sábado, 26 de maio de 2012

ADOÇÃO


Está nos dicionários da língua portuguesa que, adotar “é um verbo transitivo direto”, uma palavra genérica.
Sempre que dependa de outra situação pode ter seu significado direcionado para: assumir, escolher, optar, aceitar, acolher, admitir, reconhecer, entre outros.
Quando falamos da adoção de pessoa, porém, esse termo ganha significado exclusivo e particular.
Nesta perspectiva adotar significa acolher, mediante a ação legal e por vontade própria, como filho legítimo, uma pessoa desamparada pelos pais biológicos, conferindo-lhe todos os direitos de um filho natural.
Além do significado, do conceito, está a significância dessa ação, ou seja, o valor que ela representa na vida dos indivíduos envolvidos: pais e filhos.
A adoção invariavelmente está vinculada a dor  do abandono, marcado pela condição da pessoa ser criança.
O ato de adotar, excluindo-se os processos biológicos, todo o resto é igual. O amor, ansiedade, desejo, expectativa, espera, a incerteza do sexo, da aparência das condições de saúde, educação, comportamento e conflitos, quase nada se difere da decisão de ter um filho.
Tudo isso acontece nas relações entre pais e filhos, independente de serem biológicos ou adotivos.
O instituto da Adoção é uma modalidade artificial de filiação pela qual se aceita como filho, de forma voluntária e legal, um estranho no seio familiar. 
Só se descobre que a adoção é um tema de extraordinária sensibilidade quando se começa a falar dela, pois transcende todas as variáveis bio, psico, sócio espiritual e procedente do abandono, além de estigmatizada na maioria das vezes pelos modelos políticos injustos.
Dia 25 de maio é celebrado o Dia Internacional da Adoção, tendo seus registros a partir dos povos babilônios, egípcios, caldeus, gregos, hebreus, romanos, germânicos, na Idade Média, Revolução Francesa, nos antigos livros religiosos, na Bíblia, códigos, estatutos, leis, conceitos, ordenamento jurídico e disciplina, sempre influindo culturas.
Em nossos dias o instituto da adoção mudou ao se descobrir que ela nada mais é do que o cultivo da tolerância, quando culmina por se traduzir na aceitação e no acolhimento das diferenças, quer social ou de raça, prevalecendo no seu eixo central à filosofia da solução para aqueles que não têm família.
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Os alunos de primeira série estavam examinando uma foto de família.
Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais.
 Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada.
Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa "ser adotado"?
- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!

Trechos publicados no livro:

 ADOÇÃO - O Parto do Coração

Nilton Salvador

www.clubedeautores.com.br











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