domingo, 18 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Autismo se instala nos 3 primeiros anos de vida; conheça possíveis sinais transtorno
No segundo episódio da série “Autismo, universo particular”, Dráuzio
Varella investiga os sinais do autismo e por que é tão difícil chegar a um
diagnóstico.
O ator Marcelo Serrado leva o drama do autismo para
os palcos e revive um personagem marcante do cinema: Rain Man, sucesso nos anos
80. “Fazer um autista é um presente para qualquer ator. Porque esses caras são
especiais”, diz o ator.
Marcelo Serrado caracterizado como o Raymond de 'Rain Man' (Foto: Isac Luz/EGO) |
Como e quando o autismo se manifesta? Quais os
primeiros sintomas? E por que é tão importante começar o tratamento o mais cedo
possível?
O autismo se instala nos três primeiros anos de
vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos
sociais deixam de formar as conexões necessárias. Embora o transtorno seja
incurável, quando demora para ser reconhecido, esses neurônios não são
estimulados na hora certa e a criança perde a chance de aprender.
Estudo mostrou que, enquanto nos Estados Unidos o
diagnóstico é feito antes dos 3 anos de idade, no Brasil o transtorno só é
identificado quando a criança já tem de 5 a 7 anos. Esse atraso agrava as
deficiências do autismo e traz mais sofrimento para as famílias.
“Questionário identifica possíveis sinais de
autismo”
O caso de Kevin
Há seis anos, Vera e Reginaldo procuram um
diagnóstico que os ajude a compreender os males que afligem o filho Kevin. Você
conheceu o Kevin no domingo passado. Vimos que ele se levanta diversas vezes,
de madrugada, pra tomar banho. Desde pequeno, o menino começou a apresentar
comportamentos peculiares.
Quando percebe que está chegando o momento de comer,
Kevin fica agressivo. O som do liquidificador é especialmente irritante no
autismo. Kevin se alimenta de papinha, ele recusa alimentos sólidos.
“A gente já foi em neuro, psiquiatra, psicólogo,
pediatra, clínico, tudo quanto é médico a gente já foi. Uns falam que é retardo
mental grave, outros falam que não. Tem médico que fala que ele não tem nada,
que pode ser uma birra, uma manha”, diz a mãe.
O neuropediatra Salomão Schwartzman analisou vídeos
de quando Kevin era bebê. Aos quatro meses, ele se comportava como qualquer
criança. Mas com um ano idade, ele já apresentava pequenos sinais de autismo.
“Fica olhando sempre na mesma direção. Ele não
explora mais o ambiente. E uma face sem muita expressão”, analisa o médico.
Foi somente no mês passado que a peregrinação
terminou. Kevin recebeu o diagnóstico de autismo - um diagnóstico tardio. A
demora em identificar o transtorno dificulta o tratamento. Depois de seis anos,
a família de Kevin pôde, finalmente, procurar ajuda especializada.
Kevin perdeu a oportunidade de receber tratamento
nas fases iniciais de seu desenvolvimento. Agora, será preciso muito trabalho
para correr atrás dos prejuízos.
“A gente sempre fala que a gente não vai ficar assim
pro resto da vida, como que será que vai ser ele sozinho? Quem vai querer
cuidar dele? Como será que vai ser a vida do Kevin? A gente se preocupa já com
isso. 'E complicado, né?”, diz a mãe de Kevin.
Sinais de autismo
Quais são os sinais típicos do autismo? Algumas
características podem ajudar você a desconfiar quando a criança tem autismo.
Desconfiar porque quem vai fazer o diagnóstico é o especialista.
Um dos sintomas mais comuns é quando a criança não
responde ao ser chamada pelo nome. A
criança parece surda. Você chama pelo nome, ela não responde.
Na presença de outras crianças, ela se isola. Não
participa de brincadeiras coletivas. Ela evita o contato físico. Você vai fazer
um carinho e ela se afasta. Parece que tomou um choque. É hiperativo. Anda pra
lá e pra cá, mexe em tudo, não para um minuto.
Mais uma característica marcante: não apontar com o
dedo para o objeto que quer alcançar.
Ela pega no seu braço e leva até ele, como se usasse
a sua mão como uma ferramenta.
A relação com os objetos - brinquedos, por exemplo -
é diferente do esperado. Ela usa os objetos de uma forma muito particular. Ela
pega um carrinho, vira ao contrário e é capaz de passar horas girando a
rodinha.
Também não sabemos por que, mas pessoas com autismo
parecem ter uma sensibilidade alterada. Podem cair no choro por causa de um
simples toque. Mas, às vezes, se machucam feio e não demonstram sentir dor.
Mesmo em dias muito frios, não se preocupam em se agasalhar.
A criança com autismo foge do contato visual. “Mesmo
às vezes na primeira mamada. E é o momento em que seguramente o bebê olha nos
olhos da mãe já com horas de vida. Algumas vezes você consegue detectar a falta
desse contato”, explica Salomão.
Hoje, testes clínicos permitem entender melhor essa
dificuldade.
O caso Gabriel
“O diagnóstico do Gabriel tem uns quatro anos mais
ou menos. Porque até então eu não sabia. Sabia que o Gabriel era um menino
especial”, conta a mãe do que menino que tem hoje 16 anos.
Nós fomos com ele fazer um teste. O programa de
computador registra para que ponto a pessoa está olhando quando vê uma figura
na tela.
“Quando você mostra numa tela um bebê e um relógio,
normalmente eles olham muito mais pro relógio. Eles não têm tanto interesse pra
olhar pro bebê. Quando você mostra um rosto, um de nós deve olhar pros olhos -
como eu estou olhando pro teu agora. Eles em geral olham pra outra parte do
corpo”, explica Salomão.
Ao ver uma foto, Gabriel mostrou que é capaz de
olhar nos olhos de uma pessoa. Mas revelou outro sintoma comum no autismo. Às
vezes, ele não consegue interpretar corretamente o contexto de uma cena.
No autismo, pode existir uma dificuldade em
interpretar figuras. “O que a gente imagina? Que provavelmente ele observa o
mundo de forma fragmentada. Se você somar essa dificuldade de visualizar o
contexto, mais as dificuldades que eles têm de linguagem, você começa a
perceber que o mundo deles é muito diferente do nosso”, observa Salomão.
De volta ao consultório, mais um teste com
Gabriel. Desta vez, para detectar se
Gabriel é capaz de reconhecer expressões faciais. Gabriel diz que está vendo
uma pessoa de boca aberta.
Para a maioria das pessoas, o reconhecimento é
intuitivo. Mas Gabriel demora, procurando pistas que o ajudem a entender o que
está vendo.
O caso Ana Beatriz
Dráuzio Varella foi até Santo André, na grande São
Paulo, para conhecer a Ana Beatriz, de 4 anos. “Eu fiz sete fertilizações pra
ter ela. Graças a Deus ela veio. Eu tive ela com 46 anos”, conta a mãe, Marinês
Câmera.
A mãe conta que Ana Beatriz nasceu prematura e se
desenvolveu normalmente até os 2 anos. Mas quando entrou na escola, a mãe percebeu
que tinha algo estranho, com 2 anos ela não falava.
Alguns bebês com autismo nem chegam a falar, é
bastante comum. Outros começam a pronunciar as primeiras palavras, mas de uma
hora para a outra regridem. Um choque para a família.
Apesar de não falar, Ana Beatriz é uma criança cheia
de habilidades - esperta mesmo.
Quando Dráuzio Varella esteve em sua casa, ela
mostrou que é capaz de entender números e organizar os brinquedos.
“Se você colocar fora da ordem, por exemplo, ela vai
lá, empurra tudo, e ela coloca na ordem”, explica a mãe.
Marinês sabe que a filha tem autismo, mas está cheia
de dúvidas quanto ao grau do transtorno.
“Ela entrou no consultório e me ignorou totalmente.
Isso já é uma coisa que chama um pouquinho a atenção, porque não é esperado
numa criança com desenvolvimento social típico”, aponta Salomão.
Ao ganhar uma caixa de brinquedos, Ana Beatriz reage
de forma inesperada. Em vez de brincar com os trenzinhos, ela começa a
organizá-los em fileira, cada um por tamanho e cor, todos voltados para a mesma
direção.
“Não é um brincar lúdico. Isso é uma organização, é
uma coisa sistemática. Eles são extremamente sistemáticos. O mundo da criança
com autismo é um mundo que ela tenta classificar, organizar, sistematizar”, diz
Salomão.
A avaliação, feita a nosso pedido, foi até certo
ponto tranquilizadora. “Ela não é um caso de autismo severo. Porque ela não
demonstra até agora uma deficiência intelectual. Ela demonstra claramente que
ela sabe o que quer fazer, identifica corretamente, organiza de forma
absolutamente racional”, explica Salomão.
No próximo domingo
Quais são as possibilidades de tratamento para quem
tem autismo?É possível controlar os sintomas mais graves?
Domingo que vem, continuaremos nesse universo particular.
FONTE: G1...
Arapiraca é referência nacional em tratamento de autistas
Um tema que vem sendo bastante evidenciado pelos
meios de comunicação, redes e mídias sociais é o do Transtorno do Espectro do
Autismo, suas formas e locais de tratamento.
Segundo informações do Conselho Nacional de
Medicina, o autismo é um distúrbio no desenvolvimento causado por condições
genéticas e ambientais, que hoje pode ser encontrado em 1 a cada 100 pessoas
presentes em diversos locais.
Pensando no tratamento de crianças portadoras desse
distúrbio, a Prefeitura de Arapiraca criou em 2011 o primeiro espaço nacional
de acolhimento a crianças com autismo- o Trate- que atende exclusivamente pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-se referência em todo o Brasil pelos
serviços prestados à comunidade.
De acordo com a diretora do Trate, psicóloga Ana
Paula Rios, hoje o espaço conta com os serviços de terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, além da assistência da
psiquiatria infantil.
O Espaço conta em quadro de usuários com
aproximadamente 70 crianças, atendidas em dias alternados, e com 80 famílias
para o grupo de pais, na preparação para o tratamento.
Principais sintomas
O autista tem dificuldades em trabalhar a
comunicação, tanto a falada, quanto a visual; interação social inexistente –
podendo haver em alguns casos raros -, e o comportamento.
A criança portadora do transtorno do espectro de
autismo pode apresentar na maioria dos casos, atrasos na linguagem,
dificuldades em brincar com outras crianças e no uso de sua imaginação,
comportamento estereotipado (movimentos circulares com as mãos e de pêndulo com
o corpo), inflexibilidade comportamental, e resistência as mudanças de rotina.
Segundo a diretora Ana Paula Rios, muitos desses
comportamentos podem ser observados em bebês, aspectos como o pouco contato
visual (hipo ou hipersensibilidade), excesso de choro ou até mesmo
introspectiva, não responder aos estímulos externo e dificuldades na
amamentação.
Formas de tratamento
Inicialmente a família deve buscar o reconhecimento
das crianças como autistas, aderindo a elas uma nova ideologia de vida para os
seus potenciais.
O Trate tem como ação básica a sensibilização dos
pais no trabalho psicoeducativo, incluindo a família em grupos dinâmicos
semanais, aderindo-os como colaboradores.
As orientadoras do Centro de Arapiraca realizam
diariamente em seus usuários a integração sensorial, com treinos de Atividades
de Vidas Diárias (AVD), tratamento de fonoterapia, terapias ocupacionais,
fisioterapia funcional, e psicoterapia com métodos comportamentais.
Fonte: Foto e divulgação:Assessoria da PM de Arapiraca
sábado, 10 de agosto de 2013
Um elo entre a super-higiene moderna e o autismo?
O espectro autista, como o próprio nome sugere, é
muito heterogêneo. Possivelmente múltiplos subtipos e etiologias existem, o que
torna difícil seu estudo. A alta prevalência do autismo na sociedade (1 a cada
88 pessoas, segundo estudos dos EUA), tem estimulado a pesquisa científica para
entender as causas do autismo e como combatê-lo. Alguns estudos haviam
previamente implicado o sistema imunológico materno com o quadro clinico de
algumas formas de autismo.
Decididos a investigar essa relação mais a fundo,
um grupo do centro de excelência de estudos para o autismo da Universidade da
Califórnia, conhecido como Instituto M.I.N.D., detectou a presença de
anticorpos maternos tipo IgG com reatividade a duas proteínas do cérebro fetal
em 12% das mães de crianças autistas. Como muitos outros estudos em autismo, a
amostra inicial fora pequena, deixando dúvidas se realmente existiria algo
assim. Além disso, a identidade dessas proteínas fetais ainda é um mistério.
Afinal, com o que realmente os anticorpos maternos estavam interagindo no
cérebro do feto e qual seria seu mecanismo de ação?
Durante a gravidez, as mulheres normalmente passam
seus anticorpos para o feto, permitindo que esses nasçam com anticorpos que os
defendam de eventuais infecções até que o próprio sistema imune da criança
esteja maduro. É uma mordomia evolutiva adquirida milhares de anos atrás por
nossos antepassados. A teoria por trás da descoberta do grupo M.I.N.D. é que
esses anticorpos IgG maternos específicos do autismo também cruzem a placenta durante
a gravidez e afetem o desenvolvimento do cérebro de forma indireta e não
intencional. Um tiro pela culatra dessa vantagem evolutiva.
Em maio deste ano, o mesmo grupo de pesquisa
validou os achados iniciais, replicando o estudo num grupo maior de mães de
autistas. Além disso, observaram que os autistas nascidos das mães com altos
níveis desses anticorpos tinham a tendência a ter a circunferência da cabeça
bem maior do que crianças típicas (controles) da mesma faixa etária. Vale
lembrar que o cérebro maior é uma característica clínica de 20 a 30% das
crianças autistas.
Agora em julho, o grupo publicou mais um artigo,
dessa vez com testes funcionais em macacos. Os anticorpos IgG maternos foram
purificados de mães com crianças autistas e mães de crianças típicas e
administrados em dois grupos independentes com oito macacos fêmeas cada,
durante o primeiro e segundo trimestre de gravidez. Um terceiro grupo não
recebeu anticorpo algum. O cérebro e o comportamento da prole foi analisada por
dois anos após o nascimento. Diferenças no comportamento dos macacos que
nasceram de fêmeas inoculadas com anticorpos de mães de autistas apareceram
desde cedo. Esses animais mostravam comportamento social inapropriado quando
comparado com os outros dois grupos controle (parâmetros analisados incluíram
contato/proximidade com a mãe e contato com indivíduos estranhos).
Além disso, animais juvenis mostraram movimentos
estereotipados e superatividade. A ressonância magnética revelou que os
indivíduos do sexo masculino nascidos do grupo afetado, tinham um cérebro
significativamente maior comparado com os controles. A diferença maior parece
estar relacionada com a massa branca, com diferenças mais pronunciadas no
córtex frontal (região relacionada ao comportamento social em primatas). Vale
lembrar que estudos anteriores, usando a mesma estratégia cientifica mas em
camundongos, também revelou que os anticorpos derivados desses 12% de mães com
crianças autistas causaram alterações comportamentais.
A ideia de que uma parte, ou um subtipo, do autismo
seja causado por uma reação inflamatória que comece no útero materno é antiga.
Tornou-se especialmente atraente com a observação de que nos últimos 60 anos, a
frequência de doenças imunológicas tem aumentado consideravelmente. Correlações
de autismo com outras condições inflamatórias durante a gravidez, como doenças
autoimunes, alergias, asma ou artrite, são comuns mas difíceis de se comprovar
causalidade. Talvez isso faça sentido sob uma perspectiva evolucionária – é a
teoria da super-higiene moderna. Populações humanas vivendo em condições
semelhante a de nosso ancestrais (cheias de micróbios e parasitas) não
apresentam problemas imunológicos tão frequentes. Dados ainda incertos sugere
que o mesmo aconteceria com autismo. Porém existem poucos estudos
epidemiológicos em populações rurais, por exemplo.
Conforme essas teorias são comprovadas ou
rejeitadas pela ciência, iremos aprender o porquê essa população de mães de
autistas estariam desenvolvendo anticorpos contra proteínas fetais. Além disso,
identificar os alvos desses anticorpos pode levar anos de estudo. O grupo
M.I.N.D. tem publicado sobre isso. Dos 8 alvos já identificados, apenas uma das
proteínas fora previamente relacionada com o desenvolvimento de neurônios no
cérebro humano. Outro antígeno, conhecido como LDH já foi associado ao
metabolismo celular mas nunca ao desenvolvimento neural. Por outro lado,
sabemos que o LDH aumenta quando exposto a toxinas, como solventes industriais,
por exemplo. Isso sugeriria um fator ambiental envolvido nesse complexo
mecanismo.
Tudo isso ainda é muito recente e requer mais
estudos, inclusive da interação entre esses fatores e não apenas seu impacto
individual. Infelizmente a ciência caminha a passos lentos. O autismo tem
influenciado como a ciência é feita nos EUA. A imagem do cientista trabalhando
sozinho numa única teoria provavelmente não vai funcionar para o autismo. É
preciso colaboração de disciplinas diferentes e uma nova perspectiva
cientifica. A contrapartida é justamente a criação de centros de excelência
para estudos do autismo, como o que existe no instituto M.I.N.D. Só a
Califórnia tem 3 desses centros, o que indica o quão sério esse estado
americano considera o problema, estimulados por uma conta de US$ 137 bilhões
aos cofres públicos americanos todo ano.
Crédito da foto: Reprodução/TV Tem
Fonte:ESPIRAL - Alysson Muotri – G1.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
(Fantástico) "Autismo: Universo Particular"
Especialistas afirmam que existe uma pessoa com
autismo para cada 92
Autismo era considerado uma condição rara, que
atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos.
Hoje, a pesquisa mais recente
fala em um para cada 92.
Neste domingo (4), o Fantástico estreou a série
‘Autismo: Universo Particular’.
Para produzir a série, Dráuzio Varella esteve
casa de vários pacientes portadores desse transtorno para mostrar como vivem
essas famílias e essas crianças.
No Paraná, há uma família com dois filhos em que o
autismo se manifesta de uma forma bem diferente em cada um dos irmãos. O pai
passa as noites segurando o filho enquanto ele dorme.
Kevin não para de se mexer e se bate repetidamente.
Durante a noite, ele acorda querendo tomar banho, porque só isso o acalma por
algum tempo. “Já tive vontade até de me matar pela situação de bater nele, dele
se agredir e não ter o que fazer, entendeu? Já passou pela minha cabeça de
fazer qualquer besteira, então é difícil”, conta o pai.
Os pais de Kevin estão em busca do diagnóstico de
que o filho tenha autismo, um distúrbio que desafia a ciência. Não se sabe as
suas causas e ele é cada vez mais comum. Especialistas calculam que o autismo
atinja 1% das crianças.
“O autismo hoje é considerado um distúrbio no
desenvolvimento causado por condições genéticas e ambientais e que, na verdade,
não é uma condição só. Hoje, a gente fala em um conjunto de autismos pela
enorme variabilidade que ele tem. A característica fundamental dos autismos é o
prejuízo na comunicação, na interação social e na presença de comportamentos
peculiares. Comportamentos repetitivos sem muito significado, que os indivíduos
parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara”, explica o
neuropediatra especialista em autismo Salomão Schwartzman.
O médico explica que o autismo era considerado uma
condição rara, que atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos. Ele aponta
que a pesquisa mais recente fala em um para cada 92. “A gente está falando de
uma coisa que não é rara, é extremamente comum. Você encontra na escola, no
escritório, no seu consultório, identifique ou não”, avalia Schwartzman.
Segundo o especialista, o autista é metódico. “O
mundo ideal é aquele em que as coisas não se modificam. Eu acordo na mesma
hora, visto a mesma roupa, tomo café do mesmo jeito, no mesmo prato, com a
mesma xícara. Qualquer variação disso traz um extremo desconforto”, explica o
neuropediatra.
Uma família que vive o autismo muito intimamente
mora em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Renato, o pai, sempre foi meio
esquisitão. “Desde criança eu achava ser estranho normal, mas porque eu tirava
por mim. Para mim, todo mundo era estranho”, conta ele. Renato casou com Ana
Maria, que já tinha uma filha, Fernanda. Juntos, eles tiveram Mateus e Máximo –
os dois com autismo – e Bárbara, a mais nova. “Eu já estou mais do que
acostumada a lidar com eles. Na verdade, acho eles mais fáceis por causa da
questão da rotina”, diz Ana.
Mas mesmo as atividades mais rotineiras podem ser
um imenso desafio para pessoas com autismo. Escolher um conjunto de roupas para
trocar o filho pode ser uma tarefa impossível.
“É muita opção. Combinação de cor, de não sei o
que... Sempre me visto pelo conforto e, exatamente para não ter esse problema
de combinação, visto uma cor só”, brinca Renato.
Os humanos são animais sociais. Se não tivessem
formado grupos, os antepassados teriam desaparecido da face da Terra. Mas há
pessoas com transtorno de desenvolvimento que apresentam enorme dificuldade de
relacionamento social. Para elas, sons, movimentos, olhares e solicitações dos
outros provocam um curto-circuito que as deixa desorientadas e aflitas. O
autismo é um transtorno desse tipo, no qual a rede de neurônios que controla,
no cérebro, a comunicação e os contatos sociais está desorganizada. “Diria que
a marca registrada do autismo é a falta de desejo ou de possibilidade de
interagir com o outro”, diz Schwartzman.
Atualmente, o autismo é considerado um distúrbio
com um amplo espectro de manifestações, desde as crianças, como Kevin e Máximo,
que têm enormes dificuldades de responder aos estímulos, até pessoas que têm
problemas de convívio social, mas são extremamente talentosas em áreas
específicas. O cérebro deles funciona de forma única, que ainda é um mistério
para a ciência.
Em um quarto cheio de circuitos eletrônicos e
fórmulas matemáticas, um autista genial é Jacob Barnett. Ele está prestes a se
tornar mestre em física quântica aos 14 anos. Ele dá aulas na internet desde
pequeno e hoje participa de pesquisas na Universidade de Indiana, nos Estados
Unidos, e pode ganhar o Prêmio Nobel.
O caso dos irmãos de Curitiba Nicholas, de 13 anos,
e Thomas, de 15, é parecido. O mais velho, que já aos 3 anos demonstrava
facilidade com números, já fez diversos cursos em nível universitário nas áreas
de matemática e ciência da computação.
Segundo o neuropediatra Salomão Schwartzman, o
impacto de um filho autista em uma família pode ser brutal. “É algo muito
difícil de você lidar. Quando você tem um filho que é um deficiente
intelectual, por qualquer razão que seja, depois de algum tempo, por maior que
seja o luto que você tem com relação a isso, você se habitua a uma criança que
bem ou mal tem uma linha de base. Ou seja, ele tem prejuízos, mas que depois de
algum tempo você sabe quais são e passa a conviver bem com isto”, diz.
Na novela ‘Amor à vida’, a atriz Bruna Linzmeyer
interpreta Linda, uma garota com autismo. “Eu tinha ouvido falar muito pouco
sobre o autismo, porque é um tema muito pouco conhecido pela nossa sociedade. A
gente criou uma linguagem dessa personagem se comunicar, como ela
dramaturgicamente se envolve em cena. Isso é o mais difícil. Cada detalhe é
muito importante”, conta ela.
Na próxima semana, o Fantástico investiga o
diagnóstico de autismo: como descobrimos que alguém tem autismo se nem sabemos
ao certo o que provoca esse distúrbio? Não perca!
Foto Pragmatismo Político
Autismo no Fantástico
http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/programa-estreia-serie-sobre-autismo/2735501/
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
AGENDE: Fantástico estreia nova série sobre autismo, com Dr. Drauzio Varella
"Autismo: Universo Particular"
aborda temas distintos relacionados ao transtorno como
sintomas, diagnóstico, direitos e benefícios com tratamento e educação, bem
como o futuro dos pacientes através da inclusão no mercado de trabalho.
Neste domingo (4), o Fantástico estreia a nova série
de Dráuzio Varella sobre autismo. ‘Autismo: Universo Particular’ aborda temas
distintos relacionados ao transtorno como sintomas, diagnóstico, direitos e
benefícios com tratamento e educação, bem como o futuro dos pacientes através
da inclusão no mercado de trabalho. “Sempre há o interesse em discutir o
assunto, pela amplitude do tema e porque o diagnóstico leva muito tempo para
ser feito, uma vez que os médicos não consideram o autismo”,
diz Dráuzio
Varella.
A série tem a consultoria do doutor José Salomão
Schwartzman, médico especialista em neurologia da Infância e da Adolescência e
Professor Titular do Curso de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. “É uma grande iniciativa aproximar o meio
acadêmico do leigo para o esclarecimento de transtornos como o autismo”,
destaca o especialista.
O tema também é assunto na novela ‘Amor à Vida’ e
tanto o autor Walcyr Carrasco como a atriz Bruna Linzmeyer, que dá vida à
personagem autista Linda, serão entrevistados durante a série.
Em quatro episódios, o novo quadro acompanha
histórias de pacientes recém-diagnosticados e também daqueles que já na vida
adulta conseguem driblar os limites da comunicação e ter uma boa convivência
familiar e social.
FONTE: Divulgação FANTÁSTICO/Rede Globo
Foto Bruna Linsmeyer : Divulgação Rede Globo
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SITE:
SINOPSE
O que está escrito neste “Vida de Autista... E Eles Cresceram”, não escorrega para dentro de um vale de lágrimas, como quando a síndrome nos obriga a profundas transformações. É um reencontro das condições de vida de um filho autista, face a face, onde deixamos transparecer tudo o que sentimos em algumas décadas, principalmente quando ocorreram desequilíbrios das nossas emoções.
O cotidiano da existência de quem estava destinado a ser eternamente criança pela existência de preconceitos a respeito dos autistas e das pessoas com deficiência, aqui não encontrou abrigo como querem aqueles que, além de não terem compromisso com a diferença, tentaram nos levar para o imaginário social, do “não pertencimento”, ao grupo das “pessoas negadas” sem abertura à tolerância, porque “Eles Cresceram”.
Neste livro, você vai sentir que está em sua casa, que é o seu lugar de interações, troca de experiências, construção de significados compartilhados, comportamentos, atitudes com êxito, fracasso, rejeição e interação, lembrando que o seu filho continua revisando o autismo para servir o progresso da humanidade e da ciência como modelo emergente.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
Livro VIDA DE AUTISTA... E Eles Cresceram (Lançamento)
Sinopse:
O que está escrito neste “Vida de Autista... E Eles
Cresceram”, não escorrega para dentro de um vale de lágrimas, como quando a
síndrome nos obriga a profundas transformações. É um reencontro das condições
de vida de um filho autista, face a face, onde deixamos transparecer tudo o que
sentimos em algumas décadas, principalmente quando ocorreram desequilíbrios das
nossas emoções.
O cotidiano da existência de quem estava destinado a ser
eternamente criança pela existência de preconceitos a respeito dos autistas e
das pessoas com deficiência, aqui não encontrou abrigo como querem aqueles que,
além de não terem compromisso com a diferença, tentaram nos levar para o
imaginário social, do “não pertencimento”, ao grupo das “pessoas negadas” sem
abertura à tolerância, porque “Eles Cresceram”.
Neste livro, você vai sentir que está em sua casa, que é o
seu lugar de interações, troca de experiências, construção de significados
compartilhados, comportamentos, atitudes com êxito, fracasso, rejeição e
interação, lembrando que o seu filho continua revisando o autismo para servir o
progresso da humanidade e da ciência como modelo emergente.
SITE:
sábado, 27 de julho de 2013
Veja 20 filmes sobre o autismo:
Adam – 2009
Adam, um rapaz com síndrome de asperger, é apaixonado por
astronomia, e passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um único amigo
para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma nova
vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve a
ideia quando ouviu uma entrevista de um homem que sofria da doença. Foi
premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival
do ano seguinte
Um Amigo Inesperado – 2006
História de um menino frágil que sofre de autismo. Seus pais
fazem de tudo para tentar se comunicar com ele, até que um cachorro chamado
Thomas consegue criar uma relação com o menino, que o ajudará a escapar do seu silêncio
Um Time Especial – 2011
Baseado no livro The Legend of Mickey Tussler, o filme conta
a história de um técnico de uma liga juvenil de beisebol que chama um garoto
com autismo para ser seu lançador. Os dois terão que vencer preconceitos e a
rejeição de alguns jogadores do time para seguir em frente
A Mother's Courage: Talking Back to Autism – 2009
Narrado por Kate Winslet, este inspirado filme mostra a
busca de uma mulher para desbloquear a mente de seu filho autista. Margret
encontra os principais especialistas e advogados no assunto e se conecta com
várias outras famílias tocadas pelo autismo. À medida em que se depara com
terapias inovadoras, Margret encontra a esperança de que seu filho possa ser
capaz de se expressar em um nível que nunca pensou ser possível
Ben X: A Fase Final – 2007
Ben é um jovem que sofre da síndrome de asperger e que se
isola em sua própria realidade no mundo de Archlord, um jogo virtual. Seu modo
de vida causa estranheza em seus colegas de classe, que o julgam e não o
aceitam
Ressurreição – 1998
O Nome dela é Sabine – 2007
A atriz Sandrine Bonnaire narra a história da irmã Sabine,
que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Sandrine
testemunha o momento atual de Sabine, que depois de uma estadia infeliz em um
hospital psiquiátrico, passa a viver em uma estrutura adaptada a ela. E, dessa
forma, numa casa na região de Charente, na França, reencontra a felicidade. A
partir desse episódio, o documentário mostra a penúria e o despreparo de
algumas instituições especializadas e as dramáticas conseqüências que podem
causar aos doentes
O Menino e o Cavalo – 2009
Mary e Max: Uma Amizade Diferente – 2009
Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes:
Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos
subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que
vive com síndrome de asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2
continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da
vida. Mary e Max é exploram a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os
bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças
religiosas e muito mais
Código Para o Inferno – 1998
Experimentando a Vida – 1999
Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista que sai
do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck (Aaron
Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental. Molly se
transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de Buck. Mas
esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra completamente da
sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam agora outro grande
desafio
Loucos de Amor – 2005
Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha
Mitchell) sofrem da síndrome de asperger, uma espécie de autismo que provoca
disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os
pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa
seguir um padrão em sua vida, para que possa levá-la de forma normal.
Entretanto, ao conhecer Isabelle em seu grupo de ajuda tudo muda em sua vida
Rain Man – 1988
Testemunha do Silêncio – 1994
Não há pistas, nem motivos, nem suspeitos. E a única
testemunha ocular sabe que nem tudo poderá ser dito. Ele é uma criança autista
de nove anos cujas memórias do brutal massacre de seus pais estão seladas
dentro dele, a não ser que um determinado e carinhoso psicólogo infantil possa
acessá-las
Um Certo Olhar – 2006
Temple Grandin – 2010
Sei Que Vou Te Amar – 2008
Uma Viagem Inesperada – 2004
Quando Corrine descobre que seus dois filhos gêmeos são
autistas, ela fica inconformada, mas acaba aceitando o veredito. Ela então
conta ao marido sobre o fato, e ele lhe diz que não quer lidar com o problema
do autismo. Por isso, Corrine o abandona, e passa a criar os meninos sozinha.
Ela os coloca numa escola e não informa sobre problema dos meninos. Mas a
atitude estranha das crianças faz com que os professores a acusem de maus
tratos e, quando Corrine conta a verdade, eles a mandam procurar outra escola
À Sombra do Piano – 1996
Franny luta por mais de trinta anos para dar apoio e
respeito a Rosetta, sua irmã mais nova, que é autista. Ela acredita que Rosetta
tenha uma intensa vida emocional e intelectual escondida sob o seu rosto
impassível. O principal obstáculo é a mãe, Regina, uma cantora lírica que
abandonou a carreira para se dedicar à família e agora, amarga e ressentida, é
obcecada por controle e carente de adulação.
Gilbert Grape: Aprendiz de Um Sonhador – 1993
Na pequena cidade de Endora, Gilbert cuida de seu irmão
autista Arnie e de sua mãe extremamente obesa. A cidade é calma e a vida segue
seu rumo, até que Becky aparece, e Gilbert se apaixona por ela. Agora ele terá
que lidar com a problemática família ao mesmo tempo em que quer aprender os
segredos da moça.
O Enigma das Cartas (1993)
O Enigma das Cartas (1993)
Quando o marido de Ruth Matthews (Kathleen Turner) morre em
uma queda, quando à noite fazia escavações arqueológicas em umas ruínas maias,
a caçula do casal, Sally (Asha Menina), reage à morte do pai de maneira muito
estranha, pois ao voltar para sua casa não profere uma só palavra. Quando o
comportamento de Sally piora, Ruth se vê obrigada a deixar que Jacob T.
Beerlander (Tommy Lee Jones), um especialista em crianças autistas, examine sua
filha. Jacob tenta tirar Sally da sua desordem mental por métodos tradicionais,
mas Ruth tenta de outra maneira, ao reproduzir em grande escala um castelo de
cartas que sua filha tinha construído. Por mais estranho que seja, Ruth crê que
só assim terá Sally de volta.
Em ''Amor à Vida'', Bruna Linzmeyer interpreta Linda, uma jovem que tem autismo
Um dos temas de Amor à Vida, o autismo é
retratado pela atriz Bruna Linzmeyer, que interpreta a personagem Linda, uma
menina que gosta de brincar no computador, é sensível, carinhosa e afetuosa.
Filha de
Amadeu (Genézio de Barros) e Neide (Sandra Corveloni), que, com medo das
reações da jovem, a superprotegem do mundo, Linda ainda tem que lidar com os
maus tratos da irmã, Leila (Fernanda Machado). A secretária de Pilar (Susana
Vieira) não gosta de dividir o quarto com Linda, faz bullying com a menina e
ainda a critica a todo tempo por não conseguir realizar tarefas consideradas
simples, como arrumar a própria cama e não fazer xixi enquanto dorme.
Para alívio de
Linda, seu irmão, Daniel (Rodrigo Andrade) é um fisioterapeuta disposto a
ajudá-la a conquistar sua liberdade. O assunto ainda promete render emoções e
boa sequências na novela das 21h, de autoria de Walcyr Carrasco. O Terra
selecionou outras obras que já trataram do tema.
terça-feira, 23 de julho de 2013
Drauzio Varella, estreia em agosto um novo quadro sobre AUTISMO no "Fantástico".
O oncologista e colunista da Folha de São Paulo vai tratar sobre o autismo na nova série, abordando casos reais, tratamentos, educação e mercado de trabalho.
A inspiração para o quadro veio da sanção da Lei n.º 12.764, batizada de Lei Berenice Piana, que assegura aos autistas os mesmos direitos das pessoas com necessidades especiais.
A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta terça-feira (23).
A atual novela das 21h da Globo, "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, traz o drama com a personagem Linda, interpretada por Bruna Linzmeyer.
A inspiração para o quadro veio da sanção da Lei n.º 12.764, batizada de Lei Berenice Piana, que assegura aos autistas os mesmos direitos das pessoas com necessidades especiais.
A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta terça-feira (23).
A atual novela das 21h da Globo, "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, traz o drama com a personagem Linda, interpretada por Bruna Linzmeyer.
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