Um estudo com 30 mães de pessoas com autismo
mostrou que 70% delas apresentavam altos níveis de estresse. As mães, que
tinham entre 30 e 56 anos de idade, quando consultadas sobre os comportamentos
dos filhos com os quais se julgavam mais eficazes para lidar, apontaram os
movimentos estereotipados dos filhos, o grande tempo gasto em uma atividade
particular e a insistência para que as coisas sejam feitas de uma determinada
maneira. “O estresse psicológico constitui-se em um processo no qual o
indivíduo percebe e reage a situações consideradas por ele como desafiadoras,
que excedem seus limites e ameaçam o seu bem-estar”, descrevem os pesquisadores
Carlo Schmidt e Cleonice Bosa, autores do estudo “Estresse e autoeficácia em
mães de pessoas com autismo”.
A autoeficácia é descrita no estudo como o
julgamento do sujeito sobre sua habilidade para desempenhar com sucesso um
padrão específico de comportamento. “A natureza crônica do autismo tende a
acarretar dificuldades importantes no que tange à realização de tarefas comuns,
próprias da fase de desenvolvimento dessas pessoas”, explicam os autores.
Carlo Schmidt e Cleonice Bosa ressaltam ainda que a
compreensão da relação entre autismo e estresse familiar não pode ser baseada
em relações lineares entre possíveis causas e efeitos. As explicações sobre
como esses dois fatores estão relacionados, defendem os pesquisadores, devem
levar em conta diversos outros fatores envolvidos no processo de adaptação da
família a uma condição crônica, como o autismo.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blog
http://www.meunomenai.com
Para conhecer o estudo completo, acesse o link:
http://seer.psicologia.ufrj.br/index.php/abp/article/view/88/101
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