Alterações na
organização dos neurônios do córtex, a camada mais superficial do
cérebro, podem estar ligadas ao surgimento do autismo, grupo de
problemas que prejudicam a capacidade de comunicação e relacionamento,
de causas ainda pouco compreendidas.
Em um estudo recente, pesquisadores
examinaram o cérebro de 22 crianças mortas com idade entre 2 e 15 anos,
metade diagnosticada com autismo. Usando marcadores moleculares, eles
observaram manchas incomuns nos lobos temporal e pré-frontal de 10 dos
11 cérebros de autistas — essas regiões influenciam o comportamento
social e a expressão pessoal.
As manchas não foram observadas nos
cérebros de 10 das 11 crianças sem autismo (NEJM, março 2014).
Segundo os pesquisadores, as manchas indicariam falhas no
desenvolvimento do córtex, que começa a se formar por volta do quinto
mês de gestação.
A equipe ainda não sabe as causas dessas alterações nem
como elas afetam o comportamento. Uma hipótese é que estariam
associadas a fatores genéticos, ambientais ou mesmo a falhas na divisão
das células cerebrais.
Edição 218 - Abril de 2014
Foto: Google
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