sábado, 29 de março de 2014

Estudo mostra áreas desorganizadas em cérebros de autistas



 Pesquisadores anunciaram a descoberta de anormalidades em algumas das camadas do cérebro de crianças com autismo, indicando que as origens do transtorno podem estar no início do desenvolvimento fetal.
Utilizando uma coleção única de marcadores moleculares aplicados ao cérebro de crianças que já haviam morrido, eles encontraram áreas na superfície do órgão nas quais faltavam certos componentes celulares.
Células cerebrais ainda estavam presentes nessas áreas, mas elas não possuíam determinadas proteínas que são encontradas em cérebros normais, disse Rich Stoner, um dos autores do artigo, publicado ontem na revista científica "New England Journal of Medicine".
A equipe analisou cérebros de crianças entre 2 e 15 anos que haviam morrido. As áreas suspeitas foram encontradas em 10 dos 11 indivíduos que haviam sido diagnosticados com autismo, mas não foram encontradas em 10 de 11 crianças que não haviam recebido esse diagnóstico.
As áreas anormais apareceram em diferentes lugares nos cérebros analisados. Segundo Stoner, isso se encaixa com o fato de que os sintomas do autismo podem variar de pessoa para pessoa.
"A coleção de sintomas de cada paciente pode depender fortemente do lugar onde essas áreas estão e de quantas elas são", acrescentou o pesquisador da Universidade da Califórnia em San Diego. "Mas nós não sabemos como essas áreas anormais afetam o comportamento".
Nos EUA, cerca de uma em cada 68 crianças possui o diagnóstico de transtorno do espectro autista.
"É um estudo bastante interessante", disse Sophie Molholm, professora do Colégio de Medicina Albert Einstein. "O que eles mostraram é que certas regiões do córtex cerebral implicadas no autismo já possuem uma organização inusual bastante sugestiva dos sintomas do transtorno".
A equipe de pesquisadores já havia descoberto que crianças com autismo tendem a ter cérebros mais pesados e 67% mais neurônios no córtex pré-frontal, região do cérebro que possui importante papel no comportamento social e na expressão pessoal.
FONTE:
http://www.jornalfloripa.com.br/cienciaevida/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=12367
Foto: Google - arquivo do Blog. 

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