*Liê e Gabriel Gustavo |
Esse dia passou
meio despercebido por mim, à lida, a correria, mas tenho tanto orgulho do meu
filho, da sua tentativa em estar presente, mesmo às vezes não sabendo como,
tantos porquês.
Penso também nos
milhões de autistas sem oportunidades, ainda esquecidos nos porões dessa
sociedade, imediatista que segrega de maneira cruel essas pessoas.
O caminho parece
tão fácil, investimento, trabalho, métodos, pesquisa, altruísmo.
Mas na verdade o
caminho é espinhoso, pedregoso, quase impossível de seguir.
Mas há em nós
pais, uma insistência de soldado, que vai para guerra, ser herói de sua pátria,
tentamos ser heróis dos nossos filhos autistas.
Criamos
trincheiras para que tenhamos fôlego para vencer a batalha.
Quando ela
termina?
Parece que nunca,
tememos a vida, o presente, o futuro, de morrer antes de vê-los seguros. De
jogar a toalha. De não aguentar o repuxo.
Mas no dia como
esse, onde tentamos plantar na terra árida do amor ao próximo, uma bandeira de
esperança.
Queremos ações com
certeza, queremos atitudes, mas precisamos dos poemas, dos relatos, da
perspectiva de vermos lá no fim do túnel, a tão sonhada Luz.
A mesma luz que
poucos conseguem enxergar em nossos filhos autistas...
Afinal a
humanidade sofre de uma cegueira crônica, vê defeito, onde somente há a
diferença.
Autora
Mãe do Gabriel/autista.
Um comentário:
Belíssimo texto!!!
Olá, Nilton, vi que você me enviou um e-mail para uma conta da bol, porém não a utilizo mais. Um forte abraço! Adoro seu blog. Parabéns!
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