Está nos dicionários da língua portuguesa que, adotar
“é um verbo transitivo direto”, uma palavra genérica.
Sempre que dependa de outra situação pode ter seu
significado direcionado para: assumir, escolher, optar, aceitar, acolher,
admitir, reconhecer, entre outros.
Quando falamos da adoção de pessoa, porém, esse termo
ganha significado exclusivo e particular.
Nesta perspectiva adotar significa acolher, mediante a
ação legal e por vontade própria, como filho legítimo, uma pessoa desamparada
pelos pais biológicos, conferindo-lhe todos os direitos de um filho natural.
Além do significado, do conceito, está a significância
dessa ação, ou seja, o valor que ela representa na vida dos indivíduos
envolvidos: pais e filhos.
A adoção invariavelmente está vinculada a dor do abandono, marcado pela condição da pessoa
ser criança.
O ato de adotar, excluindo-se os processos biológicos,
todo o resto é igual. O amor, ansiedade, desejo, expectativa, espera, a
incerteza do sexo, da aparência das condições de saúde, educação, comportamento
e conflitos, quase nada se difere da decisão de ter um filho.
Tudo isso acontece nas relações entre pais e filhos,
independente de serem biológicos ou adotivos.
O instituto da Adoção é uma modalidade artificial de
filiação pela qual se aceita como filho, de forma voluntária e legal, um
estranho no seio familiar.
Só se descobre que a adoção é um tema de
extraordinária sensibilidade quando se começa a falar dela, pois transcende
todas as variáveis bio, psico, sócio espiritual e procedente do abandono, além
de estigmatizada na maioria das vezes pelos modelos políticos injustos.
Dia 25 de maio é celebrado o Dia Internacional da
Adoção, tendo seus registros a partir dos povos babilônios, egípcios, caldeus, gregos,
hebreus, romanos, germânicos, na Idade Média, Revolução Francesa, nos antigos
livros religiosos, na Bíblia, códigos, estatutos, leis, conceitos, ordenamento
jurídico e disciplina, sempre influindo culturas.
Em nossos dias o instituto da adoção mudou ao se
descobrir que ela nada mais é do que o cultivo da tolerância, quando culmina
por se traduzir na aceitação e no acolhimento das diferenças, quer social ou de
raça, prevalecendo no seu eixo central à filosofia da solução para aqueles que
não têm família.
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Os alunos de primeira série estavam examinando uma foto de família.
Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos
demais.
Alguém logo sugeriu que essa
criança tivesse sido adotada.
Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa "ser adotado"?
- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e
não na barriga!
Trechos publicados no livro:
ADOÇÃO - O Parto do Coração
Nilton Salvador
www.clubedeautores.com.br
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