Observação dos ‘sinais de alarme’ pode
ajudar a identificar casos
Frequente, porém ainda pouco conhecido. Apesar de
uma em cada 50 crianças ser portadora de autismo – segundo dados divulgados
este ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados
Unidos –, o transtorno ainda ocupa um enorme desafio não só para a comunidade
científica, mas para a população em geral. Recentemente, o assunto ganhou
repercussão nacional como um dos temas abordados na novela global “Amor à
Vida”, cuja personagem autista Linda é interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer.
O autismo é, na verdade, um termo utilizado para
descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como
“Transtornos do Espectro Autista”, explica a psicóloga Patrícia Batista Leitão.
Segundo ela, a probabilidade de incidência nos meninos é quatro vezes maior que
nas meninas.
“Há várias formas de manifestação, inclusive com
comprometimentos mais leves ou mais severos. Porém, as causas ainda são
desconhecidas, apesar de sabermos que são genéticas e ambientais, mas ainda não
se sabe exatamente quais os genes envolvidos”, afirma.
Além disso, não existe um exame específico para
detectar o autismo, o que dificulta bastante o diagnóstico.
Izabella Ramos, 37, tem dois filhos, Samuel, 7, e
Danilo, 5, ambos diagnosticados com o transtorno, após muitas tentativas.
“Passamos por diferentes pediatras e neurologistas até conseguir ter o
fechamento. Hoje eles fazem acompanhamento com vários profissionais, mas
independentemente do método, o mais importante são os três ‘as’: amor,
aceitação e afetividade”, ensina a mãe.
Segundo Patrícia, antes mesmo dos 10 meses de vida
já é possível observar sinais que podem indicar o transtorno. “A criança que
não dorme bem, não gosta de ficar no colo, não olha para os adultos quando
brinca, não aponta, merece uma atenção maior”, enumera.
Estímulos. Apesar de não ter cura, o autismo pode
ser minimizado a ponto de todos os sintomas sumirem, ou seja, os déficits do
portador são compensados – o que os médicos chamam de “perder o diagnóstico de
autismo”.
FONTE:
LITZA MATTOS
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