Estudo ressalta necessidade de ajudar crianças com a doença a fazer transições emocionais,
principalmente na luta contra o medo
Mikle South e seu filho preparam equipamento para realizar experimento |
Mikle South durante os testes com seu filho |
Mikle South, responsável pelo estudo
Cientistas da Brigham Young University, nos EUA, descobriram que a dificuldade de crianças com autismo em lutar contra medos antigos está diretamente ligada à severidade dos sintomas da doença.
A pesquisa ressalta a necessidade de ajudar as crianças com a condição a fazer transições emocionais, principalmente no que diz respeito ao medo.
"As pessoas com autismo não experimentam ou compreender o mundo da mesma forma que fazemos. Uma vez que eles não podem mudar as regras no cérebro, e muitas vezes não sabem o que esperar do meio ambiente, precisamos ajudá-los a planejar com antecedência o que esperar", afirma o pesquisador Mikle South.
South e seus colegas recrutaram 30 crianças diagnosticadas com autismo e 29 sem para participar do experimento.
Após visualizar uma pista como um cartão amarelo, os participantes receberam um sopro inofensivo, mas surpreendente de ar sob o queixo.
No decorrer do teste, as condições foram alteradas de modo que uma cor diferente precedeu o sopro de ar. Os pesquisadores mediram a resposta da pele dos participantes para ver se o seu sistema nervoso percebeu a mudança e sabia o que estava por vir.
"Crianças típicas aprendem rapidamente a antecipar sua reação com base na cor nova, em vez da antiga. É preciso muito mais para as crianças com autismo aprenderem a notar a mudança", explica South.
A quantidade de tempo necessária para extinguir o medo original foi associada com a gravidade dos sintomas característicos do autismo.
Segundo os pesquisadores, a persistência de temores desnecessários é prejudicial à saúde física. Os níveis elevados de hormônios que nos ajudam em uma luta real podem causar danos ao cérebro e ao corpo se sustentado ao longo do tempo.
A equipe acredita que as famílias que participam de grupos de habilidades sociais e seus alunos podem se beneficiar das novas descobertas.
Fonte:
O estudo foi publicado na revista Autism Research.
Fotos:
Foto: Jonathan Hardy/BYU
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