sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Bendito Espectro: Autismo é para ser falado
Bendito Espectro: Autismo é para ser falado: Bote a boca no trombone, sim! (Google Imagens) O uso da palavra “autismo” pela primeira vez data do início do século XX, em 1908, ma...
sábado, 26 de novembro de 2016
VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS : Seminário Nacional sobre Autismo
VIVÊNCIAS AUTÍSTICAS : Seminário Nacional sobre Autismo: http://radios.ebc.com.br/revista-brasilia/edicao/2016-11/seminario-nacional-sobre-autismo-reune-especialistas-em-brasilia
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Seminário Nacional sobre Autismo
http://radios.ebc.com.br/revista-brasilia/edicao/2016-11/seminario-nacional-sobre-autismo-reune-especialistas-em-brasilia
domingo, 13 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
A Tismoo é a primeira startup que usa sequenciamento genético para entender e tratar o autismo no Brasil
Alysson Muotri, da Tismoo:
“Abrimos a empresa sem saber ao certo se teríamos mercado para o que estávamos oferecendo”.
|
Alysson Muotri é um cientista que resolveu mudar
essa lógica e criou, ele mesmo, a empresa que levaria a inovação desenvolvida
em seu laboratório para o mercado. Há poucos meses, ele e mais seis sócios
fundaram a Tismoo, a primeira startup de medicina personalizada especializada
em casos de autismo e doenças neurogenéticas. Ao lado de Alysson no
empreendimento estão as biólogas Graciela Pignatari e Patrícia Beltrão Braga, o
neurologista Carlos Gadia, o cientista da computação Roberto Herai, o
publicitário Gian Franco Rocchiccioli e o advogado Marco Antonio Innocenti.
Lançada em abril de 2016, a startup de biotecnologia
(ou “biotech”, num paralelo com “fintech“) nasceu depois de dois anos de
planejamento e com o investimento de 3 milhões de reais retirado do bolso dos
próprios sócios. Seis meses depois do lançamento, a Tismoo — que oferece
mapeamento e aconselhamento genético — já realizou cerca de 50 análises
completas do genoma de pacientes, que geraram um faturamento de 600 mil reais.
Alysson conta que ele e os sócios consideram estes números extraordinários:
“Ficamos surpresos, pois não esperávamos uma
procura tão rápida. Abrimos a empresa sem saber se teríamos mercado para o que
estávamos oferecendo”
A seu ver, o sucesso imediato da Tismoo pode ser
explicado por dois fatores: a carência de informação e alternativas de
tratamento para o autismo e o fato de o brasileiro ter um interesse natural por
tecnologia e inovação.
AUTISMO: UM MERCADO DELICADO E POUCO ATENDIDO
Com um caso a cada 50 nascimentos, o autismo é tão
frequente quanto é desconhecido. Até o momento, não existe nenhum tratamento
capaz de eliminar a condição e, quanto mais os cientistas a pesquisam, mais a
doença se mostra complexa. Hoje, já se sabe que existem mais de 300 genes
envolvidos na ocorrência do autismo. Isso significa que o autismo se apresenta
de formas muito variadas. Ou seja, assim como o câncer, existem tipos
diferentes de autismo.
Equipe Tismoo, da esquerda para a direita: Carlos
Gadia, Marco Antonio Innocenti, Alysson Muotri, Graciela Pignatari, Patrícia
Beltrão Braga, Roberto Herai e Gian Franco Rocchiccioli (foto: Lu Carmada).
Pai de um garoto autista, Alysson se formou em
Ciências Biológicas pela Unicamp, fez doutorado em Genética na USP e, em 2002,
mudou-se para a Califórnia, em pleno Vale do Silício, para realizar o
pós-doutorado no Instituto Salk Para Pesquisas Biológicas. Inserido num
ambiente que respira inovação e empreendedorismo, ele desenvolveu sua pesquisa
que tem como base a reprogramação celular. Com pinta de ficção científica, o
que ele faz em seu laboratório é criar minicérebros que servem de modelo para
testar novos tratamentos contra o autismo.
Os fundadores da Tismoo: Carlos Gadia, Marco Antonio Innocenti, Alysson Muotri, Graciela Pignatari, Patrícia Beltrão Braga, Roberto Herai e Gian Franco Rocchiccioli (foto: Lu Carmada). |
Antes de fundar a Tismoo, Alysson tentou uma parceria
com o governo brasileiro para criar o primeiro centro de estudo do autismo que
levasse em conta as características genéticas da população brasileira. Como a
parceria não foi para frente, ele decidiu tocar o projeto com a iniciativa
privada (no caso, o seu próprio bolso e dos outros cientistas e pesquisadores
que entraram como sócio). Ao que tudo indica, a decisão foi acertada.
Se continuar nesse ritmo, os sócios da Tismoo
esperam recuperar o investimento em dois anos e já planejam ampliar as
atividades. “Em 2017, abriremos dois novos escritórios nos Estados Unidos, um
em San Diego e outro em Miami”, adianta Alysson, que é cientista e já fala como
empreendedor. “Também já tivemos interessados no Japão, China e Índia.”
Do background como cientista, somado à curta
experiência como cofundador de startup, Alysson já aprendeu que uma lição
importante funciona nos dois universos: é errando que se aprende e adaptar-se é
fundamental. “Dizemos que a Tismoo é uma startup porque estamos começando e
sabemos que vamos cometer erros, estamos prontos para isso. O tipo de serviço
que a gente oferece é muito novo. A gente sabe que vai errar no caminho até
encontrar a melhor fórmula de fazer isso e vamos nos adaptar”, diz. Atualmente
a startup oferece três tipos de mapeamento genético:
1) O mapeamento completo do genoma, chamado T-Gen®,
custa 30 050 reais.
2) O mapeamento do Exoma, em que são analisados os
genes conhecidos, o que representaria 1% do material genético, chamado de
T-Exon®, sai por 9 900 reais.
3) O mapeamento de um painel dos 350 genes mais
comuns relacionados ao autismo (feito visando identificar se há mutação em
algum deles), chamado T-Panel®, sai por 8 950 reais.
Além dos testes, oferece também o serviço de
monitoramento e análise do que surge na literatura médica mundial a respeito do
autismo e das doenças neurogenéticas. “Sempre que um estudo novo sobre
determinada mutação é publicado, em qualquer lugar do mundo, nós olhamos e
verificamos se isso pode ser interessante para algum dos nossos pacientes”, diz
Alysson. É uma espécie de pós-venda permanente.
QUANDO A INFORMAÇÃO PRECISA VIR MUITO ANTES DA
VENDA
Alysson considera o maior desafio da Tismoo é
conscientizar familiares e médicos que tratam crianças com autismo de que a
análise genética e o aconselhamento são ferramentas que têm potencial para
ajudar no tratamento desses pacientes e, até mesmo, evitar que os pais tenham
outro filho com a doença.
Um mero sequenciamento de genoma produz 1 Tera (ou
1.000 Gigas) de informação: a Tismoo analisa e traduz isso para médico e
paciente.
“Há exemplos muito concretos, na literatura médica, de pessoas que tinham um tipo de autismo desconhecido e, depois de fazer o sequenciamento, descobriram o gene causador do problema. É importante saber, pois pode ser que já exista uma medicação que neutralize bem aquela mutação específica”, diz ele.
Até o momento, a maior parte dos cerca de 50
mapeamentos já realizados pela Tismoo foram sequenciamentos completos do
genoma. A maioria dos clientes, até o momento, são famílias de classe AB que já
tentaram de tudo e continuam buscando tratamentos que melhorem a vida de
crianças com autismo.
O mapeamento completo é o serviço mais caro o que,
além de ajudar no faturamento, também permite à startup criar e abastecer um
banco de dados do material genético dos brasileiros (o que, lá atrás, Alysson
sugeriu fazer em parceria com o governo). Pode até parecer, mas a startup não é
só um laboratório de análise genética:
“A análise dos genes é apenas a porta de entrada
para o que a gente chama de medicina personalizada. Somos um laboratório de
medicina personalizada”
Alysson também conta que, além de fornecer uma
análise com foco no espectro autista, a Tismoo oferece um material altamente
detalhado e em linguagem acessível para médico e paciente. Isso porque o
sequenciamento genético gera quase um Terabyte (o equivalente a 1 000
Gigabytes) de informação e — ao contrário do resultado de um exame de análises
clínicas, por exemplo, que tem o resultado expresso em números e parâmetros bem
definidos — a análise genética precisa ser interpretada.
“A gente começa pelo mapeamento genético mas não
paramos por aí. A partir disso é que vamos fazer a recomendação de qual seria o
próximo passo. O tipo de resultado que a gente mostra não é só uma descrição. A
gente conta uma história, é mais mastigado, tanto o médico como o paciente vão
entender o laudo. E se não entenderem, a gente vai sentar e explicar tudo
detalhadamente, porque tudo parte dessa personalização”, afirma Alysson.
O FUTURO DA TISMOO E DO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO
Tornar-se uma biotech generalista não está nos
planos da Tismoo. Segundo o cofundador, a startup quer continuar sendo
específica e focando no autismo e nas doenças neurogenéticas. A seu ver, a
tendência é que à medida que a tecnologia vá se popularizando, o custo dos
testes acabe caindo:
“Acredito que em dez anos o sequenciamento genético
vai estar muito mais presente na vida das pessoas.
Um dia, vai substituir o
teste do pezinho”
Ele prossegue: “Você terá seu genoma sequenciado ao
nascer e, ao longo da vida, diversos especialistas vão olhar para aquele
material e ajudá-lo a entender, por exemplo, o seu risco de desenvolver
doenças, aconselhando-o caso você possa passar alguma falha genética para seus
filhos etc. É uma área que vai explodir”.
Apesar de empreender no Brasil, e ao lado de
brasileiros, Alysson continua vivendo na Califórnia. De lá, dedica algumas
horas da semana para analisar, junto com o time da Tismoo (que tem 10
funcionários), o resultado dos testes. A cada dia, ele fica mais confortável
com a condição de cientista-empreendedor: “No fim, o que a gente quer é isso:
ver as descobertas científicas virando produtos que possam ajudar as pessoas a
viver melhor”. Que mais cientistas tomem este caminho.
Projeto: Tismoo
O que faz: Usa biotecnologia e medicina
personalizada para estudar e tratar autismo e doenças neurogenéticas
Sócio(s): Alysson Muotri, Graciela Pignatari,
Patrícia Beltrão Braga, Carlos Gadia, Roberto Herai, Gian Franco Rocchiccioli e
Marco Antonio Innocenti
Funcionários: 10
Sede: São Paulo
Início das atividades: abril de 2016
Investimento inicial: R$ 3 milhões
Faturamento: R$ 600.000 (primeiros seis meses de
operação)
Contato: alysson@tismoo.com.br
FONTE:
Cecilia Valenza - 8 de novembro de 2016
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Especialista produz livros sobre inclusão
Psicopedagogo, Eugênio Cunha
fala para educadores e
pais sobre o tema
Histórias como as do garoto não são raras com
crianças autistas e portadoras de deficiências. Há 22 anos o doutor em educação
e psicopedagogo Eugênio Cunha, do Objetivo Camboinhas, identificou em salas de
aula a exclusão que vivem esses pequenos e resolveu se debruçar sobre o tema.
— Há 20 anos havia pouca informação sobre o assunto
e o que tinha era voltado para a área médica, não a educacional. Desenvolvi
livros para educadores e pais — explica o professor, autor de “Autismo e
inclusão — Psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família”;
“Autismo na escola — Um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de
ensinar”, “Práticas pedagógicas para a inclusão e a diversidade” e “Afeto e
aprendizagem”.
O especialista defende que a melhor maneira de
educar essas crianças é não excluí-las dos meios em que vivem, principalmente
da escola.
— A educação tem de ser inclusiva, na mesma sala
que os outros alunos, com exceção de certos casos — diz o educador.
A inclusão de portadores de deficiência nas escolas
é garantida pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, que determina que as
escolas têm que estar preparadas para atender alunos com necessidades
especiais, diz Lima:
— Vale para instituições públicas e privadas. Falo
para os pais conhecerem a lei e procurarem uma inserção de qualidade para seus
filhos.
Fonte: Carolina Farias
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/especialista-produz-livros-sobre-inclusao-20378830#ixzz4OgFjc900
Instituto Autismo e Vida: Autismo & Vida na 62ª Feira do Livro de Porto Aleg...
Instituto Autismo e Vida: Autismo & Vida na 62ª Feira do Livro de Porto Aleg...: O Autismo & Vida participa mais uma vez das atividades da Estação Acessibilidade da Feira do Livro de Porto Alegre . Realizaremos dura...
domingo, 30 de outubro de 2016
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Novo laboratório em SP cria 'minicérebros' para tratamento de autismo
Pesquisadores
analisam genes de cada paciente para prever remédios cada vez mais certeiros
para luta contra a doença.
Por Carolina Dantas, do G1
26/09/2016
Um novo
laboratório localizado em São Paulo criará “minicérebros” para ajudar no
tratamento personalizado de pacientes com autismo.
Inaugurado, a startup de biotecnologia Tismoo é uma parceria entre o
biólogo molecular Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, e a professora
Patrícia Beltrão Braga, da USP. Eles pretendem, por meio da análise genética
dos pacientes, obter um tratamento mais certeiro para a doença.
De acordo com
Muotri, o laboratório é o primeiro do tipo no mundo. O passo inicial do
tratamento é fazer a análise genética detalhada de cada indivíduo ou família, e
detectar a mutação que causou o autismo. Ele defende que a técnica, em alguns
casos, seja feita pelo menos com o pai, mãe e filho -- no caso de o casal
desejar um segundo filho, isso é importante.
(Foto: Tismoo/Divulgação)
Primeiro
laboratório é parceria entre pesquisadores
O último passo
é o dos “minicérebros”. Com o mapa genético do paciente em mãos, é feita uma
reprogramação celular por meio de células-tronco e são criados esses
"minicérebros" com a genética do autista. São pequenas estruturas de
neurônios que recriam em certa medida o funcionamento cerebral. Desta forma, é
possível testar quantos medicamentos forem necessários para o tratamento.
Mas o
"minicérebro" não tem uma estrutura completa e não é um cérebro em miniatura.
Ele não tem consciência, mas simula de forma rudimentar o tipo de organização
que existe no cérebro humano.
A vantagem de
usar "minicérebros" em laboratório é que eles crescem como culturas
de células e formam naturalmente uma estrutura em camadas – similar à que
existe no córtex, a superfície do cérebro, responsável pelo processamento mais
sofisticado de informações no sistema nervoso.
Possuindo
tamanho médio em torno de 30 micrômetros — largura de um fio de cabelo de bebê
– essas estruturas são maiores que os grupos isolados de neurônios em cultura
de células bidimensionais. É possível, assim, medir os impulsos elétricos que
trafegam por essa estrutura e verificar se estão ocorrendo de forma normal.
“Você pode
criar 100 ou 200 'minicérebros', gerados a partir de células-tronco. E com isso
pode testar 100 drogas ao mesmo tempo, o que é uma coisa que jamais um médico
conseguiria em um ser humano”, explicou Muotri.
Por enquanto,
o laboratório deverá focar no tratamento de autismo. Muotri diz que, no futuro,
devem expandir para outras síndromes.
Minicérebros
(Foto: Editoria de Arte/G1)
sábado, 24 de setembro de 2016
Quando o Autismo é mal lembrado
O Dia Nacional de Luta da Pessoa
com Deficiência foi instituído em 2005 para coincidir com o quase esquecido Dia
da Árvore em 21 de setembro, representando o renascer das plantas, que
simbolizam o sentimento de renovação das reivindicações em prol da cidadania,
inclusão e participação plena na sociedade.
O mundo vai demorar a esquecer
dos esforços dos paratletas autistas ou não, competindo na Paralimpíada, unidos
em mente, corpo e espírito de luta.
O som emanando dos dedos
renascidos do maestro João Carlos Martins ao piano, e da interpretação do tenor
Saulo Laucas, cego e autista cantando o Hino Nacional, são provas da existência
divina. Inspiradoras formas de ver os
talentos das pessoas com deficiência, cada uma no seu jeito de ser.
Em uma entrevista ao canal de TV
Globo News, na sua primeira semana como presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), a ministra Cármen Lúcia expressou que a sociedade poderia esperar
empenho dos ministros, porque eles “não eram autistas, e sim cidadãos”, o chocando
o universo autista.
A reação de pais e interessados foi
imediata e com críticas recriminadoras, algumas até exacerbadas contra o
deslize da ministra. Também se manifestaram o Movimento Orgulho Autista do
Brasil, a OAB - seccional de Brasília, ONGs, associações e grupos afins.
Diante da reação negativa a ministra divulgou um pedido
de desculpas, dizendo em sua nota, que reconhece o mau uso da palavra “autista”
e destacadamente: “sem qualquer motivação de ofensa ou desqualificação – à
condição autista”.
Recebi, diz a ministra, “manifestações
– justas e motivadas – de que o uso era indevido e poderia ser interpretado
como ofensivo.” “Peço desculpas por isso e esclareço, ainda uma vez, que jamais
tive qualquer intenção de ofender ou de manifestar discriminação” e mais,
afirmando que tem “experiência familiar” embora não citando o grau de
parentesco.
O candidato mais cotado nas
pesquisas para ser prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella e também
senador da República, ao responder uma entrevista sobre ônibus e vans, afirmou:
...“Não vou ser governo “autista”, essas coisas todas precisam ser feitas”...
Critica por pais e interessados pelo
mau uso da palavra autista de forma pejorativa e preconceituosa, divulgou vídeo
dizendo que: "Gostaria de pedir desculpas por um descuido durante uma
entrevista, na qual usei a palavra autista de forma inadequada. Em nenhum
momento tive a intenção de ofender. O combate ao preconceito começa quando
temos a humildade de admitir que erramos. Por isso, reitero minhas
desculpas.". Na eleição anterior o candidato chamou o prefeito Cesar Maia
de autista. Agora ratificou o mau uso da palavra.
Posso não ter percebido, mas não
vi a Secretária Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério
da Justiça e Cidadania, Rosinha da Adefal emitir opinião ou se manifestar no
episódio da ministra e do candidato a prefeito do Rio de Janeiro.
Pais de autistas formam uma
comunidade forte, porém pulverizada e com pouca força política, tendo em vista
os cuidados às suas famílias, que são afetados de diversas formas pela
dedicação aos filhos, abandonados pelo governo e impedidos de contribuir para o
crescimento do país enquanto sofrem de desesperança.
O autista não constitui uma
classe diferenciada de pessoas. Moram no Brasil, não tem outra mãe, não é outro
filho e também é um cidadão. Não nos cabe fazer juízo de valor para o que aconteceu,
e menos ainda querer coloca-los na vitrine da compaixão, mas sim prosseguir na
luta para que não sofram mais do que o inevitável.
A delicadeza da ministra Cármen Lúcia se
desculpando foi um alento, porém não aliviou as dores dos pais pelo impacto da afirmação,
esperançosos de que a autoridade máxima da nossa Justiça, e pessoa pública, um
dia exemplifique para a nação o que é preconceito e discriminação à luz da lei.
Nilton Salvador
Pai de Autista
sexta-feira, 8 de julho de 2016
19 filmes que trazem o Autismo e o Asperger: preparados para assistir?
Filmes são sempre uma boa pedida e, consequente,
uma boa dica. Estão prontos para nossa lista com 19 filmes sobre Autismo?
Alguns são mais antigos e abordam o tema da relação com os pais, outros relatam
algumas outras relações valiosas, como com animais e com esportes.
Listamos dos mais antigos aos mais recentes:
1. Rain Man (1988)
O insensível Charlie Babbitt espera receber uma
grande herança após a morte de seu pai, a quem ele não vê há anos. Mas Raymond
(Dustin Hoffman), seu irmão mais velho, internado em uma instituição médica,
alguém cuja existência Charlie ignorava até então, é quem recebe toda a
fortuna. Raymond é um “autista sábio” com habilidades mentais seriamente
limitadas em algumas áreas, mas com capacidade de gênio em outras. Quando
Charlie rapta Raymond, a longa e maluca viagem atravessando o país, rumo a Los
Angeles, ensina a ambos algumas lições sobre a vida
2. Gilbert Grape: Aprendiz de Um Sonhador (1993)
Na pequena cidade de Endora, Gilbert cuida de seu
irmão autista Arnie e de sua mãe extremamente obesa. A cidade é calma e a vida
segue seu rumo, até que Becky aparece, e Gilbert se apaixona por ela. Agora ele
terá que lidar com a problemática família ao mesmo tempo em que quer aprender
os segredos da moça.
3.Testemunha do Silêncio (1994)
Não há pistas, nem motivos, nem suspeitos. E a
única testemunha ocular sabe que nem tudo poderá ser dito. Ele é uma criança
autista de nove anos cujas memórias do brutal massacre de seus pais estão
seladas dentro dele, a não ser que um determinado e carinhoso psicólogo
infantil possa acessá-las.
4. À Sombra do Piano (1996)
Franny luta por mais de trinta anos para dar apoio
e respeito a Rosetta, sua irmã mais nova, que é autista. Ela acredita que
Rosetta tenha uma intensa vida emocional e intelectual escondida sob o seu
rosto impassível. O principal obstáculo é a mãe, Regina, uma cantora lírica que
abandonou a carreira para se dedicar à família e agora, amarga e ressentida, é
obcecada por controle e carente de adulação.
5. Código Para o Inferno (1998)
Art Jeffries (Bruce Willis), um renegado agente do
FBI, combate inescrupulosos agentes federais para proteger Simon, um garoto
autista de 9 anos, que desvendou um “indecifrável” código secreto. Ele consegue
ler o Mercury, um avançado código criptográfico do governo americano, tão
facilmente, quanto outros garotos lêem inglês. Essa habilidade, torna
vulnerável esse código de 1 bilhão de dólares, especialmente se os inimigos do
governo descobrirem Simon e o capturarem. Nick Kudrow (Alec Baldwin), chefe do
projeto Mercury, ordena que a “ameaça” seja eliminada, sem imaginar que
Jeffries está envolvido.
6. Ressurreição (1998)
Conta a história de uma jovem mulher (Loretta), que
vive em Chicago com sua mãe e dois filhos, uma delas (Tracy) tem autismo. Por
insistência da mãe, Loretta vai passar o verão com as filhas em uma
cidadezinhade interior, onde vivem seu tio e sua tia (que têm alzheimer).
Durante sua estadia, aprende a lidar melhor com os problemas dos filhos e os
seus próprios.
7. Experimentando a Vida (1999)
Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista
que sai do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck
(Aaron Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental.
Molly se transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de
Buck. Mas esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra
completamente da sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam
agora outro grande desafio.
8. Uma Viagem Inesperada (2004)
Quando Corrine descobre que seus dois filhos gêmeos
são autistas, ela fica inconformada, mas acaba aceitando o veredito. Ela então
conta ao marido sobre o fato, e ele lhe diz que não quer lidar com o problema
do autismo. Por isso, Corrine o abandona, e passa a criar os meninos sozinha. Ela
os coloca numa escola e não informa sobre problema dos meninos. Mas a atitude
estranha das crianças faz com que os professores a acusem de maus tratos e,
quando Corrine conta a verdade, eles a mandam procurar outra escola.
9. Loucos de Amor (2005)
Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson
(Radha Mitchell) sofrem da síndrome de asperger, uma espécie de autismo que
provoca disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os
pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa
seguir um padrão em sua vida, para que possa levá-la de forma normal.
Entretanto, ao conhecer Isabelle em seu grupo de ajuda tudo muda em sua vida.
10. Um Certo Olhar (2006)
Alex Hughes, um ex-presidiário, está viajando para
Winnipeg para ver um velho amigo. Ao longo do caminho, ele encontra o chato,
mas vivaz, Vivienne Freeman que consegue pegar uma carona com ele, mas o
veículo de Alex sofre um sério acidente, que mata Vivienne. Alex decide então
falar com a mãe de Vivienne e vai até sua casa. Lá, ele descobre que a mãe,
Linda, é uma mulher autista de alta funcionalidade. Ela o convence a ficar mais
tempo, após o funeral e, naqueles dias, Alex descobre novas amizades e aprende
mais sobre a singularidade de Linda mesmo enquanto ele se esforça para lidar
com sua própria dor.
11. O Nome dela é Sabine (2007)
A atriz Sandrine Bonnaire narra a história da irmã
Sabine, que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos.
Sandrine testemunha o momento atual de Sabine, que depois de uma estadia
infeliz em um hospital psiquiátrico, passa a viver em uma estrutura adaptada a
ela. E, dessa forma, numa casa na região de Charente, na França, reencontra a
felicidade. A partir desse episódio, o documentário mostra a penúria e o
despreparo de algumas instituições especializadas e as dramáticas conseqüências
que podem causar aos doentes.
12. Ben X: A Fase Final (2007)
Ben é um jovem que sofre da síndrome de asperger e
que se isola em sua própria realidade no mundo de Archlord, um jogo virtual.
Seu modo de vida causa estranheza em seus colegas de classe, que o julgam e não
o aceitam.
13. Sei Que Vou Te Amar (2008)
Thomas Mollison é um jovem de 16 anos que quer
apenas ter uma vida normal. Seu irmão mais velho, Charlie, tem autismo e TDAH e
o funcionamento de toda sua família gira em torno de lhe oferecer um ambiente
de vida seguro. Ao se mudar para uma nova casa e uma nova escola, Thomas
conhece Jackie Masters e começa a se apaixonar por ela. Quando sua mãe fica
confinada na cama devido à gravidez, Thomas então deve assumir a
responsabilidade de cuidar de seu irmão, o que pode custar a sua relação com
Jackie, especialmente quando isso desencadeia um violento confronto na família
em sua festa de aniversário.
14. Mary e Max: Uma Amizade Diferente (2009)
Uma história de amizade entre duas pessoas muito
diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que
vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e
judeu que vive com síndrome de asperger no caos de Nova York. Alcançando 20
anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e
baixos da vida. Mary e Max é exploram a amizade, o autismo, o alcoolismo, de
onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança,
diferenças religiosas e muito mais.
15. O Menino e o Cavalo (2009)
O jornalista britânico Rupert Isaacson se apaixonou
pela americana Kristin Neff, professora de psicologia, quando viajava pela
Índia. Sete anos depois, em 2001, nasceu seu filho Rowan. O mundo parecia
perfeito até o menino ser diagnosticado com autismo. Tendo recorrido a todo
tipo de terapia, sem sucesso, Rupert decide apostar numa jornada espiritual.
Percebendo o amor do filho por cavalos, ele pesquisa como conciliar este fato
com a busca por uma técnica de cura ancestral. A família parte assim para a
Mongólia, onde, cavalgando por milhas, irão atrás do xamã mais poderoso da
região.
16. A Mother’s Courage: Talking Back to Autism
(2009)
Narrado por Kate Winslet, este inspirado filme
mostra a busca de uma mulher para desbloquear a mente de seu filho autista.
Margret encontra os principais especialistas e advogados no assunto e se
conecta com várias outras famílias tocadas pelo autismo. À medida em que se
depara com terapias inovadoras, Margret encontra a esperança de que seu filho
possa ser capaz de se expressar em um nível que nunca pensou ser possível.
17. Adam (2009)
Adam, um rapaz com síndrome de asperger, é
apaixonado por astronomia, e passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um
único amigo para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma
nova vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve
a ideia quando ouviu uma entrevista de um homem que sofria da síndrome. Foi
premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival
do ano seguinte.
18. Temple Grandin (2010)
É baseado no livro Uma Menina Estranha, da própria
Temple, uma mulher com autismo que acabou se tornando uma das maiores
especialistas do mundo em manejo de gado e planejamento de currais e matadouros
19. Um Time Especial (2011)
Baseado no livro The Legend of Mickey Tussler, o
filme conta a história de um técnico de uma liga juvenil de beisebol que chama
um garoto com autismo para ser seu lançador. Os dois terão que vencer
preconceitos e a rejeição de alguns jogadores do time para seguir em frente.
Fonte: LETICIA REICHERT
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Livros escritos por pessoas com autismo
Livros escritos por pessoas com autismo: Tudo isso quer nos mostrar que ser diferente e destoar de um todo que é comum e... normal não é fácil e traz muito sofrimento.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
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