar programas educativos integrados.
     As crianças normais quando ficam entre crianças deficientes com atrasos de intelectualidade, não são prejudicadas por esta integração, ou pela convivência com os estereótipos inapropriados delas, ou ainda pela redução no ritmo de desenvolvimento, não existindo registro de efeitos adversos, obtendo vantagens recíprocas quando aprendem em conjunto.
     Já existem pesquisas mostrando que alunos sem dificuldades de aprendizagem também têm vantagens no ensino inclusivo, porque o convívio deles com aquelas crianças aumenta a autoestima, amplia a competência social e faz com que se aprenda a respeitar as diferenças e os estigmas favorecendo sua maturidade.
     Na Constituição Federal há um artigo favorável à educação inclusiva, que não é obedecido, pois os nossos educadores, geralmente políticos de plantão, preferem posar de signatários da Declaração de Salamanca e protocolos internacionais para deficientes aparecendo nas propagandas humanitárias, onde vicejam mídias ficcionistas mostrando o crescimento do número de alunos em salas de aulas regulares, que não existem.
     Criança deficiente não se importa que os professores inventem modas ou percam tempo para explicar alguma coisa que ela demore a entender, porque assim têm chances de aprender mais e melhor, e ainda... Os alunos eficientes apreciam auxiliar o coleguinha com dificuldades porque entre eles quem fala é a pureza da alma.
     Os obstáculos para a aplicação da educação inclusiva são os mesmos, em qualquer idioma, mas nada pode ser pior do que aqueles que deixam de ser percebidos pela Psicologia Social, por atitudes alguns mandatários do meio educacional, contra as pessoas deficientes, autistas ou não, que dificultam sua implantação e desenvolvimento.
     Quem me dera que a educação inclusiva tivesse iniciado por aqui nos anos 70/80 a exemplo dos americanos e europeus, pois fico imaginando meu filho autista, que pouco depende de nós, mesmo não tendo aprendido a ler, saberia cortar sua barba e amarrar o cordão dos seus sapatos, em função da metodologia de convivência escolar com o próximo, e ser incluído como exemplo na história dos deficientes como mais um grão de areia na construção edifício de progresso da humanidade.
     Quando se fala em educação inclusiva, costumamos deixar passar despercebida a grandeza do conceito nela implícito, que foi criada para todas as “pessoas com deficiências”, mas que nos dias atuais está ensaiando uma saída honrosa para que o sistema educacional “encaixe”, nossos filhos, pelo menos para manter o seu direito de crescer e a viver com natural autonomia.
     De minha parte me vejo obrigado a repetir que nesta salada mista de leis, decretos, portarias, etc, os dirigentes da educação continuam dando mais valor ao condimento do que ao legume.
     Quem sabe nossos filhos deficientes, autistas ou não, em mais uma reação dos seus pais, dotados da Síndrome da Paciência, tenham direito a uma vaga na escola inclusiva, por uma questão de bom senso e respeito por seu semelhante, coisa que nossos legisladores insistem em demonstrar que não sabem o que é.
     Para Deus, pessoas deficientes são aquelas que estacionam no preconceito e na discriminação...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

COMISSÃO DIRETORA

PARECER Nº 521, DE 2011


Redação final do Projeto de Lei do Senado nº 168, de 2011.

A Comissão Diretora apresenta a redação final do Projeto de Lei do Senado nº 168, de 2011, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Sala de Reuniões da Comissão, em 15 de junho de 2011.
 ANEXO AO PARECER Nº 521, DE 2011.
Redação final do Projeto de Lei do Senado nº 168, de 2011.
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada por:

I – deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;
II – padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.
§ 2º A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

Art. 2º São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista:

I – a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista;
II – a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação;
III – a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes;
IV – a inclusão dos estudantes com transtorno do espectro autista nas classes comuns de ensino regular e a garantia de atendimento educacional especializado gratuito a esses educandos, quando apresentarem necessidades especiais e sempre que, em função de condições específicas, não for possível a sua inserção nas classes comuns de ensino regular, observado o disposto no Capítulo V (Da Educação Especial) do Título V da Lei n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;
V – o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e as disposições da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
VI – a responsabilidade do poder público quanto à informação pública relativa ao transtorno e suas implicações;
VII – o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais e responsáveis;
VIII – o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a magnitude e as características do problema relativo ao transtorno do espectro autista no País.
Parágrafo único. Para cumprimento das diretrizes de que trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado.

Art. 3º São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista:

I – a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;
II – a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;
III – o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo:

a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional;
c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;
d) os medicamentos;
e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento;

IV – o acesso:
a) à educação e ao ensino profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à assistência social.
Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a acompanhante especializado.

Art. 4º A pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência.
Parágrafo único. Nos casos de necessidade de internação médica em unidades especializadas, observar-se-á o que dispõe o art. 4º da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001.

Art. 5º A pessoa com transtorno do espectro autista não será impedida de participar de planos privados de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência, conforme dispõe o art. 14 da Lei n º 9.656, de 3 de junho de 1998.

Art. 6º O § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 98. .......................................................

......................................................................
§ 3º A concessão de horário especial de que trata o § 2º estende-se ao servidor que tenha sob sua responsabilidade e sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente com deficiência.

...........................................................” (NR)

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

sábado, 11 de junho de 2011

Vencedores do VI Prêmio Orgulho Autista


Autista no Dentista - Imprensa Fotografia Destaque

 Desde 2005 o Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista busca evidenciar pessoas e instituições que se destacaram de forma significativa na vida de pessoas diagnosticadas autistas/aspergers, agraciando-os em diversas categorias, conforme suas realizações.

     No primeiro momento, os membros do Conselho indicam os concorrentes e apresentam as defesas com o motivo pelo qual essas pessoas/instituições foram incluídas como candidatas. Na segunda fase, os integrantes do grupo votam naqueles que acreditam merecer a homenagem. Naturalmente, os mais votados são os vencedores.
     A entrega do VI Prêmio Orgulho Autista é referente aos destaques de 2010 e será realizada no dia 17 de junho de 2011, véspera do Dia do Orgulho Autista, às 10h, como sempre, nos estúdios da Rádio Nacional de Brasília, com transmissão ao vivo.

Parabéns ao Grandes Vencedores do VI Prêmio Orgulho Autista

I - Livro Destaque:

Claudia Marcelino - Rio de Janeiro - Autismo Esperança pela Nutrição. História de Vida, Lutas, Conquistas e muitos Ensinamentos - M.Books do Brasil Editora Ltda. - 2010.
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II - Diretora/Escola Destaque:

Romina Dias Firmo Vieira - Escola Classe 416 sul de Brasília-DF

Estabelecimento público de ensino fundamental.
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III - Professora Destaque

Mara Rúbia Rodrigues Martins - professora de ensino fundamental - Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
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IV - Médico Destaque:

Estevão Vadasz - Psiquiatra - Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo.
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V - Psicólogo Destaque

Simone Roballo - Centro Universitário de Brasília UniCeub - especialista em Síndrome de Asperger.
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VI - Político Brasileiro Destaque

Paulo Paim - Senador da República - Rio Grande do Sul - Partido dos Trabalhadores - autor: PLS "lei federal do autismo".
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VII - Imprensa Rádio Destaque

Kiê Tiradentes - Amazonas - CBN Manaus.

http://www.cbnmanaus.com.br/diariodeumautista
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VIII - Imprensa Televisão Destaque

Régis Rosing - Esporte Espetacular - TV Globo (dez 2010)- Apresentação de atividade esportiva a autistas no Rio de Janeiro.
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IX - Imprensa Escrita - Revista Destaque

Francisco de Paiva e Silva Júnior - editor Revista Autismo.

www.revistaautismo.com.br
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X - Imprensa Escrita - Jornal Destaque

Rebeca Ramos - jornal "O Norte" - João Pessoa/Paraíba - 'Um Motivo de Otimismo - Cientistas "consertam" gene defeituoso ligado ao autismo. Descoberta renova esperança de pacientes' - 29/11/2010.

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XI - Imprensa Fotografia Destaque

Foto Autista no Dentista 1 (em anexo).
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XII - Internet Destaque

Adriana Zink, responsável pelo blog:

http://www.adrianazink.blogspot.com - informações imprescindíveis para a saúde bucal dos autistas.
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XIII - Pessoa e Organização Não-Governamental Destaque

Mônica Acciolly - Associação MÃO AMIGA - Associação de Pais e Mães de Amigos de Pessoas Autistas - Rio de Janeiro.
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XIV - Pessoa e Órgão Público ou Empresa Privada Destaque

Yure Melo - Ordem dos Advogados do Brasil - pelas atuações em defesa dos autistas, como no caso da reversão do fechamento de escola pública referência em autismo, que já havia sido determinada pela Secretaria de Educação; posicionou-se publicamente contra o veto do Governador do DF contra a lei dos autistas; fez audiência na OAB contra programa da MTV.
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XV - Atitude Destaque

Ulisses da Costa Batista - Rio de Janeiro - Foi o pai de autista que buscou através da Defensoria Pública do RJ protocolar documento na OEA contra o Brasil por atendimento não adequado e/ou insuficiente para autistas brasileiros.

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FernandoCotta
Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista







sexta-feira, 10 de junho de 2011

Eventos do MOVIMENTO ORGULHO AUTISTA BRASIL - Brasília


O Movimento Orgulho Autista Brasil convida
Para os eventos comemorativos pelo Dia do Orgulho Autista
Em sua 7ª Edição Mundial

1º) Dia 12 de junho de 2011 (domingo)

1º Dia do Autista no Parque

Traga sua família e vamos celebrar juntos:

-das 9h às 10h próximo ao Estacionamento 3 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek com atividades e brincadeiras.

2º) Dia 13 de junho de 2011 (segunda-feira)

Blitz do Autismo

Participe pela conscientização e divulgação do Autismo:

-das 10h às 11h30min no Posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 040, km 0, principal saída de Brasília, próximo da entrada de Santa Maria.

3º) Dia 16 de junho de 2011 (quinta-feira)

Lançamento do site do MOAB

www.orgulhoautistabrasil.org.br

4º) Dia 17 de junho de 2011 (sexta-feira)

Entrega do Prêmio Orgulho Autista

Sintonize e acompanhe os vencedores do ano de 2010:


-das 10h às 12h, na Rádio Nacional AM 980 KHz, no

Programa Cotidiano da radialista Luiza Inês.

5º) Dia 18 de junho de 2011 (sábado)

Desabafo Autista e Asperger

-das 14h às 17h, na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

6º) Dia 21 de junho de 2011 (terça-feira)

Audiência Pública na Câmara Federal

Vamos nos reunir para sensibilizar as autoridades parlamentares de nosso país sobre as necessidades de políticas públicas voltadas para as pessoas Autistas e suas famílias:
SUA PRESENÇA É FUNDAMENTAL!
-a partir das 14h, no anexo 2, plenário 9 – traje azul neste dia e vamos nos unir em prol dos Autistas:

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!



terça-feira, 7 de junho de 2011

Belle, artista além do autismo

“O Autismo não é algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. Não há nenhuma criança normal escondida por trás do Autismo. O Autismo é um jeito de ser, é intrínseco, colore toda experiência, toda sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que você deixaria não seria a mesma com a qual você começou.”
 Jim Sinclair – autista, 55 anos
    Conheci o Trabalho de Belle Feier, hoje com 17 anos e diagnosticada autista aos 4, por casualidade, através de uma amiga cujo filho também é autista. Mães como minha amiga Cris e Kika, a mãe de Belle, que não têm vergonha e sim orgulho e buscam a inclusão de seus filhos na sociedade, permitem que possamos conhecer belas histórias de vida e de arte.
     Belle desde pequena, mesmo antes de ser diagnosticada autista, gostava de desenhar. Sua única diferença nesse ponto comparada a outras crianças é que gostava de desenhar junto com seu pai sempre os mesmos desenhos, a rotina e repetição de padrão são características da criança autista.
     Com o passar dos anos Belle não só desenhava, mas começou a pintar graças ao apoio de Valéria Llacer, professora de informática na APAE e também mãe de uma criança autista. Valéria ofereceu tela e tintas a Belle para que pintasse e levou uma tela pintada por Belle para um congresso europeu sobre arte autista. A tela de Belle ficou 2 anos sendo exibida na Europa em instituições ligadas ao autismo como maneira de difundir a idéia da arte no apoio e comunicação com autistas. Suas telas são caprichosas, muito coloridas, e com muitos detalhes. A exposição mostrou a beleza que ela pode produzir, como a arte produzida por ela é bela e equivalente à produzida por outras crianças com talento artístico.

     Em Florianópolis, onde mora Belle, a psicopegadoga Sandra Lamb conseguiu o apoio de um restaurante da rota gastronômica de Florianópolis e Belle fez sua primeira exposição com 10 quadros, todos foram vendidos, fez uma segunda exposição com 15 telas e novamente vendeu tudo.
Não sou um grande crítico de arte, mas analisei o trabalho da Belle e facilmente a categorizaria como uma pintora Naïf sem denotar qualquer distúrbio. O fato de Belle ser autista só valoriza o seu trabalho porque além da qualidade estética é uma prova à sociedade que iniciativas como APAE, apoio de familiares e amigos, que respeitando limites e individualidades podem integrar crianças e adolescentes com autismo à sociedade.
      À Belle e sua arte desejo sorte e espero, agora que a conheço, poder estar presente em seu próximo vernissage.

A jovem artista Belle Feier

Por Fernando Figueiredo 
 Fernando é colecionador,
marchand e relações públicas de artistas,
fundador do Artes Figueiredo que orienta e
 desenvolve carreiras artísticas assim como aconselha e
 orienta compradores e investidores em arte.

sábado, 4 de junho de 2011

AUTISTAS ou COBAIAS INVOLUNTÁRIOS?

     Publiquei o livro Vida de Autista – Uma saga vitoriosa contra o desconhecido, em 1993 contando algumas das minhas brigas com alguns especialistas das Neurociências, destacando-se aquele que receitou medicamentos para o meu filho, já autista diagnosticado, que se ministrados o colocaria na condição de:
um móvel
no canto da sala,
inútil e sem perspectiva.
     Perguntado por que os receitou, pois que segundo as bulas que li, causariam efeitos sem precedentes no autista, em vista do que ele “não era um doente”, mas sim, dotado de uma síndrome, debatemos intensamente, e levando em conta a minha qualidade de que não era conhecedor do assunto. 
Trinta e poucos anos depois, continuo esperando a resposta.
     Dia desses estava conversando com uma amiga, mãe de autista. Entre veio de antes e vai de agora, eu dizia para ela que, devíamos cobrir nossas mágoas e rejeições sofridas com camadas e camadas de amor, tipo a ostra, já que há pouco tempo atrás nossos autistas, além de encapsulados, foram comparados com ela. O que quem comparava não sabia da ostra, é que se ela não ferida, não produz pérola, pois elas são feridas curadas.
    Poucos se lembram disso e outros preferem esquecer-se da comparação até por desconhecer a grandeza da analogia com aqueles autistas tidos como encapsulados.
     Agorinha um parceiro da rede, pai de autista, escreveu que a questão da medicamentação, precisa ser levantada e exaustivamente discutida pela comunidade autista brasileira, pois tudo o que entra pela boca ou pela veia é uma questão de conveniência de métodos terapêuticos importados, e embora seguindo o rígido protocolo das ciências sobre suas descobertas e aplicações, é um processo que leva anos para ser concluído.
     Em tese, na prática eles já vêm sendo aplicados, proporcionando ilusões enganadoras para pais adeptos do imediatismo que além de não discutir uma solução para a síndrome, ainda tão desconhecida na sua essência, não se preocupa com os efeitos colaterais do novo medicamente ministrado, que eventualmente pode causar danos irreparáveis.
     “Quanto maior a nossa ignorância profissional, maior será a nossa prepotência, onipotência e certeza de cura. Esta postura permitirá furtarmo-nos de sensações de insegurança, medo e ansiedade, frente àquilo que não sabemos. Tornamo-nos radicais e senhores da verdade.” Escreveu o psiquiatra Christian Gauderer em 1985.
     Nada mudou no front, como diz minha amiga, que citei ali em cima, ou nada se deseja que mude no front.
     No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, nos idos de abril, o planeta vestiu-se de azul, ensejando maior atenção à síndrome, conseguindo uma mobilização jamais vista em favor do último grande enigma da ciência, onde se busca descobrir a causa ou de onde ele vem, o que é bom.
     O que não é bom é o fato de que pesquisas sobre autismo são publicadas como se já estivessem consolidadas, levando-nos à conclusão que são verdades científicas que além de nos deixar mais ansiosos por melhoras dos nossos filhos, começamos a aplicar as sugestões ali descritas, como diz o meu parceiro pai de autista: na expectativa de que nossos filhos sofram menos, mesmo sabendo que todo transtorno comprovado em exames de laboratório não é autismo, e que o autor dessa descoberta será sem dúvida, candidato ao Premio Nobel.
     No intenso inverno de agosto de 1987, perguntei ao doutor Edward Ritvo, eminente psiquiatra norte-americano, na época diretor do programa de pesquisas sobre o autismo na Universidade da Califórnia, em conferência na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, depois de expor objetivamente minha história, se após tudo o que fizemos e com prognósticos otimistas da Ciência conseguiríamos a cura do autismo do meu filho, sem tratamento químico?
     - Posso lhe afirmar, disse ele para a platéia, que todo o progresso conseguido com o seu autista faz parte de um trabalho que, consciente e integrativo, se o senhor conseguir a cura dele, terei muito prazer de fazer as conclusões definitivas para então dividirmos o Premio Nobel de Medicina.
     Atualmente a psiquiatria estaria embarcando na “era científica”, onde uma relação mais direta entre clínica e pesquisa, aliada a novas “armas metodológicas” seriam promotoras potenciais de avanços significativos na clínica, manejo e investigação das doenças mentais.
      Não há nada mais trágico no mundo que uma pessoa manter pensamentos de limitação sobre outro ser humano. Até um pensamento de imperfeição, projetado sobre uma pessoa sensível como o autista, o restringe por muito tempo e esses resultados invariavelmente são calamitosos. Imaginemos então o que acontece com o uso indiscriminado de medicamentos utilizados e não testados com a devida carência à luz do protocolo científico.
     Com rezas, benzimentos, raiva, liminentos, doses homeopáticas, alopáticas, florais e chazinhos, broncas, dúvidas, discussões, tratos e contratos com “átras, ólogos, eutas, istas, e etc, etc... Suportamos as dores...    
     Cansamos... Confiantes, não desistimos... Continuamos e aqui estamos rindo com nossos autistas, tentando prosseguir livres de medicamentos reducionistas, declaradamente egoístas, e muitas vezes desnecessários até a confiabilidade chegar, tentando impedir que nossos filhos sofram mais do que o inevitável.

Nilton Salvador
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Foto: Google.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Exame de Ressonância Magnética pode ajudar a Diagnosticar Autismo

Estudo comparou jovens saudáveis com portadores da doença
      Resultados serão divulgados na revista 'Radiology'.

     O uso da ressonância magnética pode ajudar no futuro a diagnosticar casos de autismo, aponta um estudo a ser publicado na edição de agosto da revista científica “Radiology” (radiologia, em inglês) e divulgado nesta terça-feira (31). A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York.

     O autismo é um conjunto de doenças neurológicas que fazem o paciente ter dificuldades para se comunicar e interagir com outras pessoas.

     Os médicos norte-americanos contaram com a participação de 27 jovens com média de 12 anos de idade. Quinze deles formaram o grupo controle do experimento e eram saudáveis. Os outros 12 eram autistas e tinham dificuldades na fala.

      Durante a pesquisa, os garotos passaram por exames de ressonância magnética funcional - enquanto escutavam gravações com as vozes de seus pais. Com as imagens geradas, é possível ver quais áreas do cérebro recebem mais sangue durante a realização de uma tarefa e medir o nível de atividade dos tecidos do órgão.

      Após o estímulo, foram medidos os níveis de atividade em duas áreas do cérebro dos participantes: o córtex auditivo primário (A1) e uma parte do lobo temporal ligada à compreensão de sentenças (STG, na sigla em inglês).

      Na região A1, as atividades do cérebro não foram diferentes entre os dois grupos. Já na segunda área estudada, os jovens saudáveis apresentaram uma atividade maior na comparação com os jovens autistas.

     Para Joy Hirsch, professor no Centro Médico da universidade e diretor de um laboratório especializado em ressonância magnética, os resultados mostram como o autismo reduz a comprensão de narrativas.

     Segundo o especialista, o diagnóstico dos tipos de autismo é difícil, mesmo com a alta prevalência - de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDCP, na sigla em inglês), órgão do governo dos EUA, uma em cada 110 crianças são afetadas pela doença. Normalmente, a descoberta da doença acontece após pais e médicos estranharem o comportamento da criança.


Do G1, em São Paulo
Foto meramente ilustrativa no Google 








terça-feira, 31 de maio de 2011

Autismo e Odontologia - Colocação de Aparelho Fixo



     Colocando o aparelho fixo em paciente autista, a colagem que deve ser dividida em sessões para que o paciente se acostume com o aparelho e possamos observar se houve alguma alteração comportamental após o procedimento.

     Depois, é acompanhado seguindo o protocolo da ortodontia.





terça-feira, 24 de maio de 2011

Terapia promove benefícios e mostra que Autista pode ter vida social - Balada dos (in) comuns

Iniciativa:
festa em casa noturna promove integração e entretenimento a adolescentes dotados de
Autismo
      Autistas padecem, até mais do que dos próprios sintomas da doença, de um mal invisível aos olhos da maioria: a discriminação.
     A exemplo do que ocorre com males como a síndrome de Down e o Parkinson, as associações pejorativas dessa disfunção que atinge um em cada 100 brasileiros dificultam o tratamento em todos os níveis de manifestação.
     E o equívoco de praxe é quase sempre achar que portadores de autismo não conseguem (ou não podem) ter vida social.
     Justamente para acabar com esse tabu, a Associação para o Desenvolvimento de Autistas de Campinas (Adacamp) e o Centro Interdisciplinar de Atenção ao Deficiente (Ciad) têm feito papel inverso para, entre outras coisas, “diminuir o preconceito e proporcionar lazer e diversão para os pacientes”.         
     Numa iniciativa inédita, em parceria com a casa noturna Heaven & Hell, 23 autistas, de 17 a 25 anos, foram, literalmente, para a balada.
      Cada um à sua maneira, todos dançaram e se divertiram como pessoas comuns, numa festa para pessoas comuns. E o resultado não poderia ser melhor. “É nítida a evolução no aspecto social dos que participam de eventos como esse. Eles se sentem mais seguros para se comunicar e passam a enxergar as pessoas de outra maneira”, relata a coordenadora do Ciad, Maria Helena Cirne Toledo.
      Esse tipo de projeto, chamado pela Adacamp de terapia da integração sensorial, auxilia no desenvolvimento da atenção, da concentração, da audição, da compreensão e do equilíbrio, melhora a receptividade tátil e o controle da impulsividade.
     Há também melhoras significativas em comportamentos reproduzidos por essas pessoas em função da hipersensibilidade sensorial apresentada na grande maioria dos autistas. As reações deles durante a balada comprovam tal premissa.

“O mais difícil depois é convencê-los a ir embora”, brinca Maria Helena.

      Outro tratamento é a musicoterapia, que se tornou uma das prioridades das principais entidades de auxílio ao autista do País e que, segundo dados acadêmicos, tem tido bons resultados.
     “A música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste transtorno neurológico.
     Neles, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo).     
     Ela se move até o centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto)”, diz Maristela Pires da Cruz Smith, presidente da Associação de Profissionais e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo.

metrópole
Henrique Nunes

Campinas 22/5/11

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Filme "A ÁRVORE DA VIDA" vai dar o que falar



O filme A Árvore da Vida aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum, e expande a ótica desta rica relação, ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos, em uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios, que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão.
Estréia dia 01.07.2011 no Brasil




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aulas de Ginástica Olímpica ajudam no Tratamento do Autismo

Rodrigo Brívio e Gustavo, 9 anos:
pais notam melhora na concentração e na interação social dos filhos
     O autismo é uma síndrome silenciosa. Ainda se sabe muito pouco sobre o que acontece no misterioso mundo de quem vive dentro do chamado espectro autista.
     Há três semanas, a comunidade de pais, médicos e terapeutas de autistas sofreu um baque com a denúncia de que uma das profissionais até então mais respeitadas do meio, Beatriz Cunha, de 32 anos, 12 de profissão, que se dizia especializada no assunto, sequer era formada em Psicologia.
     Ela está sendo processada por falsidade ideológica e tortura, já que obrigava as crianças a comer e a fazer o tratamento muitas vezes com truculência e agressões verbais. O escândalo gerou pânico entre familiares e amigos de autistas em listas de discussão pela internet, sobre em quem confiar e em quais tratamentos apostar.
     Um dos nomes que sempre aparece com mensagens positivas é o do professor de educação física Rodrigo Brívio, 31 anos, que começou ano passado um trabalho de ginástica olímpica com crianças autistas na Academia Body Tech, na Barra da Tijuca, e vem conseguindo resultados surpreendentes no atraso da linguagem e na falta de interação social, principais características da síndrome.
     Com disciplina, rotina, amor e muita paciência, Brívio virou referência no Brasil inteiro. Ele já acumula convites para dar cursos e seminários pelo país afora e tem nada menos do que 100 crianças na fila de espera por uma das 25 vagas da sua concorrida aula.

Qual o segredo da aula?

Eu acredito que tudo é possível, dentro das limitações de cada um. Tento entrar no mundo dessas crianças, e não tentar fazer com que elas venham para o nosso mundo por obrigação.

Qual é o maior desafio de lidar com crianças autistas?

Estabelecer uma comunicação com uma criança que não fala. Mas com o tempo, paciência e interesse, dá para saber o que elas querem. Recentemente, um dos meninos me puxou até a porta do banheiro. Se comunicou da forma que podia. E mostrou que já confiava em mim.

Como elas reagem às atividades propostas na ginástica olímpica?

Elas geralmente têm medo do salto no início, mas logo percebem a sensação de prazer. A atividade física alivia um pouco do estresse e dos sintomas de hiperatividade que muitos deles têm.

Nas aulas, alguma criança já te emocionou?

Muitas. Uma delas falou a primeira palavra durante uma brincadeira que fazemos com os cones.

Por que o método é eficiente?

Porque como eles não falam ou têm dificuldade na linguagem e na área da comunicação, usam muito o corpo para se expressar, fazem gestos. Na ginástica, eles aprendem a se concentrar, que é um dos pontos deficientes de quem tem a síndrome. Sentem que estão falando a língua deles.

Como é a aula na prática?

Por meio dos exercícios fazemos a combinação da parte motora com a cognitiva e a sensorial. Não existe diferença entre crianças autistas ou não. As aulas são iguais. Desenvolvo trabalho com reconhecimento de cores e letras, que poderia ser feito com as outras crianças.


Do Metro




segunda-feira, 16 de maio de 2011

A diferença pede licença


     A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal...
     E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes.
     Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano.     
     Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes?
     Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?
     A diferença pede licença sim!!!
     Dá-me oportunidade!
     Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo! Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto.
     Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido pra mim, mas aquele onde sou capaz de chegar.
     Se não plantamos sementes, jamais colheremos frutos!
     Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. É a diversidade de flores que dá a beleza a um jardim.
     Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras?
     A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor.
     Anormal não é quem foge dos padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu o verdadeiro significado da palavra amar.
     Quando Jesus morreu de braços abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdôou o ladrão, lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição física ou mental.
     A diferença pede licença!...
     Abra-lhe o caminho e você vai ver onde ela é capaz de chegar!

© Letícia Thompson




sábado, 14 de maio de 2011

Pitoco esclarecendo dúvida.

Diferença entre Autismo Infantil e Síndrome de Asperger



A diferença entre crianças com Síndrome de Asperger e crianças Autista
diz respeito a capacidade cognitiva.
          Embora alguns indivíduos com autismo apresentem deficiência na experiência intelectual, por definição, uma pessoa com Asperger não possui uma deficiência cognitiva clinicamente significativos ou atraso cognitivo, e a maioria possuem inteligência acima da média.      O resultado da cognição para crianças no transtorno de Asperger em geral parece ser melhor do que aquele para as crianças com autismo.
     No entanto, em relação á parte cognitiva, algumas crianças com sintomas de autismo, apresentam sinais cognitivos preservados principalmente em parte nas aptidões e procedimentos em estímulos específicos e mais concentrados.
     Já as crianças com síndrome de Asperger, apresentam melhores condições e habilidades na conversação o que lhes dirige maior capacidade cognitiva e compreensão, bem como para respostas sociais mais satisfatórias.
     Os sintomas do autismo infantil se detectado precocemente permite maior aproveitamento no tratamento e no desenvolvimento da criança autista, pois será possível desenvolver estratégias de comunicação, atenção e reorganização intelectual para melhor socialização e enfrentamento da vida.


Foto: Internet

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pesquisa na Inglaterra mostra que Adultos com Autismo não são Diagnosticados


      LONDRES - Pesquisadores da Universidade de Leicester apresentaram os resultados de uma pesquisa sobre autismo na vida adulta: nenhuma pessoa identificada com autismo ou síndrome de Asperger na Inglaterra sabia de fato de sua condição. De acordo com o professor de Psiquiatria da Universidade de Leicester, Traolach Brugha, a pesquisa já tinha revelado que o autismo era mais comum em homens, com alta graduação e que viviam em casas financiadas pelo governo.

     As descobertas são baseadas em um levantamento epidemiológico em duas fases (7.461 entrevistas de triagem; 618 diagnósticos) feito em 2007 na Inglaterra e foram agora publicadas na revista científica "Archives of General Psychiatry".

     Brugha, também consultor do sistema público de saúde, disse que o artigo atual confirma o que já foi publicado em 2009, que 9,8 em cada mil adultos da Inglaterra tinham diagnóstico oficial para o espectro autista. Não há evidências de uma "epidemia de autismo".

     - Nossos resultados sugerem que não há aumento nem queda significativa ao longo do tempo. Isso favorece a interpretação de que os métodos de apuração (caso de constatação) mudaram de pesquisas mais recentes de crianças em comparação com os primeiros levantamentos em que as taxas relatadas foram consideravelmente menores - explicou Brugha.

     Quanto às causas do autismo, os pesquisadores dizem que "parecem estar temporalmente constantes e recentes aumentos aparentes nas taxas de diagnóstico devem refletir melhores diagnósticos em vez de alguma nova toxina ambiental".

     - É muito preocupante que nenhum dos casos que nós confirmamos usando métodos de avaliação para diagnósticos rigorosos soubesse de sua condição ou tivesse tido um diagnóstico oficial. Estamos providenciando treinamento para psiquiatras no diagnóstico do espectro autista em adultos através do Royal College of Psychiatrists Education and Training Centre, em Londres - disse o pesquisador.