Em menos de três anos de carreira na TV, a beldade já deu vida a uma russa espevitada («Afinal, O Que Querem as Mulheres»), a uma jovem em constante conflito interior («Insensato Coração») e a uma dançarina («Gabriela»); mas o seu maior desafio chega agora.
O realizador Mauro Mendonça Filho fez o convite e o autor Walcyr Carrasco deu «luz verde» para integrar no elenco Bruna, que será Linda, uma jovem que vive no seu próprio mundo e que vai condicionar a vivência da sua família.
Linda é filha de Amadeu (Genézio de Barros) e de Neide (Sandra Corveloni), e é irmã de Leila (Fernanda Machado) e de Daniel (Rodrigo Andrade).
«Eu achava que sabia o que é o autismo. Mas só agora que passei a conviver com pessoas assim e a ler tudo o que encontro sobre o assunto, é que percebo que existe uma profunda falta de informação a respeito», afirmou a actriz, citada pela imprensa brasileira.
Para preparar a personagem, Bruna conviveu com vários autistas e fez «muita leitura» sobre a matéria, a par com workshops da novela e sessões com o «treinador» Sergio Penna.
«Fiz um trabalho individual intelectual e sensitivo, mas precisava embasar isso com a técnica. Coloco tudo em prática com a ajuda do Sergio, que orienta em como me comportar, falar e até na consciência que a personagem tem de sua própria condição», afirmou aos jornais.
Em termos de caracterização, a actriz explica que não tem a menor preocupação. Só precisa de se «despir» da vaidade que domina o meio artístico e, como tal, o seu cabelo está sem corte e as cenas serão filmadas sem maquilhagem.
«Tudo isso tem clarificado minha mente em relação às escolhas que faço. De como me produzo ou me arrumo para determinadas situações e, para outras, escolho estar o mais natural possível. Tem sido um exercício bárbaro», revelou.
Bruna Linzmeyer tem esperança que o seu novo papel possa contribuir para a sensibilização e melhor informação sobre o autismo.
«Nunca estudei com pessoas com deficiência intelectual ou física na escola. Espero que as novas gerações convivam bem com as diferenças desde pequenas, para não ficarem com olhares curiosos quando crescerem», comentou ainda.
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