quinta-feira, 12 de julho de 2012
Arthur e o Infinito - Um olhar sobre o autismo
QUAL A HISTÓRIA?
VISITE:
Quando Arthur tinha um ano e
meio de idade, começou a apresentar um comportamento diferente das outras
crianças, como por exemplo a sua comunicação era precária, parecia não ouvir
quando seus pais o chamavam e quase não tinha contato visual. Essas
características levaram os pais a procurarem médicos e especialistas.
A longa busca dos pais só terminou quando Arthur completou
seis anos, e foi diagnosticado como autista. Marina sente maior
responsabilidade sobre o menino e decide se dedicar unicamente a tentar
desenvolve-lo o máximo possível. A família passará por momentos difíceis onde
Marina colocará em questão a sua capacidade de lidar com seu filho.
COMO COMEÇOU?
Arthur e o Infinito é um curta metragem criado pela jovem
cineasta Julia Rufino.
A ideia do projeto surgiu em outubro de 2011, Julia estava
finalizando o curso técnico em direção cinematográfica pela Academia
Internacional de Cinema e decidiu contar em seu filme de conclusão de curso uma
história onde o autismo seria o tema central.
As pesquisas se iniciaram em novembro conforme o roteiro foi
sendo escrito. Com a ajuda de alguns pais e médicos, a primeira versão do
roteiro saiu, e foi a base principal para dar início de fato a todo o projeto.
Em dezembro, o projeto foi apresentado para uma banca de
profissionais da Academia de Cinema que aprovariam ou não o filme. Além de ter
sido aprovado, o roteiro recebeu um prêmio de R$3.000 da própria Academia para
cobrir alguns pequenos custos de produção, já que todo o gasto fica por conta
do realizador do filme e não da Instituição.
Em janeiro e fevereiro fomos entrando em contato com
especialistas da área, médicos, pessoas de instituições e pais com o objetivo
de colher o maior número de informações possível para a nossa pesquisa.
Em março começamos a busca para achar o nosso elenco,
principalmente para encontrar a pessoa para o personagem da mãe e do menino.
Foram 4 semanas fazendo testes, entrevistamos 8 meninos até acharmos o nosso
ator Erich Schon e 22 mulheres até encontrarmos a Maria Tuca. Após as escolhas,
começamos os ensaios.
Durante esse mesmo período, nossa equipe fez diversas
reuniões com o objetivo de deixar tudo o mais organizado possível e nesse
momento, foi criado um orçamento completo até a finalização do filme e vimos
que se fôssemos fazer com a verba que temos até então, seria insuficiente e o
filme não teria a qualidade técnica que gostaríamos.
Tivemos a ideia de montar um vídeo de apresentação do nosso
projeto e inscrevê-lo no Catarse, assim teríamos uma chance maior de conseguir
uma verba direta em pouco tempo, sem depender de leis de incentivo ou editais
que nos tomaria muito tempo e não conseguiríamos rodar o filme ainda esse ano.
Os custos da produção de um filme são bem altos, desde
garantir toda a alimentação e transporte para toda a equipe e elenco até aluguel
de equipamentos, aluguel de locações, figurinos, maquiagem, objetos de arte,
pós produção etc.
PRA QUE FAZER O FILME?
A mensagem principal do filme é a de expor o caminho que a
mãe decidiu seguir, que foi o de se dedicar integralmente ao seu filho, passando
por momentos difíceis mas que trouxeram uma recompensa, mesmo que a longo
prazo.
O objetivo é o de tentar trilhar um possível caminho e o de
inspirar pessoas para talvez fazerem o mesmo ou algo parecido.
A ideia é divulgar em todas as instituições, associações e
escolas. Exibir para o maior número de mães, pais e/ou pessoas que convivem com
essas pessoas. O filme muito provavelmente irá para diversos festivais
nacionais e internacionais e talvez para algum canal de televisão.
Roteiro e Direção: Julia Rufino Garcia
Assistente de Direção: Luiz Cardoso
Produção: Ruy Octavio e Nivea
Direção de Fotografia: Rogerio Che
Equipe de Arte: Coletivo de arte: Dicezar Leandro, Marina
Verissimo, Ana Luiza Cencini,
Tatiana Demarchi, Nadia Lufi, Silmara, Rogerio
Freua, Guilherme Menezes Rufino.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
PL 1.631/2011 - LEI DOS AUTISTAS
BRASILIA 04 JULHO2012
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
CÂMARA FEDERAL –
APROVAÇÃO PL 1.631/2011 - LEI DOS
AUTISTAS —
Deputada Benedita, Evellin, Cleide
Moreira, Gerimias Dourado, Deputada Mara, Maria Reis, Adriana Alves - Pres
Moab, Deputada Erika, Graça Nunes, Flavia Virginia, Deputado Mandetta, Horacio
Pres AMA-DF, Juarina Moab, Rita Maura Boarin, Eduardo Sales Bastos, Aline
Guerreiro, Celia Sadako Kiyuna e Lucrésia Passos Passos.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
GENTE AMADA
ESPERO QUE todos já saibam que FOI APROVADO POR UNANIMIDADE
O RELATÓRIO A FAVOR DO PROJETO DE LEI Nº 1631/11 NA COMISSÃO DE SEGURIDADE
SOCIAL E FAMÍLIA, da CÂMARA DOS DEPUTADOS que Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
PARABÉNS PARA NÓS TODOS QUE ACREDITAMOS E CONSEGUIMOS o que deve ser o INÍCIO DA REALIZAÇÃO DO DESEJO para que nossos filhos não sofram mais do que o inevitável.
CONTINUEMOS A FAZER A NOSSA PARTE.
04 DE JULHO, uma data magna para a grande nação do norte.
PARA NÓS - Pais de Autistas = O PRIMEIRO PASSO DE UMA GRANDE
CAMINHADA.
Que dia meu Deus.
Na Luz e na Paz
Nilton Salvador
domingo, 1 de julho de 2012
Referente: PROJETO DE LEI 1.631, de 2011
Excelentíssimos (as) Senhores (as) Deputados (as) Federais
Ao iniciar a leitura desta mensagem referindo-se ao Projeto de Lei 1.631 que Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, poderá parecer estranho e levar V.Excia a se questionar o que tem a ver com AUTISMO, uma matéria que possivelmente não domina, e menos ainda está ligado à relatoria da parlamentar Mara Cristina Gabrilli da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
Permita informar V.Excia sucintamente, que AUTISMO, é: uma desordem na qual uma criança não pode desenvolver relações sociais normais se comporta de modo compulsivo ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal, sendo uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral.
Embora algumas crianças também tenham essas doenças, estima-se que atualmente dois milhões de brasileiros dotados de Autismo, que se ressalvando iniciativas abnegadas, o governo nada oferece de infraestrutura e menos ainda de políticas públicas para eles.
Esta mensagem leva em seu fulcro, um imensurável número de pais que juntamente com seus filhos autistas sem recursos e que subscrevendo por eles, fique sabendo V.Excia que são todos sofridos, excluídos, esquecidos e discriminados desde o diagnóstico dramático, não ficando de fora os integrantes do povo da região que o elegeu, por exemplo, sofrendo torturas, segregação, violências sexuais, destruição do núcleo familiar, sem acesso a educação comprometida e assistência médica precária, enquanto o governo não garante o direito de todos previsto na Constituição.
O Projeto de Lei 1.631 que aqui referimos deputado, de iniciativa popular em todas as suas linhas de convergência, encontra-se neste momento na Câmara Federal para ser aprovado com as modificações e a rejeição sumária de outros Projetos de Lei apresentados, por que, advindo aprovado da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, também teve na elaboração do texto final, a participação de 49 entidades de familiares de autistas, bem como outras lideranças afins de todo o Brasil, o que nos dá plena confiança na sua aprovação.
Acreditando na sua isenção de ânimos, adiantamos para V.Excia que a pessoa dotada de Autismo é flagrantemente desassistida em todo o Brasil, muito embora havendo avanços nas áreas de assistência aos deficientes de outros matizes, pela profunda falta de conhecimento dos nossos legisladores, agentes públicos e governantes sobre a síndrome, o que intensifica ainda mais a tragédia já existente, razão pela qual o Projeto 1.631, se transformado em lei, será o remédio que dará início a nova trajetória para minimizar os trágicos fatores do autismo compreendidos e atendidos, eliminando as dificuldades específicas que porventura surjam.
O interesse que cerca o Autismo, Excia, com tantas informações, consultas, investigação e, sobretudo, a vontade de todos em compartilhar suas experiências e aprendizados, são fatores chanceladores de que o governo não ficará isoladamente responsabilizado pelas idiossincrasias da síndrome, pois terá sempre a companhia de nós pais para contribuir com os conhecimentos práticos adquiridos, além das técnicas cientificas já conhecidas, o que nos levou a expedir essa mensagem, pois é o recurso que nos resta para sensibilizá-lo votando a favor do projeto em pauta que a todos beneficiará quando incluídos pelo cumprimento da lei.
Toda vez que uma classe de indivíduos é excluída da sociedade, ela se organiza e se volta contra aqueles que a excluiu, diz um pai de autista que vive o mesmo drama de todos nós.
Nós pais de autistas não estamos contra a sociedade e seja lá quem for, continua, mas em caso de V.Excia votar contra o PL 1.631, será por sua própria consciência, por não saber o que é ter um filho ou filha deficiente, alguém na família, autista ou não, o que não desejamos.
Compreendemos que esta mensagem, repleta de dramas, possa lhe parecer um apelo desproposital quanto à situação dos autistas, mas esta realidade é por estarmos tomando a liberdade de pensar que neste momento, V.Excia já esteja interado do Projeto de Lei 1.631, de autoria do Senador Paulo Paim, instituindo a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, bem como do Voto da Relatora, Deputada Mara Cristina Gabrilli, cuja redação contém os clamores de clareza solar e coerentes com os aqui expostos, na expectativa plena da sua compreensão para o voto favorável.
Por já termos manifestado o mesmo sentimento para a deputada Relatora do Projeto, sinceramente, gostaríamos de ver também seu nome gravado indelevelmente na história em favor dos menos favorecidos e deficientes autistas, por acreditar no seu trabalho, e não ter em V. Excia mais um nome estigmatizado pelo que deixou de fazer pelo PL 1.631, como alguns parlamentares em outros projetos desperdiçaram a oportunidade.
Sem o PL 1.631, nada será feito neste país em favor dos autistas.
Para reiterar a V.Excia os graves problemas que os pais enfrentam em relação aos seus filhos e filhas autistas, rogamos só mais um pouquinho da sua leitura, por favor.
A mãe contou-me que na escola fazem da sua filha autista um João Bobo induzindo-a, a prática de socos, pontapés e cuspir no rosto de outros alunos, quando não investem contra ela, por exemplo. João Bobo era chamado no meu tempo de escola uma brincadeira, que “alugava” os colegas. Nos dias atuais digo que o João Bobo está sendo chamado de Bullyng, por desrespeito e discriminação ao próximo, além de ser moda comportamental importada.
A autista sofre Bullyng principalmente no grupo que a aceita nas suas condições, porque não faz amigos, mesmo que demonstre iniciativas para tanto. Na hora do recreio a deixam abandonada, e ela por intuição, representa estar roubando salgadinhos, e outras guloseimas, além de ser induzida pelos colegas malvados, a mostrar suas partes íntimas, por exemplo.
Como se isso não bastasse, as cuidadoras da escola, para tê-la sob controle, aumentam sua quantidade de merenda, não importando se a ingestão ilimitada de alimentos lhe causa danos físicos e orgânicos, contrariando a recomendação expressa dos pais, enaltecendo, é claro, o engodo de que tudo o que elas estão fazendo é em prol da Inclusão “não exercida”.
A professora de apoio, não está nem aí com a situação, por que a autista já condicionada ao erro, também não dá importância às suas determinações, comprovando que a falta de sintonia, empatia e simpatia entre mestre e aluno, inexiste, por prevalecer o descaso.
Para nós, incluindo V.Excia neste assunto, a escola onde está matriculada a menina autista, por necessidade dos seus pais, a discriminação e o preconceito existe a olhos vistos, e embora medidas judiciais tenham sido tomadas em favor dela, intramuros não são obedecidas.
A menina autista, tratada como uma criatura de outro mundo é famosa na cidade onde reside, pois é tida na escola como um bicho que a tudo ataca, por boatos antiéticos disseminados pelos próprios profissionais que deveriam cuidá-la e nada fazem.
São por essas e outras razões Excia, que aquela mãe já não tem mais condições de falar para os demais filhos na existência de: Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Fada e nem mesmo na Inclusão que de tão mal aplicada em uma cidade onde prevalece a situação política vigente, estes sonhos já estão seriamente comprometidos.
Sendo assim, e pedindo sua atenção para nosso rogo angustiante, aflitivo e desesperador, o voto de V.Excia favorável para o PL 1.631/2011 significará nova realidade na vida dos autistas.
Caso tenha V.Excia qualquer resquício de dúvida considerando esta proposição, ficamos a sua disposição para lhe mostrar, aí em Brasília mesmo, ou em qualquer lugar do Brasil, a realidade autista sem generalizações inclusive o caso mais recente aqui citado.
Enquanto ficamos por aqui com o nosso coração apertado na expectativa do seu voto favorável, perdoe por termos sido extenso na exposição Excia, pois, cabe-nos tentar impedir que nossos filhos sofram mais do que o inevitável, e as senhoras e aos senhores parlamentares, que sejam pais de deficientes da mente ou não, cabe precipitar o fato e o direito.
Curitiba, 30 de junho de 2012
Atenciosamente
Nilton Salvador
Pai de Autista
sexta-feira, 29 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Patinhos feios sobem nos grilhões do céu ou são autistas?
Escolhi, por causa do amor, ser mãe de um patinho feio que
se transformou em cisne.
Dizia o mundo que meu patinho feio vivia num mundo de
patologias complicadas e que nunca descia do seu céu para cumprir asas e bicar
seu lago, pegar peixinhos e algas.
Esse meu patinho era diferente, por assim
dizer. Asas encurvadas, bico vermelho e olhos distantes. Um olhar gratificante,
às vezes, para mim sofridos a maior parte do tempo, lindo e meigo para o lago
que lhe inspirava. Sua imagem refletia em si mesmo.
Não deixava de ser
imponente, como a história do patinho feio que virou cisne numa realidade bem
diferente.
Se o meu amor não fosse tão intenso e tenaz, eu diria que
teria motivos para desânimo. Afinal, o nosso raciocínio ainda está fixado
apenas em labutas do dia a dia e não consegue ler nas entrelinhas das ondas do
lago.
E patinho não nada em grandes oceanos, em grandes mares, em
grandes rios, em grandes lagoas, não fica perto de pororocas. Patinho que é
patinho nada em pequeno lago, cobre-se de pequeno manto de água e contorna o
“pound” em passos lentos do seu compasso estreito. De vez em quando alça pequeno voo entre
arbustos das margens e fica por ali. Mas
sempre sozinho, olhando a sua imagem refletida na imagem da sua água
cristalina.
A minha preocupação com meu patinho não residia em doenças
físicas ou genéticas, em seguir protocolos, padrões de condutas médicas,
calendário de vacinas, lidar com
famílias e suas dificuldades. Pato que é
pato não são seres complicados fabricando seres a cada dia mais complicados. É apenas um pequeno ser que precisa de asas
para voar e pés para remar.
Claro que o mundo está cheio de boas intenções e
reparam em tudo. Claro que isso ainda
vai desembocar em insolente e seletiva encrenca das boas – muitos belos
patinhos na aparência tornam-se patinhos feios sem que o sejam.
Mas não como o meu cisne. O foco das minhas intenções era a
educação e instrução em ensiná-lo a ir
ao mais alto grilhão do céu, buscar a linda estrela e vivenciar a mais
pura educação.
Uma educação focada quase que exclusivamente na instrução
fundamentada – como pouca ou nenhuma preocupação em saber quem somos nós e o
que fazemos aqui. Enfim, ter apenas o interesse em educar para a vida; querer
transformar minha ninhada de patos em número de três, passando pela fase de
marrecos e de gansos, em cisnes num passe de mágica. Mas com sacrifício de quem
utilizou as asas.
Ambicionamos oferecer aos nossos filhos o que a vida nos
negou. Nutri-los com disciplina,
cuidados, atenção e amor. Daí, podemos
criar fortes e poderosos seres; sem sofrimentos
em valores e aquisições, pois,
além de tudo foram patinhos feios que a vida ensinou ser cisnes.
Por quê? Para que? Não teria significado refletir que os
episódios ocorrem por misteriosos desígnios, apenas, porque metade da tarefa é
nossa. Afinal somos candidatos a sensíveis cisnes (que alguns avocam como seres
angelicais, mães e pais experientes). A
vida não é uma obra alquebrada, mas em direção, constituição e reconstrução.
E, assim, biografia afora, o meu pequeno e isolado patinho,
que os outros patolenses estão aprendendo a amar com fervor, vai vida afora tranquilo e feliz.
Olha para um lado e para outro, garboso, não entende a aflição da sociedade
patolense que o rodeia e continua a aprender a nadar.
E eu? Sou capaz de
imitar uma série de ações que ultrapassam as
minhas próprias competências, mas somente dentro de limites da
patolândia.
Patinho lá, patinho aqui, estou começando a aprender o que
seja o autismo. É como o meu cisne se vê refletido em seu lago, querendo ir
para os grilhões do céu. Basta acompanhá-lo e aprender com ele. Somente com
ele.
FONTE:
Silvania Mendonça Almeida Margarida
Mãe do André Luís Rian
Autista
sábado, 23 de junho de 2012
Padre exclui adolescente autista da 1ª comunhão
Pórtico da cidade de Bom Princípio |
Confesso
que já estava cansado, mas nunca perdi a esperança de que um dia o vento
poderia começar a soprar na direção do autista para este conquistar seu lugar
no contexto de ser bem aceito na vida, pelo menos defendido, mesmo que
contrariando regras obrigatórias em favor de todo ser humano, cada vez que me
expresso sobre discriminação e preconceito.
Quando
o padre celebrante excluiu um adolescente autista do sacramento da primeira
comunhão, por julgar que o mesmo não abriria a boca na hora de receber a
hóstia, não pensou que causaria revolta entre os moradores da cidade, e o fato
como diz o ditado gaúcho, “pegou fogo igual capim seco” repercutindo por todos
os meios de comunicação no Brasil, listas de discussão, e redes sociais.
As
variações sobre o mesmo tema das opiniões pessoais atéias, espíritas, católicas,
evangélicas, crentes e filosofais, foram tantas que por pouco o padre causador
da asneira fica de fora da história.
Precisamos considerar que “somos herdeiros dos
próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa
contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos
mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de
fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias,
dentre elas, o autismo.
Tomai
e comei – disse Jesus, e não tomai e olhai. Olhar não é comungar... Disse o
padre para a imprensa na tentativa de se justificar: “Não posso abrir a boca
dele com força e largar um pedacinho da hóstia lá dentro. Tem de ser um ato
livre e espontâneo”, afirmando que o adolescente não estava preparado para
entender o sentido da comunhão, no que foi prontamente defendido pelo bispo da
diocese, apoiando que aquele não era o momento para ministrar a comunhão para o
autista.
Sendo
assim, penso que a igreja deveria dar uma base e apoio para as famílias que
possuem entre seus membros pessoas deficientes, autistas ou não, como também
vejo como uma vergonha termos que nos deparar com esse grau de preconceito e
ignorância advinda de um padre, que estigmatizou com sua repulsa o sonho de uma
família.
Por
um princípio lógico não podemos criticar sem razão. Mas “cá prá nós” o padre
julgou que o adolescente autista era incapaz de compreender, não levando em
consideração que ele estava sendo preparado há meses para receber a comunhão, e
se não abriu a boca no ensaio foi porque provavelmente a abordagem foi
equivocada. Saiba padre, que os autistas só concordam com gestos em sua direção
se tem confiança em quem o faz, e não em pessoas estranhas ao seu convívio.
Para
nós, pais de autistas e quem me ler concordar, o despreparo do padre além de
intolerável, cruel, é pouco, pois ele demonstrou estar desprovido de
sentimentos cristãos. Na celebração
litúrgica da comunhão, estes acontecimentos se fazem, de certa maneira,
presentes e atuais.
Para
enfrentar a dor da mãe do autista e a repercussão
da asneira, o padre se defende das acusações de preconceito afirmando que em
casos como esse a igreja dispensa necessidade do rito da eucaristia, e mais,
com o respaldo do bispo. Ora senhores: não é correto, afirmar que o catecismo
deve ser interpretado ao pé da letra e, por sua vez, fazer uma arbitrária e
brusca exceção a falha sacerdotal.
A
palavra é uma das mais poderosas ferramentas que o ser humano possui, mas é uma
faca de dois gumes, que além de poder criar um sonho ou destruir tudo, o mau
uso dela, também pode gerar um ferimento profundo. Por isto se diz que "As
palavras são como plumas jogadas ao vento". Não há como juntá-las
novamente.
Quem
sabe esse vento sopre até encontrar o ponto de equilíbrio para chegar ao
caminho que não conhece, não lhe interessando o outro extremo, pois os autistas
tendem repetir os seus estereótipos fora do contexto político ou da cultura que
estão inseridos, uma vez que são soberanos e despreocupados com mesquinharias.
Pais
de autistas, no sentido duplo da palavra, também devem ser cuidadosos com o uso
da palavra, para que ela não se volte contra si mesmo. Quem nunca usou mal uma
palavra, ou quem nunca falou mal de alguém, que me “atire a primeira pedra”.
Quando
se fala em preconceito e discriminação, cada um pode expressar o seu conceito
ou a intencionalidade que considere oportuna. Uma vez identificados não se pode
evitar a lembrança de coisas ruins, pois estas afloram justamente em ocasiões
em que a autoestima está em baixa impedindo que o atingido alcance seu objetivo.
O
poeta e pedagogo judeu, Itzhak Katzenelson, reconhecido como o profeta do
genocídio, pouco antes de ser conduzido à câmara de gás já afirmava: "Num
futuro próximo os nazistas negarão todas as suas culpas e, pior ainda, haverá
pessoas que acreditarão na sua inocência".
Na cidade de Bom Princípio de colonização
alemã, pouco distante de Porto Alegre, é realizada a Festa Nacional do
Moranguinho, onde são consumidas as fantásticas especiarias originadas da maravilhosa
fruta.
Um dos compromissos que o fundador da cidade
teve que assumir perante o governo central, da época, foi o de que seu povo
jamais poderia praticar uma religião que não fosse à católica, e que se alguém
o fizesse, seria expulso da colônia, embora as tradições, hoje já existam
igrejas de linha evangélica funcionando por lá.
Não é novidade para ninguém que na Inquisição,
a Igreja Católica se dizendo autorizada por Deus podia: torturar, matar e condenar
milhares de pessoas à
fogueira sob acusação de heresia. Recentemente começou a pedir perdão por ter
permitido a escravatura, pelo que não fez pelos judeus na II Guerra, pelo que
consentiu na Pedofilia e outras insânias. Quem sabe no amanhã que surge, possa
ela estar pedindo perdão pelo que já fez contra as pessoas deficientes,
autistas ou não.
É possível perceber que os jovens
bom-principienses têm um comportamento bem diferente daqueles que viveram logo
após a guerra e tiveram que construir tudo do zero. Essa nova geração,
acostumada com tudo pronto e sem muito esforço, pode estar perdendo bons
valores éticos transmitidos por seus antecessores.
A religião dos pais de autistas é ecumênica. Em
preces todos rogam a Divindade Maior suas bênçãos para que nossos filhos não
sofram mais do que o inevitável.
“Certo dia, a
professora perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus?
Uma das crianças levantou o braço e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o
açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está
dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor. Deus
existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de
perto, nossa vida fica... “Sem sabor.”
Espero que a acessibilidade seja garantida, a
inclusão deverá acontecer como um grande desafio em Bom Princípio, pois se
deixarem as coisas continuarem a caminhar do jeito de todo reprovável que o pároco procedeu
com o adolescente autista ao imaginar que este não abriria a boca: podem
começar a pedir perdão, já.
Valha-nos Senhor!
Nilton Salvador
é Pai de Autista
PL 1.631 - Fazendo História
Entrega do Prêmio Orgulho Autista 2012
Vencedores do VII Prêmio Orgulho Autista reunidos no estúdio da Rádio Nacional de Brasília |
O prêmio foi criado em 2005 para evidenciar as iniciativas
que se destacavam na integração de autistas à sociedade. O Cotidiano foi um dos
ganhadores, na segunda edição do prêmio, e desde então transmite as premiações
ao vivo para todo o território brasileiro. “O prêmio que o programa recebeu nos
fez perceber a importância do nosso trabalho e a necessidade de intensificarmos
as nossas ações em prol dos pessoas com necessidades especiais, entre eles, os
autistas e seus familiares”, disse Luiza.
Na edição de 2012, foram homenageados os trabalhos mais
importantes do ano anterior. Um dos premiados foi o fotógrafo da EBC, Renato
Araújo. Sua galeria de imagens publicada pela Agência Brasil mostra o Congresso
Nacional iluminado em azul, uma homenagem prestada em abril de 2011 ao Dia
Mundial da Conscientização do Autismo. “Foi prazeroso ganhar este prêmio por
uma foto que rodou o mundo divulgando essa casa”, disse Renato Araújo.
Foto premiada
Congresso Nacional em azul no dia Mundial da Conscientização do Autismo |
Confira a lista completa dos vencedores:
I - Livro Destaque:
Liê Ribeiro – Meu Filho Autista, o Reencontro Definitivo (RJ)
Ramilton Cordeiro – Colégio Estadual Raphael Serravalle (BA)
III - Professor Destaque:
Ângela Ferreira – Centro de Ensino Especial 1 de Sobradinho (DF)
IV - Médico Destaque:
Carla Gikovate – Neurologista (RJ)
V - Psicólogo Destaque:
Gisele Tridapalli – Associação dos Amigos dos Autistas de Florianópolis (SC)
VI - Político Brasileiro Destaque:
Senador Lindbergh Farias – Senado Federal (RJ)
VII - Imprensa Rádio Destaque:
Pastor Donizete Santos – Rádio Redentor AM (DF)
VIII - Imprensa Televisão Destaque:
Karen Albuquerque – Repórter Justiça (12/04/2012)
IX - Imprensa Escrita - Revista Destaque:
Editor Paiva Júnior – Revista Autismo (SP)
X - Imprensa Escrita - Jornal Destaque:
Márcia Néri – Correio Braziliense (18/06/2011) (DF)
XI - Imprensa Fotografia Destaque:
Fotógrafo Renato Araújo – EBC (02/04/2011)
XII - Internet Destaque:
Cláudia Moraes – Site Apadem (RJ)
XIII - Pessoa e Organização Não-Governamental Destaque:
Presidente Horácio Campos – Associação dos Amigos dos Autistas do DF (DF)
XIV - Pessoa e Órgão Público ou Empresa Privada Destaque:
Defensora pública Renata Tibyriçá – Defensoria Pública de São Paulo (SP)
XV - Atitude Destaque:
Padre Samuel Ferreira do Carmo – Paróquia do Verbo Divino (DF)
FONTE:
Fernando Cotta
MOAB -
Movimento Orgulho Autista Brasil
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Imagens mostram o cérebro de quem perde a paciência
Quanto mais o estoque é exigido, maior a probabilidade de uma pessoa perder o controle.
Saiba mais
CÓRTEX CINGULADO ANTERIOR
Parte frontal do córtex cingulado, região que é responsável
por regular tanto funções autônomas, como a pressão sanguínea, quanto
cognitivas, como a emoção e o aprendizado. É ativo na regulação da motivação e
detecção de conflitos.
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DORSO LATERAL
Região cerebral
envolvida em decisões morais e de risco. Faz parte do córtex pré-frontal, que é
responsável pela tomada de decisões, moderação do comportamento social e pela
coordenação entre as emoções internas e as ações.
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O estudo,
liderado pelo neurocientista William Hedgcock, é o primeiro a usar imagens de
ressonância magnética para mostrar a atividade cerebral de um voluntário
enquanto ele realiza tarefas que necessitam de autocontrole. As imagens obtidas
mostram que a atividade na região conhecida como córtex cingulado anterior
permanece estável durante toda a tarefa. Essa área é responsável por reconhecer
as situações onde o autocontrole é necessário.
No entanto, a atividade do córtex pré-frontal
dorsolateral, responsável pelo manejo do autocontrole e pela escolha das
melhores respostas para as situações estressantes, não permanece igual. Ele é
ativado com menor intensidade depois de cada esforço, sinalizando que a
paciência vai se esgotando.
O cientista
interpretou esses resultados como uma prova de que as pessoas não têm problemas
em reconhecer situações estressantes que exigem autocontrole. No entanto, fica
cada vez mais difícil manter a cabeça fria e tomar as melhores decisões quando
o estresse é contínuo ou recorrente.
O estudo também
questiona a ideia de o autocontrole funciona como um músculo, que pode ser
exercitado. Ao contrário, de acordo
com a metáfora usada pelos pesquisadores, ele funcionaria como uma piscina que
se esvazia conforme o uso – e leva tempo para enchê-la novamente.
Segundo o
pesquisador, o estudo é importante por ajudar a elaborar uma melhor definição
do que é autocontrole e explicar por que as pessoas tomam decisões que não são
boas para elas mesmas. Uma possível implicação da pesquisa é no desenvolvimento
de novas terapias para tratar o vício em drogas, comida e compras. Além disso,
pode ajudar também a identificar pessoas que tenham problemas de autocontrole
decorrentes de problemas no nascimento.
FONTE:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/imagens-mostram-o-cerebro-de-quem-perde-a-paciencia
16.06.2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Orgulho de mãe de Autista
*Liê e Gabriel Gustavo |
Esse dia passou
meio despercebido por mim, à lida, a correria, mas tenho tanto orgulho do meu
filho, da sua tentativa em estar presente, mesmo às vezes não sabendo como,
tantos porquês.
Penso também nos
milhões de autistas sem oportunidades, ainda esquecidos nos porões dessa
sociedade, imediatista que segrega de maneira cruel essas pessoas.
O caminho parece
tão fácil, investimento, trabalho, métodos, pesquisa, altruísmo.
Mas na verdade o
caminho é espinhoso, pedregoso, quase impossível de seguir.
Mas há em nós
pais, uma insistência de soldado, que vai para guerra, ser herói de sua pátria,
tentamos ser heróis dos nossos filhos autistas.
Criamos
trincheiras para que tenhamos fôlego para vencer a batalha.
Quando ela
termina?
Parece que nunca,
tememos a vida, o presente, o futuro, de morrer antes de vê-los seguros. De
jogar a toalha. De não aguentar o repuxo.
Mas no dia como
esse, onde tentamos plantar na terra árida do amor ao próximo, uma bandeira de
esperança.
Queremos ações com
certeza, queremos atitudes, mas precisamos dos poemas, dos relatos, da
perspectiva de vermos lá no fim do túnel, a tão sonhada Luz.
A mesma luz que
poucos conseguem enxergar em nossos filhos autistas...
Afinal a
humanidade sofre de uma cegueira crônica, vê defeito, onde somente há a
diferença.
Autora
Mãe do Gabriel/autista.
Dia Mundial do Orgulho Autista em Rio Grande - RS, reúne bom público
Presidente da Amar, Nei Rodrigues, apresentou um panorama da situação do autista em Rio Grande |
O Dia Mundial do Orgulho Autista, celebrado na sexta-feira,
15, reuniu bom público nas atividades realizadas em Rio Grande. O evento
mobilizou associações, escolas, familiares e profissionais ligados ao tema.
A
iniciativa foi organizada pelo mandato do deputado Alexandre Lindenmeyer.
Autora do livro “Minha filha... Autista?”, Lúbia Aguiar
emocionou todos com a história da filha adotiva Laura. Lúbia Aguiar relembrou
as dificuldades, a inexperiência, os desafios e a superação de uma família que,
atualmente, possui uma convivência tranquila com a menina, hoje com 14
anos. Para a mãe, “vivenciar o autismo é
amar incondicionalmente”.
O presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de
Rio Grande (Amaar), Nei Rodrigues, apresentou um breve panorama sobre o
espectro autista em Rio Grande.
Mostrou como funcionam os espaços dedicados ao
atendimento desta demanda, as reivindicações de pais e demais familiares,
a dificuldade no diagnóstico e no
atendimento.
Segundo Rodrigues, ainda não há um levantamento atualizado
com o número de portadores do espectro no Município, e destacou que, a partir
desta estimativa, será mais fácil elaborar políticas públicas direcionadas para
o segmento.
Nilton Salvador cativou o público presente com o seu carisma
numa palestra carregada de emoção. Autor de diversos livros sobre o assunto,
todos dedicados ao seu filho, também autista, compartilhou cada vitória ao lado
do menino e salientou a necessidade da conscientização das pessoas. “Quanto
mais informação, menos preconceito e mais acolhimento”, frisou.
Pouco antes do término da solenidade, o representante do
mandato do deputado, Paulo Rodrigues, convidou a presidente da Associação de
Amigos, Mães, Pais de Autistas e Relacionados com o Enfoque Holístico
(AMPARHO), Karin Scheer, e uma das palestrantes da noite, Lúbia Aguiar,
para retornarem ao palco e receberem a
medalha da 53ª Legislatura da Assembléia Legislativa.
Fonte:
Foto: Tiago Collares
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Dia do Orgulho Autista na cidade de Rio Grande – RS.
Entre os participantes estava a rio-grandina Lúbia Aguiar, mãe de autista e autora do livro Minha Filha... Autista? que fez uma comovente exposição da convivência com Laura |
Acompanhado da diretora Laci Piccioni Rosado, visitei a
Escola Municipal de Educação Especial Maria Lúcia Luzzardi, onde fui recebido
com muito carinho pelo grupo de professoras e colaboradores da instituição, que
nos presentearam com uma peça de artesanato em homenagem ao Dia das Mães,
executada pelo aluno Gabriel, integrante do Centro de Convivência.
Ainda a presença marcante da Daniela Laidens, do Blog Janelinha para o Mundo que fez a entrevista com o Dr. Dr. Alysson Muotri, http://janelinhaparaomundo.blogspot.com.br, publicada aqui no Vivências, também.
0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0- O trabalho que se faz na cidade de Rio Grande em prol dos dotados de autismo e a orientação prestada aos seus familiares, é um dos itens que fazem do Dia do Orgulho Autista um marco dos eventos que acontecem com essa grandeza. |
Eu e Roseli Antonia, pais de
autistas, ficamos mais felizes por sentirmos que as vitórias fazem parte do Dia
do Orgulho Autista de 2012, como mais um
fragmento de contribuição para que o PL 1.631 seja sancionado na sua íntegra.
Meu afetuoso abraço a todos os que tão bem me receberam em Rio Grande, Pelotas e todos aqueles, pais de autistas da região que compareceram nas celebrações.
A atitude altamente louvável do deputado estadual Alexandre Lindenmeyer, que viabilizou nossa participação no evento, nossa mensagem para ele é a de que ele só eleva nossa confiança no uso do seu bom senso, pelo seu conhecimento acadêmico das causas que fundamentam o PL 1.631/2011, para proteção do autista durante toda sua vida, sendo que V.Excia tem a oportunidade ímpar de historicamente participar da causa em favor dos deficientes da mente ou não.
Queremos deputado ver seu nome gravado indelevelmente na história em favor dos menos favorecidos e deficientes da mente, autistas ou não, por acreditar no seu trabalho, e não ver no senhor mais um nome estigmatizado pelo que deixou de fazer por eles, como alguns parlamentares que em outros projetos desperdiçaram a oportunidade.
Cabe-nos tentar impedir que nossos filhos sofram mais do que o inevitável, mas às senhoras e aos senhores deputados, pais de deficientes ou não, cabe precipitar o fato e o direito.
domingo, 17 de junho de 2012
Gato ajuda menino autista a sair da sua "concha"
Os animais não param de demonstrar uma capacidade natural para serem os melhores amigos do ser humano. Desta vez, um exemplo dessa capacidade chega-nos através da história do gato Billy e do seu jovem dono Fraser, um menino autista britânico que, graças ao companheiro, conseguiu "sair da concha" e ganhar confiança.
De acordo com o Daily Mail, Billy e Fraser tornaram-se inseparáveis desde o primeiro dia. A família do menino decidiu adotar o felino depois de este ter sido abandonado pelos antigos donos e salvo por uma associação de proteção animal e, a partir desse momento, a vida de todos tornou-se mais simples.
"Ele aparece sempre que o Fraser começa a ficar nervoso, impaciente ou zangado e dá-lhe mimos para o tranquilizar", conta a mãe, Louise Booth, ao diário britânico. "Dizem que os animais conseguem sentir as coisas e é verdade que o Billy parece saber sempre antes de todos nós quando isso vai acontecer", revela.
Fraser, de quatro anos, foi diagnosticado com autismo quando tinha 18 meses, depois de Louise e o marido, Chris, se aperceberem de que o filho não estava a desenvolver-se tão rapidamente como outras crianças da mesma idade.
A partir desse momento, o menino começou a fazer terapia para aprender a lidar de forma mais tranquila com as atividades do dia-a-dia, que para si podem ser muito complicadas, gerando mudanças repentinas de humor e muitas lágrimas.
Porém, a chegada de Billy tem sido um dos elementos-chave dos progressos de Fraser. "Ele tem feito uma diferença total na vida da nossa família. Afastou o stress e trouxe-nos alegria e uma atmosfera de calma. É um gato fantástico", afirma Louise.
"Pode parecer estranho, mas o Billy é, verdadeiramente, o guardião do Fraser. A relação deles é muito especial", conclui a mãe, que se dedica a tempo inteiro a cuidar de Fraser e da irmã, Pippa, de 15 meses.
Fonte:
quinta-feira, 14 de junho de 2012
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