Um professor português de uma universidade
canadense desenvolveu uma vacina contra uma bactéria intestinal em crianças
autistas, uma solução que irá permitir maior qualidade de vida aos portadores
daquela deficiência.
"Noventa por cento das crianças com autismo
sofrem de diarreia e de constipações intestinais severas. Muitas usam fraldas
ainda aos cinco e seis anos de idade, quando vão para a escola, devido a certas
bactérias que existem nos intestinos dessas crianças com autismo", começou
por explicar à agência Lusa Mário Monteiro, de 48 anos, professor de química da
Universidade de Guelph, no sudoeste do Canadá.
Esta solução permite melhorar os cuidados de saúde,
já que "o tratamento constante à base de antibióticos trazem outros
problemas", salientou o imigrante português, que nasceu em Gouveia,
distrito da Guarda, e vive no Canadá desde 1981.
Mário Monteiro disse que a sua equipa de vacinas da
Universidade de Guelph está agora a desenvolver medicamentos que podem melhorar
a condição das crianças autistas, com uma "nova geração de vacinas",
que pode representar "um grande passo contra uma das responsáveis pela acentuação
dos sintomas de autismo".
Estão em curso a decorrer ensaios preliminares da
vacina, um projeto que já foi saudado por outras organizações da área.
Este trabalho já foi reconhecimento pela
organização britânica vaccinenation.org em colaboração com a World Vaccine
Congress na área das vacinas.
Em 2014, Mário Monteiro foi distinguido por aquele
organismo como uma das 50 pessoas mais influentes em termos globais, na área
das vacinas. Na lista encontram-se nomes como Bill Gates, fundador da Microsoft,
do primeiro-ministro da Índia Shri Narendra Modi, e de Bruce Aylward,
coordenador da Organização Mundial de Saúde na reação ao ébola na África
Ocidental.
"A responsabilidade acrescida (da distinção) é
bem-vinda. Espero que governos e companhias farmacêuticas estejam mais
dispostas a ajudar a ciência ", concluiu.
Mário Monteiro é também um dos poucos
investigadores de açúcares complexos, existentes nas superfícies das bactérias.
A sua vacina para proteger as pessoas contra a
Campylobacter jejuni, umas das principais bactérias que causa doenças
intestinais transmitidas por alimentos em termos globais, foi aprovada para
testes clínicos nos Estados Unidos, com a primeira fase a iniciar-se em maio de
2015.
FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/334648/portugues-cria-vacina-para-doenca-associada-ao-autismo
Um comentário:
Até que enfim algo que valha em relação a vacinas e autismo. Levo fé e torço para que dê muito certo. Meu filho está entre os muitos autistas com constipação crônica intestinal. Sei bem o que é isso!
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