sábado, 10 de agosto de 2013

Feliz Dia dos Pais

Este cartão eu ganhei do meu filho.
Observem que ele escreveu, errou e corrigiu.
Que tal?!

Um elo entre a super-higiene moderna e o autismo?

       O espectro autista, como o próprio nome sugere, é muito heterogêneo. Possivelmente múltiplos subtipos e etiologias existem, o que torna difícil seu estudo. A alta prevalência do autismo na sociedade (1 a cada 88 pessoas, segundo estudos dos EUA), tem estimulado a pesquisa científica para entender as causas do autismo e como combatê-lo. Alguns estudos haviam previamente implicado o sistema imunológico materno com o quadro clinico de algumas formas de autismo.
Decididos a investigar essa relação mais a fundo, um grupo do centro de excelência de estudos para o autismo da Universidade da Califórnia, conhecido como Instituto M.I.N.D., detectou a presença de anticorpos maternos tipo IgG com reatividade a duas proteínas do cérebro fetal em 12% das mães de crianças autistas. Como muitos outros estudos em autismo, a amostra inicial fora pequena, deixando dúvidas se realmente existiria algo assim. Além disso, a identidade dessas proteínas fetais ainda é um mistério. Afinal, com o que realmente os anticorpos maternos estavam interagindo no cérebro do feto e qual seria seu mecanismo de ação?
Durante a gravidez, as mulheres normalmente passam seus anticorpos para o feto, permitindo que esses nasçam com anticorpos que os defendam de eventuais infecções até que o próprio sistema imune da criança esteja maduro. É uma mordomia evolutiva adquirida milhares de anos atrás por nossos antepassados. A teoria por trás da descoberta do grupo M.I.N.D. é que esses anticorpos IgG maternos específicos do autismo também cruzem a placenta durante a gravidez e afetem o desenvolvimento do cérebro de forma indireta e não intencional. Um tiro pela culatra dessa vantagem evolutiva.
Em maio deste ano, o mesmo grupo de pesquisa validou os achados iniciais, replicando o estudo num grupo maior de mães de autistas. Além disso, observaram que os autistas nascidos das mães com altos níveis desses anticorpos tinham a tendência a ter a circunferência da cabeça bem maior do que crianças típicas (controles) da mesma faixa etária. Vale lembrar que o cérebro maior é uma característica clínica de 20 a 30% das crianças autistas.
Agora em julho, o grupo publicou mais um artigo, dessa vez com testes funcionais em macacos. Os anticorpos IgG maternos foram purificados de mães com crianças autistas e mães de crianças típicas e administrados em dois grupos independentes com oito macacos fêmeas cada, durante o primeiro e segundo trimestre de gravidez. Um terceiro grupo não recebeu anticorpo algum. O cérebro e o comportamento da prole foi analisada por dois anos após o nascimento. Diferenças no comportamento dos macacos que nasceram de fêmeas inoculadas com anticorpos de mães de autistas apareceram desde cedo. Esses animais mostravam comportamento social inapropriado quando comparado com os outros dois grupos controle (parâmetros analisados incluíram contato/proximidade com a mãe e contato com indivíduos estranhos).
Além disso, animais juvenis mostraram movimentos estereotipados e superatividade. A ressonância magnética revelou que os indivíduos do sexo masculino nascidos do grupo afetado, tinham um cérebro significativamente maior comparado com os controles. A diferença maior parece estar relacionada com a massa branca, com diferenças mais pronunciadas no córtex frontal (região relacionada ao comportamento social em primatas). Vale lembrar que estudos anteriores, usando a mesma estratégia cientifica mas em camundongos, também revelou que os anticorpos derivados desses 12% de mães com crianças autistas causaram alterações comportamentais.
A ideia de que uma parte, ou um subtipo, do autismo seja causado por uma reação inflamatória que comece no útero materno é antiga. Tornou-se especialmente atraente com a observação de que nos últimos 60 anos, a frequência de doenças imunológicas tem aumentado consideravelmente. Correlações de autismo com outras condições inflamatórias durante a gravidez, como doenças autoimunes, alergias, asma ou artrite, são comuns mas difíceis de se comprovar causalidade. Talvez isso faça sentido sob uma perspectiva evolucionária – é a teoria da super-higiene moderna. Populações humanas vivendo em condições semelhante a de nosso ancestrais (cheias de micróbios e parasitas) não apresentam problemas imunológicos tão frequentes. Dados ainda incertos sugere que o mesmo aconteceria com autismo. Porém existem poucos estudos epidemiológicos em populações rurais, por exemplo.
Conforme essas teorias são comprovadas ou rejeitadas pela ciência, iremos aprender o porquê essa população de mães de autistas estariam desenvolvendo anticorpos contra proteínas fetais. Além disso, identificar os alvos desses anticorpos pode levar anos de estudo. O grupo M.I.N.D. tem publicado sobre isso. Dos 8 alvos já identificados, apenas uma das proteínas fora previamente relacionada com o desenvolvimento de neurônios no cérebro humano. Outro antígeno, conhecido como LDH já foi associado ao metabolismo celular mas nunca ao desenvolvimento neural. Por outro lado, sabemos que o LDH aumenta quando exposto a toxinas, como solventes industriais, por exemplo. Isso sugeriria um fator ambiental envolvido nesse complexo mecanismo.
Tudo isso ainda é muito recente e requer mais estudos, inclusive da interação entre esses fatores e não apenas seu impacto individual. Infelizmente a ciência caminha a passos lentos. O autismo tem influenciado como a ciência é feita nos EUA. A imagem do cientista trabalhando sozinho numa única teoria provavelmente não vai funcionar para o autismo. É preciso colaboração de disciplinas diferentes e uma nova perspectiva cientifica. A contrapartida é justamente a criação de centros de excelência para estudos do autismo, como o que existe no instituto M.I.N.D. Só a Califórnia tem 3 desses centros, o que indica o quão sério esse estado americano considera o problema, estimulados por uma conta de US$ 137 bilhões aos cofres públicos americanos todo ano.
Crédito da foto: Reprodução/TV Tem

Fonte:ESPIRAL -  Alysson Muotri – G1.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

(Fantástico) "Autismo: Universo Particular"

Especialistas afirmam que existe uma pessoa com autismo para cada 92
Autismo era considerado uma condição rara, que atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos. 
Hoje, a pesquisa mais recente fala em um para cada 92.

Neste domingo (4), o Fantástico estreou a série ‘Autismo: Universo Particular’. 
Para produzir a série, Dráuzio Varella esteve casa de vários pacientes portadores desse transtorno para mostrar como vivem essas famílias e essas crianças.
No Paraná, há uma família com dois filhos em que o autismo se manifesta de uma forma bem diferente em cada um dos irmãos. O pai passa as noites segurando o filho enquanto ele dorme.
Kevin não para de se mexer e se bate repetidamente. Durante a noite, ele acorda querendo tomar banho, porque só isso o acalma por algum tempo. “Já tive vontade até de me matar pela situação de bater nele, dele se agredir e não ter o que fazer, entendeu? Já passou pela minha cabeça de fazer qualquer besteira, então é difícil”, conta o pai.
Os pais de Kevin estão em busca do diagnóstico de que o filho tenha autismo, um distúrbio que desafia a ciência. Não se sabe as suas causas e ele é cada vez mais comum. Especialistas calculam que o autismo atinja 1% das crianças.
“O autismo hoje é considerado um distúrbio no desenvolvimento causado por condições genéticas e ambientais e que, na verdade, não é uma condição só. Hoje, a gente fala em um conjunto de autismos pela enorme variabilidade que ele tem. A característica fundamental dos autismos é o prejuízo na comunicação, na interação social e na presença de comportamentos peculiares. Comportamentos repetitivos sem muito significado, que os indivíduos parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara”, explica o neuropediatra especialista em autismo Salomão Schwartzman.
O médico explica que o autismo era considerado uma condição rara, que atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos. Ele aponta que a pesquisa mais recente fala em um para cada 92. “A gente está falando de uma coisa que não é rara, é extremamente comum. Você encontra na escola, no escritório, no seu consultório, identifique ou não”, avalia Schwartzman.
Segundo o especialista, o autista é metódico. “O mundo ideal é aquele em que as coisas não se modificam. Eu acordo na mesma hora, visto a mesma roupa, tomo café do mesmo jeito, no mesmo prato, com a mesma xícara. Qualquer variação disso traz um extremo desconforto”, explica o neuropediatra.
Uma família que vive o autismo muito intimamente mora em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Renato, o pai, sempre foi meio esquisitão. “Desde criança eu achava ser estranho normal, mas porque eu tirava por mim. Para mim, todo mundo era estranho”, conta ele. Renato casou com Ana Maria, que já tinha uma filha, Fernanda. Juntos, eles tiveram Mateus e Máximo – os dois com autismo – e Bárbara, a mais nova. “Eu já estou mais do que acostumada a lidar com eles. Na verdade, acho eles mais fáceis por causa da questão da rotina”, diz Ana.
Mas mesmo as atividades mais rotineiras podem ser um imenso desafio para pessoas com autismo. Escolher um conjunto de roupas para trocar o filho pode ser uma tarefa impossível.
“É muita opção. Combinação de cor, de não sei o que... Sempre me visto pelo conforto e, exatamente para não ter esse problema de combinação, visto uma cor só”, brinca Renato.
Os humanos são animais sociais. Se não tivessem formado grupos, os antepassados teriam desaparecido da face da Terra. Mas há pessoas com transtorno de desenvolvimento que apresentam enorme dificuldade de relacionamento social. Para elas, sons, movimentos, olhares e solicitações dos outros provocam um curto-circuito que as deixa desorientadas e aflitas. O autismo é um transtorno desse tipo, no qual a rede de neurônios que controla, no cérebro, a comunicação e os contatos sociais está desorganizada. “Diria que a marca registrada do autismo é a falta de desejo ou de possibilidade de interagir com o outro”, diz Schwartzman.
Atualmente, o autismo é considerado um distúrbio com um amplo espectro de manifestações, desde as crianças, como Kevin e Máximo, que têm enormes dificuldades de responder aos estímulos, até pessoas que têm problemas de convívio social, mas são extremamente talentosas em áreas específicas. O cérebro deles funciona de forma única, que ainda é um mistério para a ciência.
Em um quarto cheio de circuitos eletrônicos e fórmulas matemáticas, um autista genial é Jacob Barnett. Ele está prestes a se tornar mestre em física quântica aos 14 anos. Ele dá aulas na internet desde pequeno e hoje participa de pesquisas na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e pode ganhar o Prêmio Nobel.
O caso dos irmãos de Curitiba Nicholas, de 13 anos, e Thomas, de 15, é parecido. O mais velho, que já aos 3 anos demonstrava facilidade com números, já fez diversos cursos em nível universitário nas áreas de matemática e ciência da computação.
Segundo o neuropediatra Salomão Schwartzman, o impacto de um filho autista em uma família pode ser brutal. “É algo muito difícil de você lidar. Quando você tem um filho que é um deficiente intelectual, por qualquer razão que seja, depois de algum tempo, por maior que seja o luto que você tem com relação a isso, você se habitua a uma criança que bem ou mal tem uma linha de base. Ou seja, ele tem prejuízos, mas que depois de algum tempo você sabe quais são e passa a conviver bem com isto”, diz.
Na novela ‘Amor à vida’, a atriz Bruna Linzmeyer interpreta Linda, uma garota com autismo. “Eu tinha ouvido falar muito pouco sobre o autismo, porque é um tema muito pouco conhecido pela nossa sociedade. A gente criou uma linguagem dessa personagem se comunicar, como ela dramaturgicamente se envolve em cena. Isso é o mais difícil. Cada detalhe é muito importante”, conta ela.

Na próxima semana, o Fantástico investiga o diagnóstico de autismo: como descobrimos que alguém tem autismo se nem sabemos ao certo o que provoca esse distúrbio? Não perca!

Foto Pragmatismo Político


Autismo no Fantástico

http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/programa-estreia-serie-sobre-autismo/2735501/

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

AGENDE: Fantástico estreia nova série sobre autismo, com Dr. Drauzio Varella

"Autismo: Universo Particular" 
aborda temas distintos relacionados ao transtorno como sintomas, diagnóstico, direitos e benefícios com tratamento e educação, bem como o futuro dos pacientes através da inclusão no mercado de trabalho.



Neste domingo (4), o Fantástico estreia a nova série de Dráuzio Varella sobre autismo. ‘Autismo: Universo Particular’ aborda temas distintos relacionados ao transtorno como sintomas, diagnóstico, direitos e benefícios com tratamento e educação, bem como o futuro dos pacientes através da inclusão no mercado de trabalho. “Sempre há o interesse em discutir o assunto, pela amplitude do tema e porque o diagnóstico leva muito tempo para ser feito, uma vez que os médicos não consideram o autismo”, 

diz Dráuzio Varella.
A série tem a consultoria do doutor José Salomão Schwartzman, médico especialista em neurologia da Infância e da Adolescência e Professor Titular do Curso de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “É uma grande iniciativa aproximar o meio acadêmico do leigo para o esclarecimento de transtornos como o autismo”, destaca o especialista.
O tema também é assunto na novela ‘Amor à Vida’ e tanto o autor Walcyr Carrasco como a atriz Bruna Linzmeyer, que dá vida à personagem autista Linda, serão entrevistados durante a série.

Em quatro episódios, o novo quadro acompanha histórias de pacientes recém-diagnosticados e também daqueles que já na vida adulta conseguem driblar os limites da comunicação e ter uma boa convivência familiar e social.
FONTE: Divulgação FANTÁSTICO/Rede Globo
Foto Bruna Linsmeyer : Divulgação Rede Globo

=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=0=

Lançamento:
SITE:
SINOPSE
O que está escrito neste “Vida de Autista... E Eles Cresceram”, não escorrega para dentro de um vale de lágrimas, como quando a síndrome nos obriga a profundas transformações. É um reencontro das condições de vida de um filho autista, face a face, onde deixamos transparecer tudo o que sentimos em algumas décadas, principalmente quando ocorreram desequilíbrios das nossas emoções. 
O cotidiano da existência de quem estava destinado a ser eternamente criança pela existência de preconceitos a respeito dos autistas e das pessoas com deficiência, aqui não encontrou abrigo como querem aqueles que, além de não terem compromisso com a diferença, tentaram nos levar para o imaginário social, do “não pertencimento”, ao grupo das “pessoas negadas” sem abertura à tolerância, porque “Eles Cresceram”. 
Neste livro, você vai sentir que está em sua casa, que é o seu lugar de interações, troca de experiências, construção de significados compartilhados, comportamentos, atitudes com êxito, fracasso, rejeição e interação, lembrando que o seu filho continua revisando o autismo para servir o progresso da humanidade e da ciência como modelo emergente.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Livro VIDA DE AUTISTA... E Eles Cresceram (Lançamento)

Sinopse:
     O que está escrito neste “Vida de Autista... E Eles Cresceram”, não escorrega para dentro de um vale de lágrimas, como quando a síndrome nos obriga a profundas transformações. É um reencontro das condições de vida de um filho autista, face a face, onde deixamos transparecer tudo o que sentimos em algumas décadas, principalmente quando ocorreram desequilíbrios das nossas emoções.
    O cotidiano da existência de quem estava destinado a ser eternamente criança pela existência de preconceitos a respeito dos autistas e das pessoas com deficiência, aqui não encontrou abrigo como querem aqueles que, além de não terem compromisso com a diferença, tentaram nos levar para o imaginário social, do “não pertencimento”, ao grupo das “pessoas negadas” sem abertura à tolerância, porque “Eles Cresceram”.

     Neste livro, você vai sentir que está em sua casa, que é o seu lugar de interações, troca de experiências, construção de significados compartilhados, comportamentos, atitudes com êxito, fracasso, rejeição e interação, lembrando que o seu filho continua revisando o autismo para servir o progresso da humanidade e da ciência como modelo emergente.
SITE:

sábado, 27 de julho de 2013

Veja 20 filmes sobre o autismo:




Adam – 2009

Adam, um rapaz com síndrome de asperger, é apaixonado por astronomia, e passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um único amigo para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma nova vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve a ideia quando ouviu uma entrevista de um homem que sofria da doença. Foi premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival do ano seguinte




Um Amigo Inesperado – 2006

História de um menino frágil que sofre de autismo. Seus pais fazem de tudo para tentar se comunicar com ele, até que um cachorro chamado Thomas consegue criar uma relação com o menino, que o ajudará a escapar do seu silêncio








Um Time Especial – 2011

Baseado no livro The Legend of Mickey Tussler, o filme conta a história de um técnico de uma liga juvenil de beisebol que chama um garoto com autismo para ser seu lançador. Os dois terão que vencer preconceitos e a rejeição de alguns jogadores do time para seguir em frente





A Mother's Courage: Talking Back to Autism – 2009

Narrado por Kate Winslet, este inspirado filme mostra a busca de uma mulher para desbloquear a mente de seu filho autista. Margret encontra os principais especialistas e advogados no assunto e se conecta com várias outras famílias tocadas pelo autismo. À medida em que se depara com terapias inovadoras, Margret encontra a esperança de que seu filho possa ser capaz de se expressar em um nível que nunca pensou ser possível







Ben X: A Fase Final – 2007

Ben é um jovem que sofre da síndrome de asperger e que se isola em sua própria realidade no mundo de Archlord, um jogo virtual. Seu modo de vida causa estranheza em seus colegas de classe, que o julgam e não o aceitam







Ressurreição – 1998

Conta a história de uma jovem mulher (Loretta), que vive em Chicago com sua mãe e dois filhos, uma delas (Tracy) tem autismo. Por insistência da mãe, Loretta vai passar o verão com as filhas em uma cidadezinhade interior, onde vivem seu tio e sua tia (que têm alzheimer). Durante sua estadia, aprende a lidar melhor com os problemas dos filhos e os seus próprios





O Nome dela é Sabine – 2007

A atriz Sandrine Bonnaire narra a história da irmã Sabine, que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Sandrine testemunha o momento atual de Sabine, que depois de uma estadia infeliz em um hospital psiquiátrico, passa a viver em uma estrutura adaptada a ela. E, dessa forma, numa casa na região de Charente, na França, reencontra a felicidade. A partir desse episódio, o documentário mostra a penúria e o despreparo de algumas instituições especializadas e as dramáticas conseqüências que podem causar aos doentes




O Menino e o Cavalo – 2009

O jornalista britânico Rupert Isaacson se apaixonou pela americana Kristin Neff, professora de psicologia, quando viajava pela Índia. Sete anos depois, em 2001, nasceu seu filho Rowan. O mundo parecia perfeito até o menino ser diagnosticado com autismo. Tendo recorrido a todo tipo de terapia, sem sucesso, Rupert decide apostar numa jornada espiritual. Percebendo o amor do filho por cavalos, ele pesquisa como conciliar este fato com a busca por uma técnica de cura ancestral. A família parte assim para a Mongólia, onde, cavalgando por milhas, irão atrás do xamã mais poderoso da região




Mary e Max: Uma Amizade Diferente – 2009

Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com síndrome de asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é exploram a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais




Código Para o Inferno – 1998

Art Jeffries (Bruce Willis), um renegado agente do FBI, combate inescrupulosos agentes federais para proteger Simon, um garoto autista de 9 anos, que desvendou um "indecifrável" código secreto. Ele consegue ler o Mercury, um avançado código criptográfico do governo americano, tão facilmente, quanto outros garotos lêem inglês. Essa habilidade, torna vulnerável esse código de 1 bilhão de dólares, especialmente se os inimigos do governo descobrirem Simon e o capturarem. Nick Kudrow (Alec Baldwin), chefe do projeto Mercury, ordena que a "ameaça" seja eliminada, sem imaginar que Jeffries está envolvido




Experimentando a Vida – 1999

Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista que sai do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck (Aaron Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental. Molly se transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de Buck. Mas esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra completamente da sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam agora outro grande desafio






Loucos de Amor – 2005

Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha Mitchell) sofrem da síndrome de asperger, uma espécie de autismo que provoca disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa seguir um padrão em sua vida, para que possa levá-la de forma normal. Entretanto, ao conhecer Isabelle em seu grupo de ajuda tudo muda em sua vida





Rain Man – 1988

O insensível Charlie Babbitt espera receber uma grande herança após a morte de seu pai, a quem ele não vê há anos. Mas Raymond (Dustin Hoffman), seu irmão mais velho, internado em uma instituição médica, alguém cuja existência Charlie ignorava até então, é quem recebe toda a fortuna. Raymond é um "autista sábio" com habilidades mentais seriamente limitadas em algumas áreas, mas com capacidade de gênio em outras. Quando Charlie rapta Raymond, a longa e maluca viagem atravessando o país, rumo a Los Angeles, ensina a ambos algumas lições sobre a vida





Testemunha do Silêncio – 1994

Não há pistas, nem motivos, nem suspeitos. E a única testemunha ocular sabe que nem tudo poderá ser dito. Ele é uma criança autista de nove anos cujas memórias do brutal massacre de seus pais estão seladas dentro dele, a não ser que um determinado e carinhoso psicólogo infantil possa acessá-las







Um Certo Olhar – 2006

Alex Hughes, um ex-presidiário, está viajando para Winnipeg para ver um velho amigo. Ao longo do caminho, ele encontra o chato, mas vivaz, Vivienne Freeman que consegue pegar uma carona com ele, mas o veículo de Alex sofre um sério acidente, que mata Vivienne. Alex decide então falar com a mãe de Vivienne e vai até sua casa. Lá, ele descobre que a mãe, Linda, é uma mulher autista de alta funcionalidade. Ela o convence a ficar mais tempo, após o funeral e, naqueles dias, Alex descobre novas amizades e aprende mais sobre a singularidade de Linda mesmo enquanto ele se esforça para lidar com sua própria dor





Temple Grandin – 2010

É baseado no livro Uma Menina Estranha, da própria Temple, uma mulher com autismo que acabou se tornando uma das maiores especialistas do mundo em manejo de gado e planejamento de currais e matadouros







Sei Que Vou Te Amar – 2008

Thomas Mollison é um jovem de 16 anos que quer apenas ter uma vida normal. Seu irmão mais velho, Charlie, tem autismo e TDAH e o funcionamento de toda sua família gira em torno de lhe oferecer um ambiente de vida seguro. Ao se mudar para uma nova casa e uma nova escola, Thomas conhece Jackie Masters e começa a se apaixonar por ela. Quando sua mãe fica confinada na cama devido à gravidez, Thomas então deve assumir a responsabilidade de cuidar de seu irmão, o que pode custar a sua relação com Jackie, especialmente quando isso desencadeia um violento confronto na família em sua festa de aniversário





Uma Viagem Inesperada – 2004

Quando Corrine descobre que seus dois filhos gêmeos são autistas, ela fica inconformada, mas acaba aceitando o veredito. Ela então conta ao marido sobre o fato, e ele lhe diz que não quer lidar com o problema do autismo. Por isso, Corrine o abandona, e passa a criar os meninos sozinha. Ela os coloca numa escola e não informa sobre problema dos meninos. Mas a atitude estranha das crianças faz com que os professores a acusem de maus tratos e, quando Corrine conta a verdade, eles a mandam procurar outra escola






À Sombra do Piano – 1996

Franny luta por mais de trinta anos para dar apoio e respeito a Rosetta, sua irmã mais nova, que é autista. Ela acredita que Rosetta tenha uma intensa vida emocional e intelectual escondida sob o seu rosto impassível. O principal obstáculo é a mãe, Regina, uma cantora lírica que abandonou a carreira para se dedicar à família e agora, amarga e ressentida, é obcecada por controle e carente de adulação.







Gilbert Grape: Aprendiz de Um Sonhador – 1993

Na pequena cidade de Endora, Gilbert cuida de seu irmão autista Arnie e de sua mãe extremamente obesa. A cidade é calma e a vida segue seu rumo, até que Becky aparece, e Gilbert se apaixona por ela. Agora ele terá que lidar com a problemática família ao mesmo tempo em que quer aprender os segredos da moça.







                                              
O Enigma das Cartas (1993)

Quando o marido de Ruth Matthews (Kathleen Turner) morre em uma queda, quando à noite fazia escavações arqueológicas em umas ruínas maias, a caçula do casal, Sally (Asha Menina), reage à morte do pai de maneira muito estranha, pois ao voltar para sua casa não profere uma só palavra. Quando o comportamento de Sally piora, Ruth se vê obrigada a deixar que Jacob T. Beerlander (Tommy Lee Jones), um especialista em crianças autistas, examine sua filha. Jacob tenta tirar Sally da sua desordem mental por métodos tradicionais, mas Ruth tenta de outra maneira, ao reproduzir em grande escala um castelo de cartas que sua filha tinha construído. Por mais estranho que seja, Ruth crê que só assim terá Sally de volta.





Em ''Amor à Vida'', Bruna Linzmeyer interpreta Linda, uma jovem que tem autismo

 Um dos temas de Amor à Vida, o autismo é retratado pela atriz Bruna Linzmeyer, que interpreta a personagem Linda, uma menina que gosta de brincar no computador, é sensível, carinhosa e afetuosa.
Filha de Amadeu (Genézio de Barros) e Neide (Sandra Corveloni), que, com medo das reações da jovem, a superprotegem do mundo, Linda ainda tem que lidar com os maus tratos da irmã, Leila (Fernanda Machado). A secretária de Pilar (Susana Vieira) não gosta de dividir o quarto com Linda, faz bullying com a menina e ainda a critica a todo tempo por não conseguir realizar tarefas consideradas simples, como arrumar a própria cama e não fazer xixi enquanto dorme.
Para alívio de Linda, seu irmão, Daniel (Rodrigo Andrade) é um fisioterapeuta disposto a ajudá-la a conquistar sua liberdade. O assunto ainda promete render emoções e boa sequências na novela das 21h, de autoria de Walcyr Carrasco. O Terra selecionou outras obras que já trataram do tema.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Drauzio Varella, estreia em agosto um novo quadro sobre AUTISMO no "Fantástico".

          O oncologista e colunista da Folha de São Paulo vai tratar sobre o autismo na nova série, abordando casos reais, tratamentos, educação e mercado de trabalho.
     A inspiração para o quadro veio da sanção da Lei n.º 12.764, batizada de Lei Berenice Piana, que assegura aos autistas os mesmos direitos das pessoas com necessidades especiais.
     A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta terça-feira (23).
     A atual novela das 21h da Globo, "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, traz o drama com a personagem Linda, interpretada por Bruna Linzmeyer.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Autismo político provocará protestos mais violentos







O Brasil vive hoje um paradoxo: a população protestou contra a qualidade dos serviços públicos e cobrou ações eficazes contra a corrupção. Ao mesmo tempo, a classe política começou a articular para dar migalhas: plebiscito em vez de constituinte, R$ 0,20  em vez de qualidade de transporte público, importação de médicos em vez de aumentar a qualidade dos recursos investidos em saúde. Nada foi dado em sua totalidade. 
Hoje, estão paralisados os debates quanto à constituinte (não teve sequer discussão procedimental a respeito no parlamento), a reforma política (existe mera movimentação na mídia), a necessidade de mudanças na legislação penal (algo que atende a grande maioria da população, como a diminuição da menoridade penal), imposto sobre grandes fortunas, o aumento do investimento real em educação (já dividiram os recursos do pré-sal), redução do número de políticos em todas as casas legislativas (fingem que não escutam que existe uma PEC a esse respeito), desoneração tributária, a punição mais severa dos corruptos, o “Fora Renan”, a cobrança maior do Estado quanto ao conteúdo das emissoras de televisão (parte dos protestos se direcionou às emissoras de televisão, que teoricamente nem legalmente cumprem seu papel), a diminuição dos ministérios da presidenta Dilma Rousseff e da revisão de todos os contratos da Copa do Mundo e das Olimpíadas. 
A identificação do “autismo político” é um dos primeiros diagnósticos de tudo o que aconteceu no Brasil. Conforme o cientista político Itami Campos, a classe não percebeu que existiam circunstâncias de muita opressão e desespero nas camadas sociais e que algo (de verdade) deve ser feito. Políticos fingem que estão no mundo da lua.
Daí que deputados e executivos, nos últimos dez dias, apenas continuaram com a mesma forma de se fazer política, voltada para dentro, para seus próprios interesses.
A prova é que Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, já começou a declarar que nem tudo pode ser feito.  O corpo mole se repete na Câmara dos Deputados, que após reagir às manifestações começa a colocar marcha lenta nos projetos estruturantes do Brasil. Os parlamentares dividiram os recursos da PEC com a saúde. E tudo ficou por isso mesmo.
Moralidade
Não bastasse, existe a crise da moralidade. Goiânia foi palco de embates exemplificativos. Dias antes de estourar as manifestações no País, um vereador de Goiânia, Paulo Borges (PMDB), já citado em escândalos recentes (inclusive foi preso), teria respondido de forma deselegante um possível eleitor em seu Facebook.
A internauta Akyla Priscilla disse: “Q vergonha Vereador, vc não quis votar afavor de bater ponto. Na próxima eleição eu e minha família lembraremos de não votar em vc” (sic). De repente aparece a resposta: “Quem é vc para me cobrar sobre os meus atos. Guarde o seu voto e o da sua família, se é que vc tem esse poder e faça bom uso dele” (sic).
O vereador, atolado até o pescoço com problemas sérios e denúncias criminais, disse que foi um assessor que fez a reposta – o que seria um desvio ético, de qualquer forma, de seu gabinete.   Rede social é personalizada, tem conta pessoal, usuário específico.
É desse autismo político que os cientistas tratam com suas mais recentes reflexões, do desprezo com o que pensa o eleitor e o que deseja. “A tendência é aumentar a agressividade. O movimento mais forte já existe na internet. É gente pedindo cadeira elétrica para político, outros incitando colocar fogo no Congresso. Seria algo terrível para a democracia, mas será inevitável esse contato físico do eleitor com o político. Eles saíram das redes sociais, se materializaram e sabem onde moram os políticos, como ocorreu no Rio de Janeiro, com Sérgio Cabral (PMDB)”, diz Luis Gustavo de Almeida, cientista político e professor universitário.
No caso de Paulo Borges e seus companheiros, que rejeitaram o ponto eletrônico para vereador, assunto tratado nacionalmente pela imprensa, exigia-se uma resposta ética apenas – um mínimo ético, já que o máximo é ainda distante. Quanto a Câmara Municipal de Goiânia, a indignação do eleitor é clara: a casa corre para aprovar projetos de interesse de grandes grupos econômicos, mas quando precisa intervir para atender a população, finge que o assunto não é com ela ou simplesmente não vai à Câmara.  
Redes sociais
Antes de estourar a onda de protestos no Brasil, a Câmara Municipal de Goiânia foi um termômetro de todo o estresse popular, quando centenas deles foram ao plenário protestar contra a aprovação das mudanças no Plano Diretor – mudanças semelhantes deram origem a onda violenta de protestos na Turquia, que se iniciaram pouco antes dos protestos no Brasil.
“Até pouco tempo, as mídias tradicionais não conseguiam aproximar o eleitor do político. Mas com as redes sociais e outros formatos da internet, os indivíduos invisíveis, sem voz, ganham formas, tornam-se participantes e a palavra de um cidadão comum vale o mesmo dito por um político”, analisa Carlos Almeida de Soares, cientista da comunicação e autor de livros sobre mídias digitais. 
Respostas sem eficácia
A prova de que os políticos vivem um autismo é a resposta dada aos reclames da população.  A pauta inicial e momentânea do Movimento Passe Livre foi atendida exclusivamente para estudantes. Ou seja, a luta de todos tornou-se privilégio apenas de alguns. E algo momentâneo, pois uma hora tem que ocorrer aumento. No Brasil, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi o primeiro a anunciar assinatura permitindo o benefício do passe livre aos estudantes.  Em seguida, uma avalanche de gestores assinou embaixo.  Mas quem paga essa conta? Se o passe é livre, deveria ser para todos.
Outra reivindicação, mesmo que sem pleno domínio de conteúdo dos que a exigiam, foi atendida: a derrubada da Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 37, que tratava da liberdade dos promotores de Justiça para investigar. A “Cura gay”, projeto de lei do deputado federal João Campos (PSDB), também foi tratorado sem sequer causar debates no Congresso.
Estas são as migalhas que foram dadas ao povo. As reformas profundas começaram a ser negadas. A primeira delas diz respeito à inserção do povo na tomada das decisões por meio de mecanismos como a democracia direta – em que o próprio eleitor decide aspectos importantes da sociedade.
A Constituição Federal não necessita de nenhuma emenda. Ela já estabelece que a população pode exercer o direito do plebiscito ou do referendo. O parágrafo único do primeiro artigo já dá o recado: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.  Diretamente significa o povo votar os projetos de lei.
É preciso recordar: a presidenta Dilma Rousseff veio a público oferecer a reforma política como tema de plebiscito. Mas logo a classe política criou um imbróglio pseudo-jurídico do que pode e não pode ser feito. Moral da história: a ideia de plebiscito (leia-se, de consulta direta ao povo) está de molho. A Constituinte, então, já era. E o motivo é simples: a reforma política, se feita de verdade, impediria inúmeros problemas e vícios de origem da corrupção brasileira, como a relação promíscua entre empresários e políticos.
A Medida Provisória 611, por exemplo, é um achincalhe aos manifestantes. Ela continua a existir e permite brechas de investimentos de milhares de reais em projetos da Fifa.  Cerca de R$ 33 milhões já foram investidos graças ao ato normativo assinado pela presidenta Dilma Rousseff e que não passou por debates deliberativos importantes.
Caso a Medida Provisória 611 fosse debatida em público, por meio da participação popular, dificilmente teria eficácia. Mas Dilma usa do expediente dela mesmo achar o que pode e não pode ser feito no Brasil para dar dinheiro aos magnatas do futebol. Sua gestão abusa das Medidas Provisórias, consideradas um estupro ao Poder Legislativo, principalmente para atender grandes grupos econômicos.
Políticos atendem empresários, bancos e outros políticos
Para atender os reclames populares a presidenta Dilma Roussef (e qualquer político) é uma gatinha. Mas leoa quando defende os interesses dos poderosos e ricos. No dia 15 de maio, no apagar das luzes, a Lei 12.810 sancionada pela presidenta Dilma trouxe uma ótima notícia para os bancos: quem entrar  com uma ação contra banco sobre financiamento ou empréstimo, é obrigado a continuar a pagar as prestações, até a decisão da sentença – mesmo que a instituição esteja errada. Ou seja: a lei pega mais da metade dos brasileiros e garante dinheiro jorrando nas contas dos magnatas, agiotas e factorys.
Depois, tem que enfrentar toda uma dificuldade para receber. A estratégia de Dilma e dos bancos é simples: enrolar ao máximo os processos judiciais (o que não precisa de muita ajuda) e assim tirar o dinheiro de quem fez o empréstimo. Cerca de 60% das ações contra bancos são vencidas pelos proponentes das ações. Existe até um filão na advocacia chamada “direito contra banco”.  Todavia, a medida de Dilma vai esfriar as ações contra os bancos.

A norma que emenda o Código de Processo Civil é apenas uma em um milhão de leis que são feitas exatamente para enganar o povão.  Elas são elaboradas sem que 99,9% da população saibam ou tenha em mente do que se trata. Se ficar sabendo, não protesta, queima tudo.
FONTE:

Conduta sexual inapropriada de AUTISTAS não é sinal de desvio e pode ser modificada

A limitação de conhecimento sobre o autismo pode resultar na confusão de simples expressão de sexualidade com desvios de conduta, colocando em risco a integração da criança, adolescente ou adulto com autismo. “As pessoas com autismo correm grande risco de consequências negativas e castigos que incluem perda de privilégios como andar de transporte público ou mesmo um trabalho”, aponta o estudo “Comportamentos sexuais no autismo: problemas de definição e gerenciamento” (no original: “Sexual Behaviors in Autism: Problems of Definition and Management”).
Os autores ressaltam as dificuldades que as condutas sexuais de pessoas com autismo podem trazer para seus pais. Existem hipóteses sobre a exibição pública da conduta sexual do autista, e alguns especialistas apontam que a masturbação persistente de alguns autistas pode ser reforçada como opção para liberar sua tensão sexual. “Os comportamentos socialmente inaceitáveis podem estar relacionados às características do autismo”, alertam.
Antes de se pensar em castigos ou reprimendas, portanto, é importante lembrar que autistas apresentam consciência social alterada, assim como a noção de reciprocidade. Esses elementos são essenciais para o processo de aprendizagem e compreensão da interação sexual apropriada. De acordo com o estudo, a dificuldade para aprender os comportamentos sociais de uma maneira estruturada confundem o desenvolvimento sexual do autista e contribuem para as chamadas condutas inadequadas. Autistas, ressaltam os autores, não reconhecem facilmente sinais afetivos sutis, e têm dificuldades em reconhecer outros pontos de vistas.
Os autores destacam as condutas sexuais inadequadas mais comuns em pessoas com autismo: tirar a roupa em público, masturbação em público e tocar suas partes íntimas em público, além de debater determinados temas de cunho sexual. Com o aumento da socialização, é possível ensinar-lhes a ser discretos e seletivos. “Desde 1970, os tratamentos enfocam a repressão da conduta inadequada e o reforço de um comportamento alternativo”, aponta o estudo, que questiona ainda a efetividade das chamadas terapias de aversão, assim como o tratamento hormonal, devido aos possíveis efeitos secundários.


Fonte: Journal of Autism and Developmental Disorders.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O crescimento do Autismo

              Sabemos muito pouco sobre o Autismo, entretanto a cada ano aumenta o número de indivíduos diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autismo). Muitas são as especulações do que pode ser ou não a causa do elevado crescimento destes índices, conforme o Centro dos EUA de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de 1980 até a data de hoje o crescimento foi muito significativo.
   Segundo Emily Willingham, escritor da Forbes, dentro desses números aparece a constatação de que a maior parte do aumento de 2007 para 2013 ocorreram em crianças em idade escolar. Em outras palavras, se  é possível diagnosticar o autismo por volta dos 18 meses de idade até os 5 anos, porque muitos destes novos diagnósticos de autismo foram detectado somente mais tarde? Por que o autismo “passa” despercebido em algumas crianças, antes de sua vida escolar? Isso se encaixa com a ideia de que uma grande parte do aumento no autismo que temos visto na última década, tem muito a ver com uma maior consciência e identificação do mesmo, bem como a aceitação das pessoas autistas, verificação de seu potencial, e a busca para garantir os apoios e os recursos necessários para cumprir esse potencial.
    De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), cuja última revisão foi agora em maio de 2013, ocorreram mudanças significativas para os critérios de diagnósticos para o autismo. A nova revisão do DSM inclui uma definição diferente de TEA (Transtorno do Espectro Autista, ASD em inglês). Para ser diagnosticado com TEA, o indivíduo deve ter apresentado sintomas que comecem na infância precocemente e devem comprometer a capacidade do indivíduo em função da sua vida e do dia a dia.
    No DSM-IV, havia cinco transtornos do espectro do autismo, cada um dos quais tinha um diagnóstico único: Transtorno Autista ou autismo clássico, Transtorno de Asperger ,Transtorno Invasivo do Desenvolvimento - Sem Outra Especificação ( PDD-NOS ), Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância.
    Na última revisão do DSM, esses transtornos não existirão como diagnósticos distintos no espectro do autismo. Em vez disso, com exceção da síndrome de Rett, eles vão ser incluídos no diagnóstico de "Transtorno do Espectro do Autismo." A Síndrome de Rett vai se tornar uma entidade própria e deixará de ser parte do espectro do autismo.
     De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria DSM-V Development Team, os padrões para o diagnóstico de transtornos do espectro do autismo mudaram por várias razões:
 - Embora seja possível distinguir claramente a diferença entre as pessoas com TEA’s e aqueles com o funcionamento neurotípico, é mais difícil de diagnosticar os subtipos válidos e consistentes.
- Uma vez que todas as pessoas com transtornos do espectro autista exibem alguns dos comportamentos típicos, é melhor para redefinir o diagnóstico por gravidade do que ter um rótulo completamente separado.
- Um único diagnóstico de TEA reflete melhor a atual pesquisa sobre a apresentação e patologia do autismo.
Novos Critérios Diagnósticos para Transtorno do Espectro do Autismo
    Quando um médico ou psicólogo diagnostica alguém com autismo, ele ou ela compara o comportamento do indivíduo com os critérios estabelecidos no DSM. Se o comportamento se encaixa na descrição listada no texto, então o indivíduo pode ser diagnosticado com um distúrbio do espectro do autismo.
    A nova revisão do DSM incluída uma definição diferente de ASD. Para ser diagnosticado com ASD, e indivíduo deve ter exibido sintomas começam na infância precoce, e esses sintomas devem comprometer a capacidade do indivíduo de funcionar na vida do dia-a-dia.
Os déficits sociais e de comunicação
A fim de receber um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma pessoa deve ter as três seguintes déficits:
·         Problemas de interação social ou emocional alternativo - Isso pode incluir a dificuldade de estabelecer ou manter o vai-e-vem de conversas e interações, a incapacidade de iniciar uma interação, e problemas com a atenção compartilhada ou partilha de emoções e interesses com os outros.
·          Graves problemas para manter relações - Isso pode envolver uma completa falta de interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar fingir e se engajar em atividades sociais apropriadas à idade e problemas de adaptação a diferentes expectativas sociais.
·      Problemas de comunicação não-verbal - o que pode incluir o contato anormal dos olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a incapacidade de entender esses sinais não-verbais de outras pessoas.
Comportamentos repetitivos e restritivos
Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois destes comportamentos:
·           Apego extremo a rotinas e padrões e resistência a mudanças nas rotinas
·         Fala ou movimentos repetitivos
·         Interesses intensos e restritivos
·         Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura ou evitar comportamentos de estímulos sensoriais
    O DSM-V terá apenas duas áreas principais: comunicação social e os déficits e os comportamentos fixos ou repetitivos.
    O DSM-V Development Team explica que é difícil separar os déficits de comunicação e os déficits sociais, uma vez que estas duas áreas se sobrepõem de forma significativa. A comunicação é frequentemente utilizada para fins sociais, e os déficits de comunicação podem afetar drasticamente o desempenho social.
Os atrasos de linguagem não fazem parte do diagnóstico
    Anteriormente, um atraso de linguagem foi um fator significativo no diagnóstico de autismo clássico. Além disso, os indivíduos com Transtorno de Asperger não poderiam ter um atraso de linguagem, a fim de receber esse diagnóstico.
    A nova versão do DSM não inclui atraso de linguagem como um critério para o diagnóstico. Os atrasos de linguagem podem ocorrer por muitas razões e não foram consistentes em todo o espectro do autismo, a Equipe de Desenvolvimento DSM-V sentiu que eles não devem ser necessários para o diagnóstico.

Fonte:
MILLER-WILSON, Kate. Critérios para o autismo, no DSM-V. Disponível online em: http://autism.lovetoknow.com/diagnosing-autism/criteria-autism-dsm-v

WILLINGHAM, Emily. Prevalência do autismo está agora em 1 em 50 crianças. Disponível online em: http://www.forbes.com/sites/emilywillingham/2013/03/20/autism-prevalence-is-now-at-1-in-50-children/