segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Autismo atinge uma a cada 50 crianças, mas ainda é mistério

Observação dos ‘sinais de alarme’ pode 

ajudar a identificar casos


Frequente, porém ainda pouco conhecido. Apesar de uma em cada 50 crianças ser portadora de autismo – segundo dados divulgados este ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos –, o transtorno ainda ocupa um enorme desafio não só para a comunidade científica, mas para a população em geral. Recentemente, o assunto ganhou repercussão nacional como um dos temas abordados na novela global “Amor à Vida”, cuja personagem autista Linda é interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer.
O autismo é, na verdade, um termo utilizado para descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro Autista”, explica a psicóloga Patrícia Batista Leitão. Segundo ela, a probabilidade de incidência nos meninos é quatro vezes maior que nas meninas.
 “Há várias formas de manifestação, inclusive com comprometimentos mais leves ou mais severos. Porém, as causas ainda são desconhecidas, apesar de sabermos que são genéticas e ambientais, mas ainda não se sabe exatamente quais os genes envolvidos”, afirma.
Além disso, não existe um exame específico para detectar o autismo, o que dificulta bastante o diagnóstico.

Izabella Ramos, 37, tem dois filhos, Samuel, 7, e Danilo, 5, ambos diagnosticados com o transtorno, após muitas tentativas. “Passamos por diferentes pediatras e neurologistas até conseguir ter o fechamento. Hoje eles fazem acompanhamento com vários profissionais, mas independentemente do método, o mais importante são os três ‘as’: amor, aceitação e afetividade”, ensina a mãe.
Segundo Patrícia, antes mesmo dos 10 meses de vida já é possível observar sinais que podem indicar o transtorno. “A criança que não dorme bem, não gosta de ficar no colo, não olha para os adultos quando brinca, não aponta, merece uma atenção maior”, enumera.

Estímulos. Apesar de não ter cura, o autismo pode ser minimizado a ponto de todos os sintomas sumirem, ou seja, os déficits do portador são compensados – o que os médicos chamam de “perder o diagnóstico de autismo”.

FONTE:
LITZA MATTOS

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