VÍDEO no endereço abaixo:
http://pt.euronews.com/2014/01/22/rene-e-o-portugues-zeca-ajudam-criancas-com-autismo/
Um pouco por todo o mundo existem projetos em
desenvolvimento para ajudar crianças autistas com recurso a robôs. Em Portugal,
no Minho, está em desenvolvimento o “Zeca”, cujo nome é a sigla da expressão
inglesa Zeno Engaging Children with Autism.
O projeto luso foi iniciado em 2009, é ainda
experimental e resulta de uma parceria entre a Universidade do Minho e a
representação de Braga da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
Deficiente Mental. Na página de Facebook do projeto (Robótica-Autismo), lê-se
que está a decorrer o segundo estudo piloto com o “Zeca”, o robô produzido pela
Hanson Robotics, que é capaz de simular sentimentos como tristeza, admiração ou
alegria e cujo objetivo é melhorar a vida social das crianças autistas.
Na Croácia, encontrámos o “Rene”, um robô
desenvolvido pela Faculdade de Ciências de Educação e Reabilitação da
Universidade de Zagreb. Através de uma câmara, um microfone e altifalantes, o
“Rene” regista a voz das crianças e avalia a forma como elas estabelecem contacto
pelo olhar e como reagem na presença dos pais. As crianças autistas têm
dificuldade de interação social. Por isso, é mais fácil para elas interagir com
uma máquina.
“O objetivo do projeto é desenvolver o protocolo
robótico de diagnóstico de autismo. Isto consiste em juntar o clínico e o robô
na avaliação, num género de equipa “cyborg” (mecânica e humana) que estabelece
o diagnóstico da chamada Desordem de Espetro Autista”, explica a investigadora
Maja Cepanec, da Faculdade de Ciências de Educação e Reabilitação, de Zagreb,
explicando que o o plano é “realizar-se este tipo de protocolo com crianças
autistas e crianças em normal desenvolvimento”.
“Queremos ter a certeza de que vamos conseguir
identificar os comportamentos corretos e de que fazemos o tipo de análise que
nos vai permitir separar estes dois grupos de crianças”, acrescenta Maja
Cepanec.
Os informáticos programam o robô de acordo com as
reações das crianças, permitindo que os sinais de autismo possam ser melhor
detetados. O “Rene” envia às crianças estímulos simples, padronizados e de
forma repetida, o que as ajuda a focarem-se numa única e clara mensagem, sem as
variáveis humanas, que muitas vezes as confundem.
Marija Cukelj é mãe de uma criança autista e aprova
o recurso à robótica. “O Filip, por acaso, observou o robô com atenção, o que
não é habitual. Ele, normalmente, anda a correr por todo o lado e a atenção em
algo não dura mais do que breves segundos. Mas quando viu o robô, olhou para
ele, sentou-se, estudou-o e ficou muito interessado”, conta esta mãe de uma
criança autista.
Os cientistas ressalvam, contudo, que a ideia por
trás desta tecnologia não é a de substituir os clínicos, mas sim ajudar de
forma inovadora os profissionais humanos, em colaboração com as máquinas, a
reunir informação e a codificar os comportamentos das crianças com autismo.
FONTE:
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2014 euronews
http://pt.euronews.com/2014/01/22/rene-e-o-portugues-zeca-ajudam-criancas-com-autismo/
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